Por: Thiago C. S. Salomão
02/08/10 - 17h03
InfoMoney
02/08/10 - 17h03
InfoMoney
SÃO PAULO - Por conta do forte resultado trimestral da Natura (NATU3), o Santander optou por revisar para cima suas estimativas para os balanços dos próximos três anos da empresa, resultando numa elevação do preço-alvo esperado para as ações ao final de 2011, de R$ 46 para R$ 49. Contudo, por conta das recentes valorizações dos papéis, o banco diminuiu a recomendação dada a eles, passando do nível mais alto (compra) de sugestão para o mais baixo ("underperform", na qual é espera uma performance abaixo Ibovespa nesse período).
O título do relatório ("sem outras preocupações que não sejam o valuation; rebaixamento para underperform", na tradução livre) assinado por Joaquin Ley e Tobias Stingelin deixa claro o principal motivo para a brusca diminuição na sugestão dada aos ativos NATU3. Segundo os analistas do Santander, os papéis da Natura subiram 31% em dólar nos meses no acumulado desde o início de junho, enquanto o Ibovespa teve alta de 13%.
Dessa forma, o novo preço-alvo estimado (US$ 26,50) encontra-se muito próximo das cotações atuais da ação - no último dia 30, elas estavam cotadas a US$ 25,97, segundo Ley e Stingelin. Além disso, esses patamares de preço mostram que os papéis estão sendo negociados com prêmios de 66% em relação a seus principais pares internacionais, além de estarem 33% acima de sua média histórica. Por fim, o múltiplo P/L (relação entre o preço da ação e o lucro por ação esperado) encontra-se em seu maior nível desde julho de 2007.
A dupla de análise do banco afirma que, por conta desses fatores, era esperado um aumento no volume do short selling envolvendo as ações (ou seja, a estruturação de operações nas quais se aposta na queda das ações). "Contudo, isso não tem sido o caso recentemente, provavelmente por conta dos fortes números da companhia e do otimismo demonstrado durante a teleconferência de resultados", afirmam os analistas.
Projeções elevadasJoaquin Ley e Tobias Stingelin aumentaram suas perspectivas de lucro por ação para a Natura. As novas projeções para 2010, 2011 e 2012 aumentaram em 5%, 5% e 3%, respectivamente. Na mesma ordem, as estimativas para o Ebitda (geração operacional de caixa) foram elevadas em 4%, 5% e 4%. Já a receita líquida teve alta de 1% para os três anos.
Dessa forma, o novo preço-alvo estimado (US$ 26,50) encontra-se muito próximo das cotações atuais da ação - no último dia 30, elas estavam cotadas a US$ 25,97, segundo Ley e Stingelin. Além disso, esses patamares de preço mostram que os papéis estão sendo negociados com prêmios de 66% em relação a seus principais pares internacionais, além de estarem 33% acima de sua média histórica. Por fim, o múltiplo P/L (relação entre o preço da ação e o lucro por ação esperado) encontra-se em seu maior nível desde julho de 2007.
A dupla de análise do banco afirma que, por conta desses fatores, era esperado um aumento no volume do short selling envolvendo as ações (ou seja, a estruturação de operações nas quais se aposta na queda das ações). "Contudo, isso não tem sido o caso recentemente, provavelmente por conta dos fortes números da companhia e do otimismo demonstrado durante a teleconferência de resultados", afirmam os analistas.
Projeções elevadasJoaquin Ley e Tobias Stingelin aumentaram suas perspectivas de lucro por ação para a Natura. As novas projeções para 2010, 2011 e 2012 aumentaram em 5%, 5% e 3%, respectivamente. Na mesma ordem, as estimativas para o Ebitda (geração operacional de caixa) foram elevadas em 4%, 5% e 4%. Já a receita líquida teve alta de 1% para os três anos.