sexta-feira, 30 de julho de 2010

Colunista InfoMoney: primeiros passos do investidor em ações

Por: Paulo Roberto Esteves de Barros Souza
30/07/10 - 17h41
InfoMoney


Nos primeiros passos na bolsa de valores, o investidor deve ter claro o que é uma ação, quais os seus riscos e como o investimento em ações pode interagir com suas metas financeiras. Ouço muita gente afirmar que prefere investir em imóveis, pois existe um lastro físico que dá maior segurança na hora de aplicar o dinheiro. Complementando o raciocínio, muitos ainda veem a bolsa quase como um cassino, onde se “aposta” em empresas e a ação é uma espécie de aposta.

Bem, tal idéia é equivocada. A ação na verdade representa uma fração do capital social de uma empresa, ou seja, ação é um “pedaço” de uma companhia aberta. Tome, por exemplo, uma siderúrgica: sua ação será uma parcela das instalações industriais, escritórios, depósitos, estoques, equipamentos, capital humano, know how, marcas e patentes, participação de mercado, etc.

Portanto, podemos entender o investimento em ações como uma excelente forma de participação do desenvolvimento econômico do país e como importante alternativa de diversificação da poupança individual com foco na acumulação de capital no longo prazo.
"Muitos ainda veem a bolsa
quase como um cassino;
tal ideia é equivocada"

Por outro lado, devemos compreender e refletir sobre os riscos do investimento em ações. Quando se investe em caderneta de poupança, por exemplo, o aplicador está colocando dinheiro em um ativo de renda fixa, onde ele consegue mensurar seu retorno antecipadamente (no caso da poupança: 6% ao ano mais TR). Já no caso do investimento em ações, a modalidade é de renda variável, o que significa que o retorno é incerto, e inclusive pode ser negativo em determinados períodos de tempo.

Consciente da natural volatilidade das bolsas frente a outras alternativas de investimento, o aplicador deve ter em mente que não deve alocar valores que poderá necessitar no curto prazo em ações. Em prazos curtos de tempo, as bolsas são muito suscetíveis ao noticiário macroeconômico e aos próprios movimentos de fluxos de recursos. Já quando se investe em ações no longo prazo, o tempo trabalha a favor para que os fundamentos das empresas se concretizem e consequentemente ocorra a valorização das ações.

Ilustrando o raciocínio, nos últimos 30 anos o PIB brasileiro cresceu a uma taxa média anual de 2,7% e o Ibovespa apresentou uma rentabilidade média anual de 34,3% em termos reais. Ou seja, não só a bolsa espelha o natural crescimento econômico do país, como tem o poder de amplificar a sua valorização ao longo do tempo.

A questão do tempo, talvez até por um fator cultural, deve ser reforçada aqui no Brasil. Enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, se vive em uma economia relativamente estável há muito tempo, o investidor daquele país está acostumado ao planejamento financeiro de longo prazo. Já no Brasil, vivemos um mundo de “ciranda” financeira e de hiperinflação por um bom período e de certa forma, uma economia estável ainda é um “mundo” novo para a gente.
Ou seja, enquanto nos Estados Unidos, os casais há décadas estão acostumados a montar uma carteira de ações para um filho recém-nascido, antevendo os gastos da universidade para dali a quase duas décadas, só recentemente os brasileiros passaram a incorporar efetivamente o mercado acionário como uma alternativa plausível de poupança visando uma meta no longo prazo (faculdade do filho, complementação da aposentadoria, compra de um imóvel).

Pão de Açúcar tem preço-alvo e recomendação reduzidos pelo JP Morgan

Por: Juliana Pall Farias
30/07/10 - 16h38
InfoMoney


SÃO PAULO - O fraco desempenho no segundo trimestre e a sinalização negativa trazida pelo adiamento da conclusão da associação com a Casas Bahia levaram o JP Morgan a revisar para baixo suas projeções para o Pão de Açúcar (PCAR5). A recomendação para as ações, que antes era overweight (expectativa de que nos próximos seis a doze meses a ação performe acima da média das ações dentro do universo de cobertura), passa para neutra. E o preço-alvo para o final de 2011, que era de R$ 81, foi cortado para R$ 64.

No mesmo sentido, os ADRs tiveram a recomendação reduzida de overweight para neutra e o preço-alvo caiu de US$ 85 para US$ 68. "Nós não adicionaríamos as ações do Pão de Açúcar [ao portfólio] neste momento dada a falta de visibilidade, e nós acreditamos que a ação vai andar de lado até o final do terceiro trimestre", dizem em relatório os analistas Andrea Teixeira, João Mamede e Felipe Oliveira.

Com a queda de 20% no lucro por ação entre abril e junho deste ano, as projeções para este parâmetro no acumulado de 2010 e 2011 foram ainda reduzidas em 28% e 25%, respectivamente.

Casas Bahia
E não só o resultado do segundo trimestre é destacado como fator negativo. O JP Morgan vê com maus olhos a postergação da conclusão da associação com a Casas Bahia, uma vez que "levanta questões sobre a qualidade da carteira de crédito (com potencial baixas contábeis no futuro) e sobre o nível geral de lucratividade à frente".

Ainda que o acordo entre Pão de Açúcar e Casas Bahia traga boas perspectivas num horizonte de longo prazo, o banco reduziu de R$ 3 bilhões para R$ 2,5 bilhões a sinergia esperada deste negócio, destacando que o montante ainda supera o guidance das empresas, de R$ 2 bilhões.

Desconto frente aos pares
A equipe de analistas diz ainda que os investidores exigirão um prêmio para investir nas ações do Pão de Açúcar, dado que outras large caps do setor varejista, entre elas Lojas Renner (LREN3) - top pick do banco - e Natura (NATU3) , trouxeram surpresas positivas em seus balanços.

Assim, o desconto de 11% que as ações PCAR5 apresentam atualmente em relação a seus pares na América Latina é tido como justificado pelo JP Morgan.

Cenário Econômico Semanal – 26 a 30/Julho

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal

A última semana de julho foi marcada por uma agenda econômica bastante movimentada, com a divulgação de importantes indicadores da economia dos Estados Unidos, com o destaque para o Produto Interno Bruto americano.

Nos EUA, os números tiveram rumos distintos durante o período, com alguns sendo positivos e outros negativos. Este cenário fez com que os índices acionários de Wall Street chegassem à sexta-feira praticamente estáveis em relação ao fechamento da última semana.

No Brasil, a situação foi diferente, com o Ibovespa registrando ganhos em todas as sessões. No entanto, a alta acumulada do principal índice acionário brasileiro foi modesta, porém suficiente para voltar a casa dos 67 mil pontos, patamar que não era atingido desde o início de maio.





Cenário Externo


A semana começou com a leitura de junho do Chicago Fed National Activity Índex, que  recuou para -0,63 pontos, contra 0,21 do levantamento anterior. O mercado estimava resultado de -0,7. A queda foi relacionada pela deterioração da produção e de indicadores ligados ao setor de emprego.
Já as vendas de casas novas nos EUA, em junho, tiveram forte alta de 23,6% para um total de 330 mil unidades. Os dados foram revelados pelo Departamento de Comércio do país e superaram as estimativas, que apostavam em 310 mil unidades. No mês anterior, o índice havia registrado queda expressiva de 32,7% para 300 mil unidades.

Na terça-feira, o índice de preços de casas S&P Case Shiller avançou 4,61%, superando as estimativas. Já a Confiança do Consumidor, da Conference Board, caiu para 50,4 pontos.
Um dos piores resultados da semana foi do de pedidos de bens duráveis. De acordo com o Departamento de Comércio, o indicador recuou 1%, contra alta de 1% de maio. Só que o destaque do dia ficou para a divulgação do Livro Bege. O documento, que traz o relato da atividade econômica no país, é elaborado pelos escritórios regionais do Federal Reserve e mostrou uma situação menos otimista para o país.

A economia americana perdeu força no segundo trimestre do ano. É o que aponta a primeira prévia do número do Produto Interno Bruto do país, que avançou 2,4% no período. O resultado é inferior a média de 4,4% dos últimos seis meses. O mercado estimava crescimento do PIB de 2,5% no segundo trimestre.

Já os custos do emprego nos país subiram 0,5% no 2º trimestre do ano, informou Escritório de estatísticas de Trabalho. A remuneração, que corresponde a 70% dos custos, subiu 0,4% no período, enquanto outros benefícios aumentaram 0,6%.
 Pouco mais tarde, o índice composto de condições de negócios na região de Chicago, o Chicago PMI, surpreendeu os analistas e avançou em julho para 62,3 pontos, contra 59,1 de junho e projeção de 56 pontos.
Já a Confiança do Consumidor, apurada pela Universidade de Michigan e a agência de noticias Reuters subiu para 67,8 pontos em julho. No mês passado, o resultado havia sido de 66,5 pontos. Já o mercado estimava 67 pontos.

Neste sentido, o Dow Jones ganhou 0,4% na semana aos 10.466,1 pontos. Já o S&P 500 perdeu 0,1% aos 1.101,58 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:











Cenário Interno


No Brasil, a semana começou com destaque para o Boletim Focus, que mostrou que analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa da inflação oficial para este ano, pela terceira vez seguida. A projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) foi reduzida de 5,42% para 5,35%. Já para 2011, a previsão foi mantida em 4,80%. Para a taxa Selic, a pesquisa mostra que a projeção no fim deste ano passou de 12,00% ao ano para 11,75%. Para o final de 2011, a estimativa permaneceu em 11,75%.
Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 22 de julho de 2010 registrou variação de -0,14%, 0,01 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa divulgada na última apuração. Quatro das sete capitais pesquisadas registraram decréscimos em suas taxas de variação. As informações são da FGV.

A inflação na cidade de São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), acelerou para 0,19% na terceira prévia de julho. Na apuração anterior, o índice havia ficado em 0,12%. Em relação ao mesmo período do mês anterior, junho, o IPC havia registrado deflação de 0,08%.

Para o IGP-M, que avançou 0,15% em julho, após subir 0,85% em junho, e da Ata do Copom, que entre outras informações mostrou que a entidade destaca que são decrescentes os riscos para a consolidação de um cenário de aumento da inflação. Esses riscos, afirma o comitê, são derivados da expansão da demanda doméstica por bens e serviços, em descompasso com a oferta.

Mesmo tendo acumulado alta em todas as sessões, o Ibovespa teve ganho de apenas 1,8% na semana, aos 67.515 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas do período:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
NATURA
NATU3
46,00
13,84%
LOJAS RENNER
LREN3
59,02
13,50%
SOUZA CRUZ
CRUZ3
80,60
9,76%
CESP
CESP6
26,82
8,19%
EMBRAER
EMBR3
11,43
7,93%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
TELEMAR
TNLP3
32,90
-17,75%
TELEMAR
TNLP4
25,83
-9,24%
P.ACUCAR-CBD
PCAR5
57,50
-8,51%
TELEMAR N L
TMAR5
45,91
-7,90%
USIMINAS
USIM3
51,11
-7,41%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 42,69
2.185.633.792,00
Minerais metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 27,88
1.106.574.016,00
Exploração e/ou refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 39,37
831.304.704,00
Bancos
BMFBOVESPA
BVMF3
R$ 13,00
659.200.864,00
Serviços Financeiros Diversos
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 18,52
648.878.048,00
Exploração e/ou refino





Dólar:


Com uma boa procura por papéis brasileiros, a cotação do dólar comercial no país encerrou a semana com leve desvalorização. A divisa americana teve relativa oscilação, mas encerrou o período com recuo de 0,2%. A moeda encerrou vendida a R$ 1,756 e comprada a R$ 1,754.


Confira o gráfico:


Dólar


Indicadores EUA - 10h55

EUA: Universidade de Michigan: Confiança do Consumidor: 67,8; previsão: 67

Fonte: Bloomberg

Não há mais indicadores relevantes nos EUA hoje

Indicadores EUA - 10h45

ISM: Gerentes de compras Chicago: 62,3; previsão: 56

Fonte: Bloomberg

Próximos Indicadores

10h55
 Univ. de Michigan: Confiança do Consumidor

Indicadores EUA - 9h30

PIB: anualizado (T/T): 2,4%; previsão: 2,6%;
Consumo pessoal: 1,6%; previsão: 2,4%
PIB: Índice de preços: 1,8%; previsão: 1,1%
Principais gastos pessoais (T/T): 1,1%; previsão: 1,0%
Índice custos c/ pessoal: 0,5%; previsão: 0,5%

Fonte: Bloomberg

Próximos indicadores

10h45
ISM: gerentes de compras de Chicago

10h55:
Univ. de Michigan: Confiança do Consumidor

quinta-feira, 29 de julho de 2010

BOLSA: SANTANDER SOBE APÓS DIVULGAÇÃO DE BALANÇO DO 2TRI10

São Paulo, 29 - As units do Santander operam em alta há instantes, após o banco ter divulgado o seu balanço financeiro do segundo trimestre de 2010. Há pouco, o papel subia 1,57%, ante alta de 0,52% do Ibovespa.

O banco apresentou lucro líquido entre abril e junho, seguindo o padrão IFRS, de R$ 1,766 bilhão, 9,4% maior que o registrado no segundo trimestre de 2009, de R$ 1,613 bilhão. Também no padrão IFRS, o resultado do primeiro semestre deste ano foi de R$ 3,529 bilhões, 44% maior que os R$ 2,445 bilhões do primeiro semestre de 2009, incluindo participações minoritárias.

Já no padrão BRGaap, o lucro líquido consolidado no primeiro semestre de 2010 foi de R$ 2,016 bilhões, incluindo despesas com amortização de ágio, ante R$ 1,006 bilhão no mesmo período do ano passado.
(Beth Moreira e Equipe)

Fonte: AE Broadcast

VALE LANÇA OFERTA PÚBLICA PARA COMPRA DA PARANAPANEMA POR R$ 2 BI

São Paulo, 29 - A Vale informa por meio de assessoria de imprensa que publicará edital de oferta pública voluntária de ações (OPA) para a aquisição de até 100% das ações ordinárias de emissão da Paranapanema (Paranapanema). A OPA está sujeita, para sua eficácia, à aquisição de pelo menos 50% mais uma ação ordinária.

Um dos objetivos estratégicos da Vale é se transformar a médio prazo num dos principais produtores de cobre do mundo. A Paranapanema é líder na produção de cobre refinado no Brasil. Seus ativos consistem de uma refinaria de cobre e três unidades para a produção de produtos downstream de cobre. Possui também 99,09% de participação no capital da Cibrafértil, que opera uma planta de fertilizantes fosfatados.

Segundo a Vale, a OPA será destinada a todos os acionistas da Paranapanema. O preço por ação ordinária a ser pago é de R$ 6,30, correspondendo a um prêmio de 22,4% sobre a média ponderada pelo volume dos preços de fechamento dos pregões dos últimos 90 dias. De acordo com o comunicado, o valor "é superior ao preço por ação apontado no laudo de avaliação da Paranapanema, que será parte integrante do Edital", e apresenta um prêmio de 8,6% sobre o fechamento de ontem, dia 28 de julho de 2010. O valor será ajustado no caso de eventual pagamento de dividendos sobre o capital próprio. A oferta, segundo o comunicado, não está sujeita, de acordo com as regras vigentes, a registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O preço por ação será pago à vista e em reais. Na eventualidade da adesão de 100% dos acionistas da Paranapanema à OPA, o valor total a ser desembolsado pela Vale será de aproximadamente R$ 2,010 bilhões.

Leilão

A oferta será intermediada pelo Banco Bradesco BBI. O leilão da OPA será realizado no dia 1º de setembro de 2010, às 15h. Os acionistas da Paranapanema que quiserem participar do leilão deverão se habilitar, conforme determinado no edital.

Se a oferta for bem sucedida, a Vale informa que pretende "conduzir estudos que poderão resultar na elaboração de projeto de reorganização corporativa e/ou de ativos".

Previ

Em junho, o presidente do fundo de pensão Previ, Ricardo Flores, admitiu que o fundo de pensão estava interessado em vender sua participação na Paranapanema. A Previ é hoje a maior acionista da Paranapanema com 24% do capital, seguida pelo braço de participação do BNDES (17%) e o fundo de pensão Petros (12%). A Paranapanema - refinadora de cobre eletrolítico, produtora de semimanufaturados de cobre e fertilizantes - é considerada um ativo não estratégico para o fundo, segundo uma fonte próxima às negociações. Em 2008, a Vale chegou a confirmar o interesse na compra de duas empresas do grupo Paranapanema: a Caraíba Metais e a Cibrafértil. O negócio, porém, não evoluiu. (Equipe AE)

Fonte: AE Broadcast

Indicadores EUA - 9h30

EUA: Novos pedidos de seguro-desemprego: 457k; previsão: 460k
EUA: Seguro-desemprego: 4565k; previsão: 4500k

Fonte: Bloomberg

Não há mais indicadores relevantes para hoje


quarta-feira, 28 de julho de 2010

BB atualiza preço-alvo da Comgás para R$ 55,80 em junho de 2011

Por: Beatriz Nantes
28/07/10 - 17h49
InfoMoney


SÃO PAULO - Um dia após a Comgás (CGAS5) reportar seus resultados referentes ao segundo trimestre, a equipe do Banco do Brasil alterou a data da projeção do preço-alvo das ações, passando de dezembro deste ano para junho do ano que vem, resultando em um aumento no target, de R$ 53,60 para R$ 55,80 - upside de 55,2% frente o fechamento de 28 de julho.

De acordo com Nelson Rodrigues de Matos, analista do BB, a redução observada no Ebitda (geração operacional de caixa) ocorreu em função da adoção do IRFS, norma contábil internacional. O mesmo vale para a queda no lucro. Matos destacou ainda que a estratégia atual da Comgás busca o aumento da base de clientes residenciais, diante da elevada margem de distribuição.

Resultados financeirosO principal destaque foi o aumento de 16,1% nas vendas na base anual, que sustentou os fortes resultados e compensou, parcialmente, a queda de 1,6% na receita operacional líquida. Esta queda deveu-se à redução das tarifas de distribuição de gás natural, segundo o analista. O aumento do custo (11,7% na base anual) decorreu desse aumento das vendas.

O lucro líquido teve redução de 28,5%, somando R$ 152 milhões. O resultado foi influenciado, na visão de Matos, pelo aumento das despesas com depreciação em R$ 10,5 milhões e pelo encerramento da amortização do ágio por incorporação. O analista também destacou a redução da dívida líquida - "decorrente do crescimento das disponibilidades em R$ 77 milhões", sustenta.

Resultados operacionaisO analista ressalta que o aumento de 16,1% nas vendas físicas se deve à elevação do consumo em todos os segmentos, com exceção do automotivo e na cogeração, conforme mostra a tabela abaixo.

"O setor industrial, o mais representativo com 78% do volume total das vendas, apresentou aumento de 17,4%, em razão da retomada da atividade econômica e da melhoria da competitividade do preço do gás natural em comparação com outros combustíveis substitutos", observa Matos.

Já o próximo gráfico exemplifica a forte recuperação nas vendas físicas em 2010, após queda em 2009 em função da crise econômica e da queda do despacho das usinas termelétricas e do aumento da competitividade do etanol. Entretanto, Matos lembra que apesar da alta, as vendas ainda estão abaixo dos patamares do segundo trimestre de 2008.


Tarifas
Por fim, o analista do BB comenta que a atualização tarifária realizada em dezembro de 2009 introduziu uma nova tabela de preço com "reduções significativas em todos os segmentos". Isso explica, na visão de Matos, a recuperação do nível de competitividade do energético, frente a outros combustíveis substitutos - sobretudo o óleo combustível.

Fitch eleva rating nacional de longo prazo do grupo Cemig e destaca forte liquidez

Por: Rafael de Souza Ribeiro
28/07/10 - 15h49
InfoMoney


SÃO PAULO - A Fitch Ratings anunciou nesta quarta-feira (28) a elevação dos ratings da Cemig (CMIG4) e de duas subsidiárias da empresa, com destaque ao rating nacional de longo prazo de cada companhia, que passou de 'A+(bra)' para 'AA(bra)'.

Por parte da Cemig Distribuição (Cemig D) e Cemig Geração e Transmissão (Cemig GT), controladas da companhia mineira de distribuição de energia, além dos respectivos ratings nacionais, foram elevados os ratings de emissão de debêntures, também de 'A+(bra)' para 'AA(bra)'.

De acordo com a agência de classificação risco, a elevação dos ratings reflete o perfil conservador do grupo, “com forte liquidez e medidas de crédito satisfatórias, mesmo após o desafio de realizar relevantes aquisições nos últimos dois anos”, avalia.

Além disso, o bom desempenho do setor elétrico ante a crise econômica, somada à percepção da Fitch com relação ao menor risco regulatório do segmento, favorece a análise da empresa.

“Em bases consolidadas, a Cemig apresenta sólido perfil financeiro, decorrente de sua baixa alavancagem líquida, elevado fluxo de caixa proveniente de suas operações e forte posição de liquidez”, reforça a agência.

Possíveis alteraçõesSegundo a Fitch, os ratings da empresa poderão ser negativamente afetados caso a Cemig não consiga conciliar crescimento orgânico e nível de endividamento.

Do outro lado, um novo upgrade ocorrerá caso haja redução da alavancagem do grupo Cemig, propiciada pelo maior nível de geração operacional de caixa.

Resultado do Bradesco recebe elogios de analistas do Barclays e da Ativa

Por: Equipe InfoMoney
28/07/10 - 14h26
InfoMoney


SÃO PAULO - Além de ter sido bem recebido pelo mercado, levando as ações preferenciais do banco (BBDC4) a uma das melhores performances do Ibovespa no pregão, os resultados do Bradesco divulgados na manhã desta quarta-feira (28) são bem avaliados tanto pela equipe do Barclys Capital como pela da Ativa Corretora.

“Um forte resultado”, classificam Roberto Attuch e Fabio Zagatti, analistas que assinam o relatório do Barclays. “Acreditamos que os bancos brasileiros permanecem em um ponto favorável de bom crescimento do crédito, margens estáveis e, especialmente, melhora na qualidade dos ativos”, comentam.

Além disso, enaltecem as ações das instituições financeiras do País. “Acreditamos que os bancos do Brasil estão entre os mais baratos da América Latina”.

Pontos positivos 
Entre os destaques do balanço do Bradesco, a dupla de analistas destaca o lucro líquido acumulado, “2% acima de nossas expectativas”, e o sólido crescimento da carteira de crédito, o qual atingiu 5%, (1 ponto percentual a mais que o esperado pelo Barclays).

Ademais, Attuch e Zagatti avaliam que a melhora na qualidade dos ativos veio acima das expectativas, fato que “irá proporcionando a alavancagem operacional do Bradesco e de outros bancos da País”. Com esta melhora, preveem revisões nas projeções de lucros do bancos, uma vez que “o mercado ainda está muito conservador em suas projeções para despesas com provisões de perdas com crédito estimadas para 2010 e 2011”.

Sinal amarelo e valuation
Embora a avaliação seja bastante positiva sobre os números, um destaque negativo é apontado pelo Barclays: as despesas administrativas e com pessoal. “Notamos que a evolução das despesas operacionais tem sido a principal preocupação quanto à rentabilidade do Bradesco”, concluem.

A recomendação permanece em equalweight e o preço-alvo em R$ 38,00 – cifra equivalente a um potencial teórico de apreciação de 23,33%, conforme o fechamento do último pregão.

Batendo expectativas“Positivo”. Esta é a visão da Ativa face aos números do banco. “O Bradesco divulgou hoje seus resultados do 2T10 com números que vieram ligeiramente superiores às nossas expectativas e às do consenso de mercado”, comenta a analista responsável pelo relatório da corretora, Laura Lyra Schuch.

Dentre os destaques do período, a analista frisa a “combinação favorável de crescimento da margem financeira aliado a menores despesas com PDD (provisão para devedores duvidosos)”.

Além disso, a melhora do índice de eficiência do banco, a contração observada na inadimplência e a recuperação do retorno sobre o patrimônio líquido médio recorrente, o qual atingiu 22,4% no período (1,0 p.p. acima das projeções da Ativa) também despertaram o otimismo da corretora.

Otimismo e valuation
“Entendemos que o Bradesco, dada sua extensa capilaridade, está bem posicionado para se aproveitar do cenário de expansão que esperamos para o setor como um todo em 2010, diante da retomada do crescimento do crédito, queda da inadimplência e aumento das taxas de juros”, conclui a Ativa.

Com relação ao valuation, também nada alterado: recomendação de compra dos papéis e um preço-alvo de R$ 41,49 por ação (potencial teórico de valorização de 36,64%).

Socopa espera resultados positivos da Randon, com alta de 33% do lucro líquido

Por: Equipe InfoMoney
28/07/10 - 14h10
InfoMoney


SÃO PAULO – A Socopa está otimista em relação aos números do segundo trimestre da Randon (RAPT4), que divulgará seus resultados no próximo dia 9 de agosto. As projeções da corretora dão conta de avanço de 33% do lucro líquido da companhia, na base anual, para R$ 59,2 milhões.

“A retomada do setor industrial e o aquecimento da economia no primeiro semestre deste ano provocaram reflexos positivos nos números do segundo trimestre, com incremento na geração de caixa e avanço das margens”, comentou a Socopa em relatório divulgado nesta quarta-feira (28).

A alta de 48% da receita líquida, para R$ 918,5 milhões, já anunciada pela Randon, também foi destacada positivamente pela corretora. No tocante ao Ebitda (geração operacional de caixa), as previsões indicam crescimento de 65,3%, também em comparação com o mesmo trimestre de 2009.

Espaço para valorizaçãoA Socopa acredita que, mesmo com a valorização dos papéis nas últimas semanas, ainda há espaço para alta das ações da Randon, uma vez que a companhia está atrasada em relação aos seus pares.

BofA troca BM&F Bovespa por BB e aumenta exposição em Fibria em sua carteira

Por: Equipe InfoMoney
28/07/10 - 12h57
InfoMoney

SÃO PAULO - Os analistas do Bank of America Merrill Lynch listaram 15 ações em seu portfólio de ações brasileiras para agosto, promovendo uma alteração em relação à carteira anterior: a troca das ações da BM&F Bovespa pelas do Banco do Brasil.

A equipe de análise responsável pelo relatório, representada por Renato Onishi, Pedro Martins Jr. e Marina Valle, reiterou ainda o preço-alvo de 81 mil pontos para o Ibovespa em 12 meses, citando um potencial upside de 22%, derivado da expectativa por uma temporada de resultados "robusta".

Recomendações
Houve elevação na exposição ao setor financeiro, com os bancos grandes recebendo recomendação overweight (peso acima da média do benchmark) e adição do Banco do Brasil ao portfólio recomendado, já que a ação está sendo negociada com excessivo desconto em relação aos outros bancos large cap. As ações da BM&F Bovespa foram excluídas do portfólio.

Além de elevar o setor de papel e celulose de underweight (peso abaixo da média) para equalweight (peso alinhado à média do benchmark), aumentando a exposição em Fibria, o banco eleva sua posição, que já era overweight, em materiais básicos, indicando sua preferência por mineradoras e siderúrgicas.  

Já o setor de consumo de bens duráveis teve a recomendação reduzida para underweight. A exposição nas ações da AmBev foi reduzida.

Confira a relação das ações na carteira do BofA Merrill Lynch:
Brazil Core Portfolio
Ação Recomendação Peso
Vale PN Overweight 16,8%
CSN Overweight 5,5%
Usiminas PN Overweight 5,5%
Fibria Overweight 2,2%
DASA Overweight 1,8%
Itaú Unibanco Overweight 16,1%
Banco do Brasil Overweight 7%
Petrobras PN Equal-weight 15,5%
Cyrela Underweight 9,9%
Tractebel Underweight 1,8%
CCR Equal-weight 6%
Iguatemi Underweight 1,8%
Copel Underweight 4%
TIM PN Underweight 3,7%
AmBev Underweight 2,3%