Por: Anderson Figo
06/08/10 - 20h00
InfoMoney
06/08/10 - 20h00
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SÃO PAULO - O resultado da B2W (BTOW3) no segundo trimestre deste ano não foi bem recebido entre analistas e investidores nesta sexta-feira (6). Na véspera, a varejista reportou lucro líquido 67% menor em relação aos ganhos atingidos entre abril e junho do ano passado, totalizando R$ 5 milhões.
Repercutindo o balanço financeiro, as ações da varejista terminaram a sessão desta data como o principal destaque de desvalorização entre as ações do Ibovespa, com baixa de 7,30%, cotadas a R$ 30,59 cada. Cabe mencionar que os papéis ordinários da empresa também aparecem no segundo lugar entre as perdas do benchmark paulista na semana, com performance negativa de 9,50%, enquanto que o índice subiu 0,86% no período.
"O resultado ficou um pouco abaixo do esperado. Apesar da expressiva queda das despesas operacionais, a maior competitividade do setor tem prejudicado a margem bruta e reduzido o ritmo de crescimento das vendas", avaliou o analista Rafael Cintra, da Link Investimentos.
Já a analista Julia Monteiro, da Brascan Corretora, revela que os números trimestrais da empresa foram negativamente impactados "pelos resultados financeiros, resultantes, principalmente, da manutenção do alto custo no desconto de recebíveis".
Receita abaixo das estimativas
Apontado pela maioria dos analistas de mercado como a grande vilã do trimestre, a receita líquida de R$ 998 milhões atingida pela varejista no período ficou 13% acima do valor visto em 2009.
"A performance foi fraca, como esperado, especialmente se considerarmos que o segundo trimestre deste ano foi marcado pela forte venda de produtos eletrônicos devido à Copa do Mundo, principalmente televisões, que impulsionou as receitas de outras varejistas", avaliaram os analistas Carlos Albano e Marcio Kawassaki, do Citigroup.
Albano e Kawassaki destacaram que a cifra de vendas da B2W no segundo quarto do ano foi 1% inferior ao que era esperado pelo Citi. No mesmo sentido, a equipe de análise da Bradesco Corretora, composta pelos analistas Ricardo Boiati e Vitor Pini, revelou que a receita líquida da B2W ficou abaixo de suas estimativas em cerca de 10%, "o que definitivamente não é um bom sinal quando os pares estão crescendo até 50%".
O analista David Belaunde, do Barclays Capital, por sua vez, definiu que as margens operacionais da empresa mostraram taxas melhores que em 2009 por conta da redução nas despesas, no entanto, "ainda não convenceram". Além disso, Belaunde ressaltou que "a chave para a B2W melhorar seu fluxo de caixa será a migração para um cenário menos competitivo e com itens que necessitam de menor esforço de trabalho para serem adquiridos (não-duráveis)".
Cenário mais competitivo
Mesmo com a forte competição no atual cenário, as perspectivas do mercado são de que haverá um acirramento ainda maior entre as companhias de varejo nos próximos meses, podendo ser um driver negativo para o desempenho das ações da B2W no futuro.
"Mesmo que o desempenho operacional veio um pouco acima das nossas expectativas, a taxa de crescimento fraca da receita reflete o ambiente competitivo para a empresa, que deve persistir por mais tempo em nossa opinião", destacou o Safra Banco de Investimento em relatório.
Sobre o cenário para o setor, a analista da Brascan demonstrou preocupação com as margens da B2W. "Julgamos que a empresa contará com o acirramento da concorrência, devido à entrada de novos players, tanto no mercado formal quanto no informal, aumentando a tendência a promoções e consequente pressão sobre as margens", disse Julia.
Recomendações
Após a repercussão dos resultados, o Citigroup manteve sua recomendação de manutenção aos papéis ordinários da B2W, com preço-alvo de R$ 39,00 cada. Pouco mais otimista, a Link lembrou que a varejista está retomando os investimentos que devem aumentar sua eficiência operacional nos próximos trimestres, portanto, a recomendação da corretora segue de desempenho acima da média do mercado.
A Bradesco Corretora, por sua vez, possui recomendação de market perform (desempenho em linha com o mercado) aos papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 38,10 por ação. No mesmo sentido, o Barclays Capital manteve seu call neutro para a B2W.
Já a Brascan revelou que espera uma melhora na logística da empresa, mantendo sua recomendação de outperform (que, no caso desta corretora, representa um retorno esperado de pelo menos 5 pontos percentuais acima da performance do Ibovespa) para as ações da varejista, com target de R$ 41,11 cada.
Repercutindo o balanço financeiro, as ações da varejista terminaram a sessão desta data como o principal destaque de desvalorização entre as ações do Ibovespa, com baixa de 7,30%, cotadas a R$ 30,59 cada. Cabe mencionar que os papéis ordinários da empresa também aparecem no segundo lugar entre as perdas do benchmark paulista na semana, com performance negativa de 9,50%, enquanto que o índice subiu 0,86% no período.
"O resultado ficou um pouco abaixo do esperado. Apesar da expressiva queda das despesas operacionais, a maior competitividade do setor tem prejudicado a margem bruta e reduzido o ritmo de crescimento das vendas", avaliou o analista Rafael Cintra, da Link Investimentos.
Já a analista Julia Monteiro, da Brascan Corretora, revela que os números trimestrais da empresa foram negativamente impactados "pelos resultados financeiros, resultantes, principalmente, da manutenção do alto custo no desconto de recebíveis".
Receita abaixo das estimativas
Apontado pela maioria dos analistas de mercado como a grande vilã do trimestre, a receita líquida de R$ 998 milhões atingida pela varejista no período ficou 13% acima do valor visto em 2009.
"A performance foi fraca, como esperado, especialmente se considerarmos que o segundo trimestre deste ano foi marcado pela forte venda de produtos eletrônicos devido à Copa do Mundo, principalmente televisões, que impulsionou as receitas de outras varejistas", avaliaram os analistas Carlos Albano e Marcio Kawassaki, do Citigroup.
Albano e Kawassaki destacaram que a cifra de vendas da B2W no segundo quarto do ano foi 1% inferior ao que era esperado pelo Citi. No mesmo sentido, a equipe de análise da Bradesco Corretora, composta pelos analistas Ricardo Boiati e Vitor Pini, revelou que a receita líquida da B2W ficou abaixo de suas estimativas em cerca de 10%, "o que definitivamente não é um bom sinal quando os pares estão crescendo até 50%".
O analista David Belaunde, do Barclays Capital, por sua vez, definiu que as margens operacionais da empresa mostraram taxas melhores que em 2009 por conta da redução nas despesas, no entanto, "ainda não convenceram". Além disso, Belaunde ressaltou que "a chave para a B2W melhorar seu fluxo de caixa será a migração para um cenário menos competitivo e com itens que necessitam de menor esforço de trabalho para serem adquiridos (não-duráveis)".
Cenário mais competitivo
Mesmo com a forte competição no atual cenário, as perspectivas do mercado são de que haverá um acirramento ainda maior entre as companhias de varejo nos próximos meses, podendo ser um driver negativo para o desempenho das ações da B2W no futuro.
"Mesmo que o desempenho operacional veio um pouco acima das nossas expectativas, a taxa de crescimento fraca da receita reflete o ambiente competitivo para a empresa, que deve persistir por mais tempo em nossa opinião", destacou o Safra Banco de Investimento em relatório.
Sobre o cenário para o setor, a analista da Brascan demonstrou preocupação com as margens da B2W. "Julgamos que a empresa contará com o acirramento da concorrência, devido à entrada de novos players, tanto no mercado formal quanto no informal, aumentando a tendência a promoções e consequente pressão sobre as margens", disse Julia.
Recomendações
Após a repercussão dos resultados, o Citigroup manteve sua recomendação de manutenção aos papéis ordinários da B2W, com preço-alvo de R$ 39,00 cada. Pouco mais otimista, a Link lembrou que a varejista está retomando os investimentos que devem aumentar sua eficiência operacional nos próximos trimestres, portanto, a recomendação da corretora segue de desempenho acima da média do mercado.
A Bradesco Corretora, por sua vez, possui recomendação de market perform (desempenho em linha com o mercado) aos papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 38,10 por ação. No mesmo sentido, o Barclays Capital manteve seu call neutro para a B2W.
Já a Brascan revelou que espera uma melhora na logística da empresa, mantendo sua recomendação de outperform (que, no caso desta corretora, representa um retorno esperado de pelo menos 5 pontos percentuais acima da performance do Ibovespa) para as ações da varejista, com target de R$ 41,11 cada.