segunda-feira, 12 de julho de 2010

JPMorgan reduz preço-alvo de ADRs da Vale, com foco em preços de commodities

Por: Equipe InfoMoney
12/07/10 - 12h54
InfoMoney


SÃO PAULO – Incorporando premissas mais cautelosas relacionadas aos preços de commodities metálicas, bem como sobre o consumo destes insumos no cenário global, o JPMorgan Chase revisou o preço-alvo dos ADRs (American Depositary Receipts) preferenciais e ordinários da Vale para US$ 38,00 e US$ 33,50, nesta ordem. Anteriormente, os valores projetados eram de US$ 39,50 e US$ 34,50.

O preço-alvo das ações da Bradespar (BRAP4) também foi revisado de R$ 52,00 para R$ 51,50, com base no mesmo panorama.

Em relatório assinado pelo analista Rodolfo De Angele, o JPMorgan revela estar mais cauteloso no curto prazo, mas mantém um viés positivo quanto ao consumo de commodities industriais, especialmente o cobre.

No tocante à Vale, especificamente, o analista afirma que as entregas de minério de ferro da companhia no segundo trimestre e potencialmente no terceiro trimestre deverão ser impactados por problemas de ordem operacional que continuam a afetar um dos portos da mineradora.

Consumo em focoOutro ponto destacado pelo JPMorgan é a perspectiva de menor consumo de minério de ferro na China, dada a possível diminuição do ritmo de crescimento da economia do país asiático. Com base neste cenário, De Angele reduz as estimativas de entrega de minério de ferro da Vale em cerca de 6,1%, para 280 milhões de toneladas em 2010.

Contudo, mesmo em meio à preocupações acerca da economia chinesa e do aparente sentimento negativo por parte dos investidores, o JPMorgan declara que a Vale continua atrativa e reitera recomendação overweight (desempenho acima da média do mercado) para os papéis da mineradora brasileira.

“Nós acreditamos que os resultados do segundo trimestre de 2010 – a serem divulgados no próximo dia 29 de julho – serão importantes catalisadores para suas ações”, afirmou o JPMorgan.

BradesparJá no tocante à Bradespar, o analista comenta que para quem procura exposição à Vale, os papéis da companhia são o veículo preferido do JPMorgan. Contudo, De Angele ressalta que, assim como no caso da Vale, investir na Bradespar ainda requer atenção em relação a alguns riscos relacionados à possibilidade de crescimento menor que o esperado no globo e que poderia afetar negativamente os preços das ações da companhia.