sexta-feira, 24 de setembro de 2010

BTG revela duas sugestões de Long and Short no setor elétrico brasileiro

Por: Equipe InfoMoney
23/09/10 - 14h15
InfoMoney


SÃO PAULO - O BTG Pactual recomenda duas estratégias de Long e Short no setor de energia elétrica doméstico: a primeira delas sugere uma posição comprada sobre os papéis de AES Tietê (GETI3), em conjunto a uma vendida em Eletropaulo (ELPL6), ao passo que a segunda recomenda uma postura comprada em Cemig (CMIG4) e vendida em Copel (CPLE6).

“O objetivo deste relatório é dar aos investidores nossas ideias mais e menos preferidas para o setor elétrico brasileiro”, comentam os analistas do banco, Antonio Junqueira e Gustavo Gattass. “Estamos divulgando nosso portfólio com duas ideias de long e duas de short”.

GETI3 x ELPL6: riscos em focoQuanto à primeira das duas estratégias – GETI3 e ELPL6, detendo 70% de exposição em seu portfólio -, os analistas afirmam tratar-se da “mais agressiva no nosso portfólio de energia elétrica”.

“Controladas pelo mesmo grupo e dois distribuidores de dividendos pesados, estamos, na prática, ficando vendidos na pura distribuição devido ao risco regulatório do terceiro ciclo de revisão tarifária”, argumenta a dupla de análise, referindo-se à Eletropaulo e lembrando que recentemente o BTG reduziu a “neutra” sua recomendação sobre os papéis da empresa.

Por outro lado, avaliam que a AES Tietê, além de deter um limitado risco regulatório, “poderia vir a se beneficiar de uma inflação mais elevada”. Dentre os papéis da companhia, preterem os ativos GETI4 em favor de GETI3.

CMIG4 x CPLE6: de olho nas eleiçõesJá com relação à segunda estratégia – CMIG4 e CPLE6, com 30% de exposição -, Junqueira e Gattass embasaram-na em uma perspectiva com cunho político. “Nossas previsões de ganhos para ambas as empresas já refletem um cenário político benigno, no qual descontos tarifários simplesmente não existem”, comentam otimistas.

“Para a Copel, no entanto”, assinalam, “continuamos a prever alguns riscos políticos em 2010, envolvendo uma possível oferta agressiva no leilão de energia A-5”, daí a razão para sua postura vendida nos papéis da companhia.