Rio, 12 - O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, reforçou há pouco que a empresa mantém o fim do primeiro semestre deste ano como prazo para a capitalização da empresa, mas demonstrou preocupação com o ritmo das discussões no Congresso Nacional. "O tempo está passando, já estamos no dia 12 de abril, que é diferente de 12 de março, que é diferente de 12 de fevereiro", afirmou o executivo. Ele disse, porém, que a estatal não pretende apresentar nenhuma alternativa à capitalização com cessão onerosa até o fim do prazo estipulado.
Recentemente, o gerente presidente de Relações com Investidores da Petrobras, Alexandre Quintão, chegou a dizer que uma das opções seria o lançamento de ações preferenciais. "Nesse momento, trabalhamos com a hipótese da capitalização com cessão onerosa. Se não houver cessão onerosa, vamos ver como fazer a capitalização, o que é
indispensável", explicou há pouco Gabrielli.
O executivo lembrou que, além dos "prazos políticos do Congresso, existem os prazos geológicos do conhecimento dos reservatórios possíveis para a extração dos 5 bilhões de barris" que serão vendidos pelo governo à estatal. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) está hoje concluindo o primeiro poço para avaliação dessas reservas. O trabalho incluirá ainda a certificação dos recursos por empresas especializadas. (Nicola Pamplona)
Fonte: AE Broadcast