São Paulo, 20 - A Fibria deverá quitar na próxima semana o montante de US$ 511 milhões restante referente à renegociação das dívidas contraídas pela Aracruz com derivativos, afirmou o diretor-presidente da Fibria, Carlos Aguiar. A data para a conclusão da operação, no entanto, poderá ser estendida até o final do primeiro semestre, segundo a área de Relações com Investidores da Fibria - empresa resultante da união entre Aracruz e Votorantim Celulose e Papel (VCP).
Aguiar disse ainda que o projeto de expansão da companhia criada em setembro do ano passado poderá ter início no começo de 2013. O primeiro passo desse movimento seria dado na Veracel (BA), joint venture da brasileira com a sueco-finlandesa Stora Enso. De acordo com o executivo, em seguida, no final de 2014, seria a vez da duplicação da fábrica de Três Lagoas (MS).
Ambos os projetos dependem da formação de bases florestais, mas a unidade da Veracel deve receber prioridade porque a companhia já tem área plantada no sul da Bahia. No caso da unidade de Três Lagoas, o processo de licenciamento ainda deverá ter início.
Aguiar explicou que a expansão de Três Lagoas exigirá área total de 140 mil hectares. A Fibria já possui aproximadamente 30 mil hectares. O executivo também explica que a participação de área de terceiros no projeto será de aproximadamente 45%, acima do porcentual comum praticado pelas empresas do setor, que é de 30%. Com isso, a Fibria conseguirá reduzir o volume de investimentos necessários para a formação da base florestal.
A direção da fabricante de papel e celulose está reunida nesta manhã na Bolsa de Valores de São Paulo para formalizar a entrada no Novo Mercado, segmento de listagem que exige as mais elevadas práticas em termos de governança corporativa.
(André Magnabosco)
Fonte: AE Broadcast