quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Safra divulga carteira observando conjuntura global "complicada"

Por: Tainara Machado
03/02/11 - 11h30
InfoMoney


SÃO PAULO - O Safra divulgou sua carteira com 15 açõesrecomendadas para o mês de fevereiro. O banco de investimentos afirma que o mês começa com uma conjuntura macroeconômica global "complicada", em que de um lado está o cenário de forte liquidez, na tentativa de garantir a manutenção da retomada americana e dar solvência à Europa, e do outros os emergentes, especialmente a China, em que a expansão monetária promovida pelo ocidente ocasiona forte avanço dos preços. 


"Este complexo ambiente econômico traz incertezas para o investidor", que também não deixa de observar o crescente custo da oportunidade local. No cenário interno, o Safra observa que as dúvidas recaem sobre o impacto da alta dos insumos na economia, o que agrava o descompasso já existente entre oferta e demanda. 


Diante deste pano de fundo, a equipe do departamento de economia do Banco J.Safra prevê aumento dos juros básicos no Brasil até 12,25% ao ano, o que equivale a um ciclo de aperto monetário de 150 pontos-base. Na ata da última reunião, observa o time de estratégia de renda variável, não se nota urgência em aumentar o passo do ajuste, que assim deve ser mantido em 50 pontos-base.


Alta das commodities
A liquidez também contribuiu para a alta das commodities, o que é uma boa notícia para o balanço de pagamentos do País, mas com o real fortalecido, a resultante inflacionária inquieta investidores, declara o Safra. "Além disso, há riscos para a retomada econômica global com o aumento do custo da matéria-prima: sabemos que a alta dos preços dos insumos aumenta a tensão geopolítica, reduz arenda disponível e encarece a produção manufatureira".



Mudanças no portfólio
Desse modo, o Safra optou por realizar alguns ajustes em seu portfólio recomendado. Para fevereiro, foram excluídas as ações da Confab (CNFB4), por acreditar que existem oportunidades mais atrativas no setor no curto prazo; da BM&F Bovespa (BVMF3), devido às notícias recentes de possível entrada de um novo competidor no mercado; e MPX Energia (MPXE3), que teve desempenho positivo em um mês de queda do índice.



Por outro lado, ocorreram três inclusões na carteira para este mês: Duratex (DTEX3), por acreditar que a alta dos juros não terá o impacto que especula o mercado sobre a venda de novos imóveis; Itaú Unibanco (ITUB4), por observar uma boa oportunidade de entrada nos atuais preços; e Cesp (CESP6), por acreditar que as ações da companhia apresentam a melhor relação entre risco e retorno no setor de energia elétrica.


Em janeiro, o portfólio apresentou desvalorização de 3,38%, enquanto o Ibovespa registrou queda de 3,94%. 


Confira o portfólio recomendado:
EmpresaCódigoPreço-AlvoUpside*Peso
Banco do BrasilBBAS3R$ 43,0045,37%8%
CemigCMIG4R$ 35,0029,63%6%
Itaú UnibancoITUB4R$ 49,9939,79%6%
DuratexDTEX3R$ 24,0048,15%5%
CSNCSNA3R$ 37,0032,62%7%
EvenEVEN3R$ 12,6562,39%7%
GOLGOLL4R$ 37,5059,78%7%
CESPCESP6R$ 45,0062,63%6%
OHLOHLB3R$ 80,3038,81%6%
Lojas AmericanasLAME4R$ 20,0349,59%4%
OGXOGXP3R$ 30,0076,07%5%
Pão de AçúcarPCAR5R$ 86,2741,80%4%
PDG RealtyPDGR3R$ 13,8050,49%6%
PetrobrasPETR4R$ 34,0022,30%7%
ValeVALE5R$ 66,0029,03%16%
*Potencial teórico de valorização com base na cotação do fechamento de 2 de fevereiro