quinta-feira, 1 de abril de 2010

Mesmo com fraco resultado, BofA reitera recomendação de compra para Marfrig

Por: Equipe InfoMoney
01/04/10 - 13h44
InfoMoney




SÃO PAULO - Embora avalie o resultado do quarto trimestre da Marfrig (MRFG3) como sendo “fraco” e “em linha” com suas expectativas, o Bank of America Merrill Lynch reitera sua recomendação de compra para os papéis da companhia, bem como seu preço-justo de R$ 27,00, o que revela um potencial teórico de valorização de 32,74% frente à cotação do último fechamento.

Em relação ao resultado, os analistas João Carlos Santos e Alexandre Pizano, que assinam o relatório do banco, enfatizam a queda na margem Ebitda (relação percentual entre a receita líquida e a geração operacional de caixa), de 0,7 ponto percentual na passagem trimestral, chegando a 6,8% (a projeção era 6,9%). Para eles, a contração foi causado pela “exposição ao segmento de aves (com baixa performance) e pelo fraco desempenho no mercado de câmbio”.

Além disso, a equipe revela um viés negativo em um primeiro momento da incorporação da Seara, avaliando que ela deve causar queda nas margens, uma vez que a adquirida é 80% focada em exportações - setor impactado pelas variações cambiais.

Resultado não abala viés positivo

No entanto, Santos e Pizano mostram-se otimistas quanto ao futuro da companhia, prevendo uma recuperação no fragilizado segmento. “Esperamos uma recuperação nas margens no segmento de aves para níveis históricos ao longo de 2010”, apontando a expectativa de redução nos custos dos grãos, de uma elevação na demanda por proteínas, e depreciação do real ante o dólar como razões pelo otimismo.

No mais, os dois enaltecem o aumento na produção de carne nas plantas Margen e Mercosul, com forte expansão de suas capacidades em 2010. Porém, destacam que há dois riscos relacionado às unidades: a disponibilidade de gado e lenta capacidade de expansão na produção.

Otimismo
“A recente venda de ações levou a um valuation mais atrativo”, fazendo com que a “falta contínua de geração de caixa e a volatilidade cambial (o que poderia comprometer a recuperação da margem de exportação) sejam compensados”, completam.