sexta-feira, 30 de julho de 2010

Cenário Econômico Semanal – 26 a 30/Julho

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal

A última semana de julho foi marcada por uma agenda econômica bastante movimentada, com a divulgação de importantes indicadores da economia dos Estados Unidos, com o destaque para o Produto Interno Bruto americano.

Nos EUA, os números tiveram rumos distintos durante o período, com alguns sendo positivos e outros negativos. Este cenário fez com que os índices acionários de Wall Street chegassem à sexta-feira praticamente estáveis em relação ao fechamento da última semana.

No Brasil, a situação foi diferente, com o Ibovespa registrando ganhos em todas as sessões. No entanto, a alta acumulada do principal índice acionário brasileiro foi modesta, porém suficiente para voltar a casa dos 67 mil pontos, patamar que não era atingido desde o início de maio.





Cenário Externo


A semana começou com a leitura de junho do Chicago Fed National Activity Índex, que  recuou para -0,63 pontos, contra 0,21 do levantamento anterior. O mercado estimava resultado de -0,7. A queda foi relacionada pela deterioração da produção e de indicadores ligados ao setor de emprego.
Já as vendas de casas novas nos EUA, em junho, tiveram forte alta de 23,6% para um total de 330 mil unidades. Os dados foram revelados pelo Departamento de Comércio do país e superaram as estimativas, que apostavam em 310 mil unidades. No mês anterior, o índice havia registrado queda expressiva de 32,7% para 300 mil unidades.

Na terça-feira, o índice de preços de casas S&P Case Shiller avançou 4,61%, superando as estimativas. Já a Confiança do Consumidor, da Conference Board, caiu para 50,4 pontos.
Um dos piores resultados da semana foi do de pedidos de bens duráveis. De acordo com o Departamento de Comércio, o indicador recuou 1%, contra alta de 1% de maio. Só que o destaque do dia ficou para a divulgação do Livro Bege. O documento, que traz o relato da atividade econômica no país, é elaborado pelos escritórios regionais do Federal Reserve e mostrou uma situação menos otimista para o país.

A economia americana perdeu força no segundo trimestre do ano. É o que aponta a primeira prévia do número do Produto Interno Bruto do país, que avançou 2,4% no período. O resultado é inferior a média de 4,4% dos últimos seis meses. O mercado estimava crescimento do PIB de 2,5% no segundo trimestre.

Já os custos do emprego nos país subiram 0,5% no 2º trimestre do ano, informou Escritório de estatísticas de Trabalho. A remuneração, que corresponde a 70% dos custos, subiu 0,4% no período, enquanto outros benefícios aumentaram 0,6%.
 Pouco mais tarde, o índice composto de condições de negócios na região de Chicago, o Chicago PMI, surpreendeu os analistas e avançou em julho para 62,3 pontos, contra 59,1 de junho e projeção de 56 pontos.
Já a Confiança do Consumidor, apurada pela Universidade de Michigan e a agência de noticias Reuters subiu para 67,8 pontos em julho. No mês passado, o resultado havia sido de 66,5 pontos. Já o mercado estimava 67 pontos.

Neste sentido, o Dow Jones ganhou 0,4% na semana aos 10.466,1 pontos. Já o S&P 500 perdeu 0,1% aos 1.101,58 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:











Cenário Interno


No Brasil, a semana começou com destaque para o Boletim Focus, que mostrou que analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa da inflação oficial para este ano, pela terceira vez seguida. A projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) foi reduzida de 5,42% para 5,35%. Já para 2011, a previsão foi mantida em 4,80%. Para a taxa Selic, a pesquisa mostra que a projeção no fim deste ano passou de 12,00% ao ano para 11,75%. Para o final de 2011, a estimativa permaneceu em 11,75%.
Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 22 de julho de 2010 registrou variação de -0,14%, 0,01 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa divulgada na última apuração. Quatro das sete capitais pesquisadas registraram decréscimos em suas taxas de variação. As informações são da FGV.

A inflação na cidade de São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), acelerou para 0,19% na terceira prévia de julho. Na apuração anterior, o índice havia ficado em 0,12%. Em relação ao mesmo período do mês anterior, junho, o IPC havia registrado deflação de 0,08%.

Para o IGP-M, que avançou 0,15% em julho, após subir 0,85% em junho, e da Ata do Copom, que entre outras informações mostrou que a entidade destaca que são decrescentes os riscos para a consolidação de um cenário de aumento da inflação. Esses riscos, afirma o comitê, são derivados da expansão da demanda doméstica por bens e serviços, em descompasso com a oferta.

Mesmo tendo acumulado alta em todas as sessões, o Ibovespa teve ganho de apenas 1,8% na semana, aos 67.515 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas do período:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
NATURA
NATU3
46,00
13,84%
LOJAS RENNER
LREN3
59,02
13,50%
SOUZA CRUZ
CRUZ3
80,60
9,76%
CESP
CESP6
26,82
8,19%
EMBRAER
EMBR3
11,43
7,93%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
TELEMAR
TNLP3
32,90
-17,75%
TELEMAR
TNLP4
25,83
-9,24%
P.ACUCAR-CBD
PCAR5
57,50
-8,51%
TELEMAR N L
TMAR5
45,91
-7,90%
USIMINAS
USIM3
51,11
-7,41%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 42,69
2.185.633.792,00
Minerais metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 27,88
1.106.574.016,00
Exploração e/ou refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 39,37
831.304.704,00
Bancos
BMFBOVESPA
BVMF3
R$ 13,00
659.200.864,00
Serviços Financeiros Diversos
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 18,52
648.878.048,00
Exploração e/ou refino





Dólar:


Com uma boa procura por papéis brasileiros, a cotação do dólar comercial no país encerrou a semana com leve desvalorização. A divisa americana teve relativa oscilação, mas encerrou o período com recuo de 0,2%. A moeda encerrou vendida a R$ 1,756 e comprada a R$ 1,754.


Confira o gráfico:


Dólar