quinta-feira, 1 de abril de 2010

Analistas não enxergam bom desempenho da Lupatech em 2010 e cortam preço-alvo

Por: Equipe InfoMoney
01/04/10 - 12h57
InfoMoney



SÃO PAULO - Demonstrando posturas semelhantes, a Itaú Corretora e Citgroup reduziram o preço-alvo para Lupatech (LUPA3), prevendo um curto prazo difícil para a companhia, em reflexo aos fracos resultados postados no quarto trimestre de 2009.

A corretora do Itaú cortou o preço justo para as ações da companhia de R$ 37,90 para R$ 31,00, valor que representa um upside (potencial teórico de valorização) de 28,63% conforme último fechamento. Além disso, a recomendação é de market-perform (desempenho em linha com o mercado).

Por sua vez, o Citi mostra-se ainda menos otimista quanto ao valor das ações ao final do ano, passando-o de R$ 33,00 para R$ 29,00 (upside de 20,33%), recomendando manutenção dos papéis.

Itaú: fraca largada
Na visão dos analistas Paula Kovarsky, Diego Mendes e Giovana Araújo, que assinam o relatíro da Itaú Corretora, os números dos últimos três meses de 2009 dão um ponto de partida anêmico para um bom desempenho neste ano, avaliando que “para a companhia atingir nossas projeções prévias para 2010, este tem que ser um ano extraordinário”.

Embora lembrem que a Lupatech vê sinais de melhora neste início de ano, eles esperam “um fraco desempenho no primeiro semestre, melhorando mais significativamente no segundo, com o início dos contratos assinados com a Petrobras”.

No entanto, no tocante aos acordos de R$ 150 milhões celebrados com a estatal petrolífera e ainda possíveis outros a serem celebrados, a equipe não acredita que seus reflexos possam ser sentidos nos balanços antes de, pelo menos, dois trimestres.

Citi: melhora à conta-gotas

Do mesmo modo, os analistas do Citi, Tereza Mello e Felipe Jiman Koh, não vislumbram desempenhos significativos nos indicadores financeiros neste início de ano. “Enquanto nos mantemos positivos nos prospectos de longo prazo da companhia, o curto prazo deve enfraquecer o preço das ações”, afirmam.

Mello e Koh veem uma melhora gradual da recuperação da companhia, com a elevação nos ganhos “puxada por uma gradual expansão na demanda e aumento do foco no controle dos custos e despesas fixas”.

Aumento no capex

No mais, ambas as instituições salientam a elevação no capex (investimento em bens de capital) ante 2009, para R$ 79,6 milhões. Enquanto o Citi avalia que expansões ainda são necessárias para obedecer os contratos recentemente assinados, o Itaú dispara que “para uma companhia operando abaixo de 50% de sua capacidade, isso pode se provar um desafio adicional para diluir os custos fixos”.