segunda-feira, 9 de agosto de 2010

JP Morgan ajusta projeções para Cielo e incorpora target de 2011 para as ações

Por: Thiago C. S. Salomão
09/08/10 - 16h01
InfoMoney


SÃO PAULO - Dias depois da Cielo (CIEL3) divulgar seu balanço trimestral e realizar sua teleconferência, a equipe do JPMorgan revisou suas projeções para os próximos resultados e ainda incorporou o preço-alvo esperado para as ações ao final de 2011. O novo target, de R$ 19, é o mesmo que era previsto anteriormente em dezembro de 2010 e indica um upside de 21,2% em relação à cotação de fechamento da última sexta-feira (6).

Os analistas Saul Martinez e Mariana Barros, que assinam o relatório do banco, explicam que, apesar do novo target ser o mesmo que era previsto para este ano, ele indica uma diminuição nas perspectivas em termos econômicos. "Em termos de valor presente, R$ 19 ao final de 2011 valem menos do que R$ 19 no final de 2010", explica a dupla, que preferiu manter a recomendação neutra à CIEL3, embora eles prefiram esses papéis aos da Redecard (RDCD3).

Para a equipe de analistas, os resultados da Cielo desde seu IPO (Initial Public Offering), em junho de 2009, são impressionantes. No entanto, o fim dos contratos de exclusividade deverá acirrar ainda mais a competitividade do setor. "Não vemos motivos para mudar nossa visão de que o fim da exclusividade levará a uma pressão nos preços de mercado", diz a dupla do JP, que espera ver modestos crescimentos operacionais nos próximos anos, em comparação ao ano anterior.

Projeções revisadas
Os números revisados pelo banco norte-americano não trouxeram mudanças muito significativas em relação às projeções anteriores. O lucro recorrente estimada para este ano, por exemplo, passou de R$ 1,832 bilhão para R$ 1,837 bilhão, permanecendo em R$ 1,35 por ação. Contudo, para os próximos dois anos, os ganhos estimados sofreram leve diminuição.


Para 2011, a estimativa foi de R$ 1,944 bilhão (R$ 1,43 por ação) para R$ 1,936 bilhão (R$ 1,42 por ação). Já pra 2012, a estimativa passou de R$ 2,05 bilhões (R$ 1,51 por ação) para R$ 2,025 bilhões (R$ 1,49 por ação).