Por: Equipe InfoMoney
23/07/10 - 19h36
InfoMoney
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Após encontro com executivos da empresa, a corretora enfatiza que os assuntos seguintes são estratégicos e aguardam importantes decisões da Usiminas. Boas deliberações podem trazer valorizações adicionais à ação, na opinião do analista Rodrigo Ferraz.
Usinas de Placas
Para a corretora, a definição quanto ao modelo final do projeto de expansão de produção de placas, que deve ser implementado na região de Santana do Paraíso até o final de agosto, é uma decisão de peso cuja estratégia deve influenciar a cadeia de valor do produto ao consumidor.
Minério de Ferro
Ainda que nos próximos anos a Usiminas utilize majoritariamente a produção de minério para consumo próprio, a partir de 2014 o volume projetado deve chegar a 25 milhões de toneladas por ano. Assim, mostra-se necessário escolher um novo local para o escoamento de minério de ferro.
Porto
Para Ferraz, a decisão final para o acesso ao porto de Itaguaí é um ponto essencial, até porque parte do pagamento adicional a ser realizado pela Sumitomo depende desta questão.
Novos Negócios
A Brascan acredita que um maior detalhamento para os negócios “Soluções Usiminas” e “Transformação do Aço” deve ajudar o mercado a separar e precificar corretamente a parte de siderurgia daquela ligada à agregação de valor.
Market Share
A recuperação do market share local, perdido ao longo do ano de 2009, para seus principais competidores, CSN e Arcellor Mittal, deve ser prioridade da empresa, a fim de trazer naturalmente os volumes de volta para a Usiminas.
Outras oportunidadesAlém das potencialidades da empresa já destacadas pela corretora, os projetos de infraestrutura, liderados pelo PAC, também devem aumentar a demanda por produtos siderúrgicos e levar alta aos papéis da companhia.
Além disso, a procura por chapas grossas, produto produzido apenas pela Usiminas no Brasil, também deve aumentar, impulsionada por grandes projetos no setor de óleo e gás, em especial para a exploração do pré-sal.
Pontos negativosO cenário externo à empresa consiste na principal preocupação em relação à Usiminas. “Uma possível implementação de alíquotas zero para a importação de aço pode impulsionar, ainda mais, a entrada de produtos estrangeiros, retardando o processo de recuperação das vendas por parte dos produtores locais ao longo deste ano” explica em relatório o analista da Brascan.
A restrição de crédito na China também é vista como ponto de temor, já que o país tem diminuído a demanda por aço.
Vale lembrar que em 2009, os altos custos dos insumos de produção, a mudança de gestão e os desdobramentos da crise econômica acabaram por afetar negativamente a percepção do mercado em relação à empresa, na opinião da Brascan.