sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Para Itaú Corretora, momento é de realização de lucro com papéis da Sabesp

Por: Equipe InfoMoney
08/10/10 - 13h35
InfoMoney


SÃO PAULO - “Uma oportunidade de realização de lucros”. Desta maneira a Itaú Corretora abre seu relatório sobre a Sabesp, avaliando que, diante da forte performance recente das ações, este é o momento para realização de lucro com a venda dos ativos SBSP3.


Além do desempenho dos papéis, há ainda as projeções do banco de que os resultados do segundo semestre desapontem e também pressionem os ativos da companhia. “Reforçamos nossa recomendação de underperform (desempenho abaixo da média do setor) em relação à companhia”, disparam os analistas Marcos Severine, Mariana Coelho e Marcel Shiomi.


Resultados negativos“Os resultados da Sabesp vão começar a presenciar o impacto negativo das tarifas de concessão de aproximadamente R$ 297 milhões a serem pagas para as cidades de São Paulo (R$ 290 milhões) e São José dos Campos (aproximadamente R$ 7 milhões) no 3T10”, prevê o trio a cargo do relatório do Itaú, projetando queda de 400 pontos-base na margem Ebitda (relação entre a geração operacional de caixa e a receita líquida) da companhia.


Alckmin: impacto neutroAdemais, a despeito do avanço das ações após o resultado das eleições para o governo de São Paulo, a aquipe do banco avalia que “a eleição de [Geraldo] Alckmin no primeiro turno é neutra”.


“Há uma linha de pensamento no mercado de que Alckmin é uma boa notícia para a SBSP3 uma vez que, quando ele foi governador de São Paulo entre 2001 e 2006, reduziu o capex da Sabesp e pagou dividendos enormes”, comentam os analistas, que não acreditam na possibilidade de qualquer dos eventos vir a se contretizar novamente.


"Com relação à privatização, não acreditamos que esse seja um cenário no qual se valha apostar", completa a corretora. 


Atraso no repassePor fim, o trio de análise não espera que deva ocorrer no curto prazo a decisão da Arsesp (agência reguladora) quanto à possibilidade de repasse das tarifas de concessão que a Sabesp concordou em pagar às cidades de São Paulo e São José dos Campos. “Na verdade, a primeira revisão tarifária da Sabesp está programada para ocorrer apenas em setembro de 2011, e isso apoia ainda mais nossa visão negativa de curto e médio prazo da ação”, concluem.