Por: Equipe InfoMoney
05/11/10 - 12h28
InfoMoney
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SÃO PAULO - Detentora do título de maior oferta de ações da história, após captar cerca de R$ 120 bilhões no mercado, a Petrobras ( PETR3, PETR4) passou um tempo afastada das carteiras de recomendação, acumulando sucessivas perdas e atraindo olhares de repúdio por parte dos investidores, mas já ensaia recuperação de espaço aos olhos de analistas.
Em setembro deste ano, o Governo registrou um superávit primário de R$ 26,1 bilhões em setembro, bem acima do saldo positivo visto em agosto, de R$ 4 bilhões. O motivo para tamanho salto tem um nome bem conhecido - Petrobras.
Diluição, cessão onerosa e risco político
Antes da operação, as opiniões dos analistas já revelavam uma percepção mais pessimista em relação à empresa, por conta das indefinições circundando a operação de capitalização e cessão onerosa. O processo, contudo, correu rapidamente após o anúncio do preço do barril a ser cedido pela União à companhia, de US$ 8,51.
Contudo, passada a operação e encerrado o período de silêncio, veio a maré vermelha. A estatal continuou a figurar no centro das discussões do mercado, mas por conta dos sucessivos anúncios de cortes em recomendações e projeções de bancos e corretoras.
Conforme apontado pela Equipe InfoMoney, os principais catalisadores apontados pelos analistas para esta virada de percepção são a diluição resultante do processo de capitalização e da compra de 5 bilhões de barris de petróleo no processo de cessão onerosa. “Acreditamos que o case de investimento piorou consideravelmente”, disparou o Credit Suisse em um relatório de outubro.
Os analistas também chamaram atenção para o alto nível de investimentos previstos pela estatal, as elevadas metas de produção e a necessidade de uma possível nova oferta de ações no futuro para arcar com todas as despesas demandadas pelas futuras operações no pré-sal. “Acreditamos que há razão para se temer que o próximo governo possa elevar o papel da Petrobras como ferramenta de desenvolvimento econômico e social do País”, destacou a equipe de análise do Barclays, por sua vez.
Desempenho
Vale citar que, nos mês passado, das 14 carteiras consideradas pela Equipe InfoMoney no comparativo mensal, apenas 6 detinham ações da estatal - em meses anteriores, as ações da companhia seriam parada obrigatória de qualquer portfólio que se prese.
Citi, Coinvalores, HSBC, Omar Camargo, Planner e Win listaram a Petrobras em suas recomendações de outubro, mês em que os papéis preferenciais da companhia acumularam uma queda de 6,38%, enquanto que as ações ordinárias somaram baixa de 7,18%.
Curiosamente, estas corretoras apresentaram os piores desempenhos no mês passado. Win, Planner, HSBC e Omar Camargo, registraram, nesta ordem, as quatro piores performances de outubro. A Citi, por sua vez, alcançou um desempenho mediano, amparada pela alta da AmBev (AMBV4) e da OHL (OHLB3).
Commodities em foco
"Ponderando o que temos na agenda macro corporativa, e ainda a performance recente do Ibovespa, acreditamos na continuidade da performance positiva do mercado, porém muito condicionado a recuperação das empresas ligadas a commodities, em especial Petrobras e siderurgia", destacou Mônica Araujo, da Ativa Corretora.
A opinião da analista não é destoante do resto das projeções para novembro, se inserindo em um hall de análises que colocam o segmento de commodities como chave para o desempenho dos mercados nos últimos dois meses do ano.
A HSBC Corretora, por exemplo, coloca as ações de empresas ligadas ao segmento como uma das pedras fundamentais de seu portfólio de recomendações para novembro, projetando uma recuperação dos preços dos materiais básicos na reta final de 2010.
Petrobras: o retorno
O sugestivo nome do relatório do BTG Pactual (The Return of Petrobras), contendo sua carteira recomenda para o penúltimo mês do ano, é um sinal de uma virada na maré negativa que vinha prejudicando a empresa.
Carlos Sequeira, Antônio Junqueira e Bernardo Miranda alertam para a abertura de um ponto de entrada interessante nos papéis da estatal após o desempenho negativo de outubro, no que são endossados pela equipe do banco Safra. “Neste momento, acreditamos que a Petrobras oferece um bom potencial de valorização”, destaca o trio de analistas.
A desenvolvimento potencialmente rápido das atividades no pré-sal da Bacia de Campos, em áreas em que existe infra-estrutura disponível, a renovação da confiança no valor do pré-sal conforme a companhia expande sua produção no campo de Tupi e a perspectiva de revisões das projeções de resultados no curto prazo por conta da apreciação do real frente ao dólar, também aparecem motivando a recomendação.
Por fim, parece que a profecia da dupla de analistas do Bank of América Merril Lynch, Frank McGann e Conrado Vegner, começa a se realizar. Em meio a onda de revisões e cortes de recomendações, os dois afirmaram que, destacando que “passado é passado”, “com a oferta concluída, esperamos que os ativos voltem a ser negociados com base em seus fundamentos, que seguem excelentes”.
Em setembro deste ano, o Governo registrou um superávit primário de R$ 26,1 bilhões em setembro, bem acima do saldo positivo visto em agosto, de R$ 4 bilhões. O motivo para tamanho salto tem um nome bem conhecido - Petrobras.
Diluição, cessão onerosa e risco político
Os analistas também chamaram atenção para o alto nível de investimentos previstos pela estatal, as elevadas metas de produção e a necessidade de uma possível nova oferta de ações no futuro para arcar com todas as despesas demandadas pelas futuras operações no pré-sal. “Acreditamos que há razão para se temer que o próximo governo possa elevar o papel da Petrobras como ferramenta de desenvolvimento econômico e social do País”, destacou a equipe de análise do Barclays, por sua vez.
Desempenho
Vale citar que, nos mês passado, das 14 carteiras consideradas pela Equipe InfoMoney no comparativo mensal, apenas 6 detinham ações da estatal - em meses anteriores, as ações da companhia seriam parada obrigatória de qualquer portfólio que se prese.
Citi, Coinvalores, HSBC, Omar Camargo, Planner e Win listaram a Petrobras em suas recomendações de outubro, mês em que os papéis preferenciais da companhia acumularam uma queda de 6,38%, enquanto que as ações ordinárias somaram baixa de 7,18%.
Curiosamente, estas corretoras apresentaram os piores desempenhos no mês passado. Win, Planner, HSBC e Omar Camargo, registraram, nesta ordem, as quatro piores performances de outubro. A Citi, por sua vez, alcançou um desempenho mediano, amparada pela alta da AmBev (AMBV4) e da OHL (OHLB3).
Commodities em foco
"Ponderando o que temos na agenda macro corporativa, e ainda a performance recente do Ibovespa, acreditamos na continuidade da performance positiva do mercado, porém muito condicionado a recuperação das empresas ligadas a commodities, em especial Petrobras e siderurgia", destacou Mônica Araujo, da Ativa Corretora.
A opinião da analista não é destoante do resto das projeções para novembro, se inserindo em um hall de análises que colocam o segmento de commodities como chave para o desempenho dos mercados nos últimos dois meses do ano.
A HSBC Corretora, por exemplo, coloca as ações de empresas ligadas ao segmento como uma das pedras fundamentais de seu portfólio de recomendações para novembro, projetando uma recuperação dos preços dos materiais básicos na reta final de 2010.
Petrobras: o retorno
O sugestivo nome do relatório do BTG Pactual (The Return of Petrobras), contendo sua carteira recomenda para o penúltimo mês do ano, é um sinal de uma virada na maré negativa que vinha prejudicando a empresa.
Carlos Sequeira, Antônio Junqueira e Bernardo Miranda alertam para a abertura de um ponto de entrada interessante nos papéis da estatal após o desempenho negativo de outubro, no que são endossados pela equipe do banco Safra. “Neste momento, acreditamos que a Petrobras oferece um bom potencial de valorização”, destaca o trio de analistas.
A desenvolvimento potencialmente rápido das atividades no pré-sal da Bacia de Campos, em áreas em que existe infra-estrutura disponível, a renovação da confiança no valor do pré-sal conforme a companhia expande sua produção no campo de Tupi e a perspectiva de revisões das projeções de resultados no curto prazo por conta da apreciação do real frente ao dólar, também aparecem motivando a recomendação.
Por fim, parece que a profecia da dupla de analistas do Bank of América Merril Lynch, Frank McGann e Conrado Vegner, começa a se realizar. Em meio a onda de revisões e cortes de recomendações, os dois afirmaram que, destacando que “passado é passado”, “com a oferta concluída, esperamos que os ativos voltem a ser negociados com base em seus fundamentos, que seguem excelentes”.