quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ativa inicia cobertura do Santander destacando suas vantagens comparativas


Por: Equipe InfoMoney
24/06/10 - 18h44
InfoMoney

SÃO PAULO - "A nosotros nos encanta Brasil". É com essa frase que Laura Lyra Schuch, analista da Ativa, inicia a cobertura do banco Santander Brasil (SANB11), chamando atenção para o desconto das units do banco em relação aos papéis de seus concorrentes e para suas vantagens comparativas.


Com um preço justo em 12 meses de R$ 31,86, os ativos do banco receberam recomendação de compra. Segundo Laura, no atual patamar de preço, os papéis do Santander exibem um desconto de 20% se comparado aos 3 maiores bancos do País, 40% em relação à média dos bancos latino-americanos e 6% menor do que a média internacional. 


Na opinião da analista, o principal risco para o banco é a "possibilidade de não conseguir rentabilizar seu patrimônio inflado pelos recursos do IPO (Oferta Pública Inicial), permanecendo com rentabilidade inferior a de seus concorrentes". Contudo, ela diz acreditar em um elevado crescimento nos números do banco nos próximos anos. 


Elevado crescimento
Este aumento, explica Laura, viria em função do aumento das taxas de juros no Brasil, da recuperação do mercado de crédito, que vem apresentando robusto crescimento, e dos ganhos de escala e captura de sinergias com a aquisição do Banco Real. 



Além disso, o Santander possui os diferenciais de ter registrado o maior índice de Basileia entre seus concorrentes no primeiro trimestre do ano, "o que lhe garante conforto suficiente para alavancar sua carteira e expandir suas operações em meio a um mercado de crédito punjante".


Laura também destaca o fato de o Santander ser o único banco com forte presença nacional e internacional, o lhe rende vantagens em relação ao acesso a uma plataforma global e ao alcance a uma base de clientes multinacionais. Também não se deve esquecer os benefícios da experiência operacional do Grupo Santander. 


ProventosPor fim, a analista da Ativa revela que o Santander pretende alterar sua política de distribuição de lucros. Laura afirma que o banco espanhol pretende adotar um programa de distribuição mínima de lucros de 50%. 


Vale ressaltar que este seria um patamar consideravelmente maior do que aquele de seus principais concorrentes: atualmente, o ItaúUnibanco (ITUB4) distribui apenas 25%, enquanto o Bradesco (BBDC4) paga 30% de seus lucros em dividendos e o Banco do Brasil (BBAS3), 40%.