sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Cenário Econômico Semanal – 04 a 08/Outubro

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal


Os principais índices financeiros do Brasil e dos EUA fecharam em alta na tarde desta terça-feira, acumulando alta na semana, que trouxe a divulgação de importantes indicadores da economia norte-americana.





Cenário Externo


Entre eles, as vendas de casas pendentes nos Estados Unidos cresceram 4,3% em agosto, com base nos contratos assinados no período, informou a Associação nacional dos Corretores de Imóveis do país. De acordo com o órgão, o índice de vendas subiu para 82,3 pontos, contra 78,9 pontos de julho.
Outro indicador importante, os pedidos às fábricas no país caíram 0,5% em agosto, de acordo com informações do Departamento de Comércio do país. Em julho, o indicador havia registrado avanço de 0,1%. Os analistas de mercado estimavam queda entre 0,3% e 0,5% para o indicador.
Já a atividade do setor de serviços nos Estados Unidos em setembro avançou para 53,2 pontos, contra 51,5 pontos de agosto. As informações foram divulgadas pelo Institute for Supply Management e vieram acima do esperado, de 52,3 pontos.
Além disso, os negócios do atacado norte-americano aumentaram em 0,8% em agosto, após alta revisada de 1,5% registrada em julho, informou o Departamento de Comércio do país. O indicador, que mede a proporção de cada dólar vendido em relação aos estoques do atacado, veio acima do esperado.
Em contrapartida, o crédito ao consumidor norte-americano caiu US$ 3,3 bilhões em agosto, pelo sétimo mês consecutivo, informou o Federal Reserve. O resultado representa queda de 1,7% em relação ao mês anterior, e diminuiu a oferta de crédito no período para US$ 2,414 trilhões.
O destaque do período, porém, foi o mercado de trabalho norte-americano, que pautou os negócios ao longo dos últimos dias.
Dentre os resultados, o setor privado norte-americano registrou em setembro 39 mil demissões, informou relatório da consultoria ADP. De acordo com o órgão, essa foi a maior queda no número de postos registrada desde janeiro deste ano.
Já os dados oficiais do governo do país dão cabo de que foram fechados em setembro 95 mil empregos, levando em consideração postos no setor público e privado. O mercado estimava uma leve queda de 8 mil postos de trabalho em todo os EUA.
Apesar disso, a taxa de desemprego ficou estável no período, em 9,6%, ao passo que os novos pedidos de auxílio-desemprego caíram em 11 mil na semana passada, para 445, o menor nível desde julho.
Desta forma, o Dow Jones acumulou ganhos de 1,6%, aos 11006 pontos, ao passo que o S&P também teve +1,6&, aos 1165 pontos.





Veja gráficos abaixo:










Cenário Interno


No Brasil, destaque para dados da inflação. O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) do mês de setembro apresentou variação de 0,42%. Com este resultado, o indicador acumula alta de 4,18%, no ano e 4,41%, nos últimos 12 meses. Em setembro, o IPC-BR registrou variação de 0,46%. A taxa do indicador nos últimos 12 meses ficou em 4,36%, nível abaixo do registrado pelo IPC-C1.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de setembro em 0,45%, bem acima da taxa de agosto (0,04%). Com esse resultado, o acumulado do ano está em 3,60%, acima dos 3,21% referentes a igual período de 2009. Considerando os últimos 12 meses, o IPCA passou para 4,70%, acima do acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores (4,49%). Em setembro de 2009, o índice havia sido de 0,24%.
Além disso, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE em convênio com a CAIXA, fechou o mês de setembro em 0,35%, resultado bem próximo ao de agosto (0,31%), apresentando uma aceleração de 0,04 ponto percentual. Comparando com setembro de 2009 (0,20%), o índice atual também foi superior.
Também foi divulgado o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 1,10%, em setembro, taxa idêntica à registrada em agosto. O IGP-DI de setembro foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 1º e 30 do mês de referência.
Outro destaque do dia, IPC-S de 07 de outubro de 2010 apresentou variação de 0,66%, 0,20 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação. Este é o maior resultado desde a primeira semana de maio de 2010, quando o índice apresentou alta de 0,78%.
Já o IBGE informou que, entre julho e agosto deste ano, a produção industrial caiu em nove dos 14 locais pesquisados, já descontadas as influências sazonais. Paraná, com queda de 7,2%, assinalou o recuo mais acentuado, influenciado principalmente pela paralisação técnica ocorrida no setor de refino de petróleo e produção de álcool. Com redução acima da média nacional (-0,1%), ficaram: Goiás (-4,8%), Rio Grande do Sul (-4,3%), Pernambuco (-4,0%), Amazonas (-3,0%), região Nordeste (-1,9%), Bahia (-1,7%) e Espírito Santo (-1,1%). Minas Gerais (-0,1%) mostrou resultado igual ao total da indústria do país. Pará (2,4%), Rio de Janeiro (1,6%), São Paulo (1,3%), Ceará (0,8%) e Santa Catarina (0,1%) registraram aumento na produção.
Além disso, algumas das empresas mais populares do mundo tiveram suas ações negociadas pela primeira vez na BM&FBovespa nesta semana. É o caso de companhias como Avon, McDonald's, Pfizer, Walmart, Goldman Sachs, Bank of Amercia, Exxon Móbil, Apple e Google.
A iniciativa é um dos principais trunfos da BM&FBovespa para se internacionalizar e popularizar o investimento em ações, e foi anunciada no mesmo dia em que o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a previsão de crescimento da economia brasileira e citou a possibilidade de superaquecimento. O relatório World Economic Outlook (Perspectivas da Economia Mundial) indica que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cai crescer 7,5% em 2010 - um aumento de 0,4 ponto percentual sobre a projeção anterior, feita em julho.
Desta forma, a Bovespa terminou a semana com alta acumulada de 0,8%, aos 70809 pontos.





Veja gráfico diário abaixo, seguido de tabela com as maiores altas e baixas do período, bem como relação dos ativos mais negociados:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
COPEL
CPLE6
41,00
10,48%
LOJAS AMERIC
LAME4
17,30
9,91%
CESP
CESP6
28,21
8,58%
LOJAS RENNER
LREN3
63,80
7,75%
ELETROBRAS
ELET6
27,18
7,01%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
USIMINAS
USIM3
24,56
-7,46%
PETROBRAS
PETR4
26,00
-5,45%
PETROBRAS
PETR3
29,00
-5,23%
USIMINAS
USIM5
21,32
-4,54%
BRF FOODS
BRFS3
24,96
-4,37%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
PETROBRAS
PETR4
R$ 26,00
5.095.936.192,00
Exploração e/ou refino
VALE
VALE5
R$ 47,30
3.469.727.488,00
Minerais metálicos
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 22,80
1.538.071.968,00
Exploração e/ou refino
PETROBRAS
PETR3
R$ 29,00
1.383.280.080,00
Exploração e/ou refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 42,49
938.558.864,00
Bancos





Dólar:


O dólar comercial fechou em forte queda na tarde desta sexta-feira, dia de alta expressiva na Bovespa e valorização em Wall Street.
Nesta sessão, a moeda norte-americana abriu no azul, e tentou se manter em território positivo sustentada pelas medidas anunciadas pelo BC ao longo desta semana.
Apesar disso, a divisa terminou com perdas de 0,8% na semana, e fechou cotada a R$ 1,6670.


Veja o gráfico:


Dólar





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