quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Spinelli lista dez ações em carteira recomendada para o mês de agosto

Por: Beatriz Nantes
04/08/10 - 16h36
InfoMoney


SÃO PAULO - A Spinelli Corretora listou dez ações em sua carteira recomendada para agosto, acreditando que a bolsa deve continuar reagindo bem aos resultados corporativos favoráveis, assim como foi visto em julho. 

Com relação ao mês passado, a corretora optou por realizar seis alterações. Foram retiradas do portfólio as ações do BicBanco, Cremer, CSN, Pão de Açúcar, Itaú Unibanco e Hering, enquanto foram mantidas as outras quatro recomendações - GOL, OGX, Rossi e Vale.

Dentre as alterações, destaque ainda para a inclusão de seis novos papéis: Anhanguera, BM&F Bovespa, BR Foods, Lojas Americanas, Sofisa e Vivo. A corretora ressalta as boas perspectivas para os números trimestrais das empresas incluídas no portfólio, além das projeções positivas para a economia brasileira.

Batendo o Ibovespa
Em julho, a carteira recomendada da Spinelli teve desempenho superior ao índice, com avanço de 12,9% ante alta de 10,8% do Ibovespa.

Confira as recomendações:
Empresa Código Preço-alvo* Upside** Peso
Anhanguera AEDU11 R$ 35,33 27,1% 10%
BM&F Bovespa BVMF3 R$ 15,22 16,6% 12%
BR Foods BRFS3 R$ 32,20 32,7% 10%
GOL GOLL4 R$ 31,49 31,6% 10%
Lojas Americanas LAME4 R$ 17,47 16,8% 10%
OGX Petróleo OGXP3 R$ 22,99 27,8% 10%
Rossi Residencial RSID3 R$ 18,46 20,9% 10%
Sofisa SFSA4 R$ 5,53 25,7% 8%
Vale VALE5 R$ 63,49 44,1% 15%
Vivo VIVO4 R$ 58,45 26,1% 5%
*Preço-alvo para 12 meses
**Pontecial teórico de valorização calculado com base na cotação de 3/8/2010

Vale: A corretora espera manutenção de cenário positivo para os negócios da empresa no segundo semestre, com perspectiva de reajuste superior a 30% nos preços médios do minério neste trimestre. Os analistas irão revisar oportunamente as premissas e projeções para a Vale.

OGX: Os analistas citam que o fluxo de notícias favorável envolvendo a companhia deve permanecer - entre os anúncios recentes, eles citam a aquisição de cinco blocos na Colômbia e sucesso no desenvolvimento de prospectos exploratórios -, seguindo como driver para as ações no curto prazo.

GOL: Com melhora no resultado operacional, a equipe cita a "recuperação de tarifas e o crescimento da demanda", que tem impulsionado o yield da companhia, já ultrapassando níveis do mesmo período do ano passado.

Rossi Residencial: Após um péssimo primeiro semestre, a expectativa é que as ações do setor de construção possam reagir de forma positiva. A corretora destaca a Rossi, em função das vendas contratadas e ganhos auferidos pela diversificação geográfica.

Sofisa: Apesar da baixa liquidez e diferença frente aos pares, a corretora acredita que no médio prazo a rentabilidade do banco deve retornar aos níveis obtidos no passado, proporcionando valorização das ações.

BM&F Bovespa: A expectativa é que a boa performance do Ibovespa deve se repercutir também no desempenho das ações em agosto. A alta de 10,8% no principal índice da bolsa foi atribuída a melhora do cenário externo e das novidades macroeconômicas no front doméstico.

Lojas Americanas: A varejista deve se beneficiar do bom momento da economia brasileira, com aumento da renda e redução do desemprego, "uma vez que é um varejo multicanal", ou seja, físico, online, televendas e catálogos.

BR Foods: Apesar da forte queda das ações após o parecer do Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico), os analistas acreditam que a decisão final caberá ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a empresa terá, na pior das hipóteses, que alienar marcas que em conjunto representam apenas 5% das receitas, em segmentos com margens menores.

Vivo: Citando o fechamento da venda da empresa para a Telefónica, a corretora acredita que as incertezas que pressionaram as ações, aliadas ao resultados favoráveis do segundo trimestre, justificam a perspectiva de uma recuperação em agosto.

Anhanguera: Vista como boa opção de investimento em função da expectativa de bom desempenho operacional, a Anhanguera é elogiada pela equipe ainda em função da forte evolução na captação de alunos (base já superior a 90 mil estudantes), alto nível de retenção e expansão do segmento de ensino à distância.