segunda-feira, 12 de abril de 2010

Otimista com resultados, Barclays eleva preço-alvo de Lojas Renner para R$ 51

Por: Equipe InfoMoney
12/04/10 - 19h00
InfoMoney


SÃO PAULO - Em relatório assinado pelos analistas David Belaunde e Martha V. Shelton, o Barclays elevou suas projeções para os resultados da Lojas Renner (LREN3), bem como seu preço-alvo em 12 meses, que passou de R$ 47 para R$ 51 - implicando em upside de 23,2% frente ao último fechamento. A recomendação segue neutra.

As estimativas para abertura de novas lojas foram elevadas - de maneira conservadora, ao ver do Barclays - ao longo dos próximos dez anos, indo de 230 para 290. A dupla de analistas dá grande ênfase ao novo modelo de lojas proposto pela empresa e que deve ser melhor explorado na apresentação junto a investidores agendada para o dia 13 de maio. Ao ver do banco, o novo formato da Renner é um divisor de águas, já que deve permitir à companhia ir além do tradicionalismo de shopping centers e grandes cidades.

Na teleconferência de seus resultados de 2009, a varejista expôs ao mercado estas novidades tão bem recebidas pelo Barclays. A Lojas Renner prevê lançamento de lojas compactas em cidades menores, com público-alvo voltado para núcleos habitacionais com 200 mil habitantes. As principais características presentes são o fato de serem menores, com 1.200 a 1.300 metros quadrados, lançadas tanto em shopping centers e lojas de rua, com o desafio de “não descaracterizar o mix dos produtos da Renner, o que será testado com o lançamento de duas lojas no segundo semestre”.

E por falar em resultados, David Belaunde e Martha V. Shelton projetam números fortes para os primeiros três meses de 2010, com crescimento de 15% das vendas no quesito mesmas-lojas, 22% de expansão na receita e lucro líquido 175% maior. "Em adição, a expansão da margem deve mais uma vez ser um fator-chave para este ano", completam.

Com vistas à leitura otimista para o case da empresa, os analistas elevaram em 4% as estimativas de lucro por ação em 2010, o que deixa a projeção do banco 7% acima do consenso do mercado.