Por: Equipe InfoMoney
29/06/10 - 19h08
InfoMoney
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SÃO PAULO – O Goldman Sachs iniciou nesta terça-feira (29) a cobertura dos papéis do banco ABC Brasil (ABCB4) com recomendação de compra, ante preço-alvo de R$ 17,00 para o período de 12 meses, o que equivale a um upside de 38% frente ao fechamento das ações neste pregão.
De acordo com os analistas Carlos Macedo, Jason Mollin e Wesley Okada, que assinam o relatório, o banco opera descontado em relação aos pares do setor, mesmo contando com um modelo de negócio mais defensivo aos choques de liquidez frente seus concorrentes. Além disso, a equipe destaca os bons dividendos pagos pelo banco ABC, sendo um contraponto à baixa liquidez do ativo.
A boa estrutura do ABC Brasil chama atenção dos analistas. Segundo eles, o banco apresenta um histórico sólido, com gestores experientes e forte suporte de uma instituição internacional, a Arab Banking Corporation, que atua como financiadora em situações de crise. Além disso, os diretores do próprio banco detêm quase 10% das ações em circulação, alinhando seus interesses com aqueles dos acionistas minoritários.
Por fim, o Goldman destaca que a instituição financeira localiza-se em um nicho de mercado que compete diretamente com grandes bancos. “Provendo produtos financeiros sob medida, o banco é capaz de conviver em meio aos grandes concorrentes. O segmento SME (que engloba vendas entre RS 30 milhões e R$ 250 milhões) traz margens maiores e deve beneficiar a lucratividade no médio prazo”, afirma a equipe.
RiscosVisto como ponto negativo, as ações do banco apresentam pouca liquidez. Além disso, a competição com grandes bancos do setor pode prejudicar suas taxas e lucros. Outro ponto que deve ser ponderado é a relação direta entre o setor e o crescimento da economia. Caso o ritmo de crescimento diminua, as estimativas feitas para os papéis podem ser desproporcionais, alertam.
Caso o banco ABC continue a expandir seus empréstimos em um ritmo similar ao dos últimos trimestres, o capital poderia tornar-se uma preocupação no curto prazo. Para resolver o problema, o banco precisaria crescer mais devagar, levantar mais receita ou até diminuir o pagamento de dividendos.
Além do mais, o modelo de financiamento do banco ABC baseia-se em investidores institucionais. Embora este modelo funcione em períodos de crescimento da economia, ele exacerba os problemas em períodos de crise. Além disso, ainda não está claro o quão sustentável é a estratégia no longo prazo, quando os ativos do banco atingirem uma posição maior.
Iniciando coberturaEnxergando a possibilidade de aumento de ganhos do setor em função da expansão do PIB doméstico, a equipe também iniciou a cobertura das ações do BicBanco (BICB4) e dos papéis do Banco PanAmericano (BPNM4), ambos com sugestão neutra.
Neste nicho, é estimado que o número de empréstimos anuais cresça entre 35% e 50%, frente à expansão de 25% prevista para os grandes bancos, o que sugere um bom potencial de valorização no longo prazo.
Por fim, o Goldman destaca que a instituição financeira localiza-se em um nicho de mercado que compete diretamente com grandes bancos. “Provendo produtos financeiros sob medida, o banco é capaz de conviver em meio aos grandes concorrentes. O segmento SME (que engloba vendas entre RS 30 milhões e R$ 250 milhões) traz margens maiores e deve beneficiar a lucratividade no médio prazo”, afirma a equipe.
RiscosVisto como ponto negativo, as ações do banco apresentam pouca liquidez. Além disso, a competição com grandes bancos do setor pode prejudicar suas taxas e lucros. Outro ponto que deve ser ponderado é a relação direta entre o setor e o crescimento da economia. Caso o ritmo de crescimento diminua, as estimativas feitas para os papéis podem ser desproporcionais, alertam.
Caso o banco ABC continue a expandir seus empréstimos em um ritmo similar ao dos últimos trimestres, o capital poderia tornar-se uma preocupação no curto prazo. Para resolver o problema, o banco precisaria crescer mais devagar, levantar mais receita ou até diminuir o pagamento de dividendos.
Além do mais, o modelo de financiamento do banco ABC baseia-se em investidores institucionais. Embora este modelo funcione em períodos de crescimento da economia, ele exacerba os problemas em períodos de crise. Além disso, ainda não está claro o quão sustentável é a estratégia no longo prazo, quando os ativos do banco atingirem uma posição maior.
Iniciando coberturaEnxergando a possibilidade de aumento de ganhos do setor em função da expansão do PIB doméstico, a equipe também iniciou a cobertura das ações do BicBanco (BICB4) e dos papéis do Banco PanAmericano (BPNM4), ambos com sugestão neutra.
Neste nicho, é estimado que o número de empréstimos anuais cresça entre 35% e 50%, frente à expansão de 25% prevista para os grandes bancos, o que sugere um bom potencial de valorização no longo prazo.