terça-feira, 11 de maio de 2010

Pão de Açúcar: diante de resultados, Citi enaltece forte desempenho do Ponto Frio

Por: Equipe InfoMoney
11/05/10 - 09h44
InfoMoney


SÃO PAULO – Na visão do Citigroup, os resultados do primeiro trimestre de 2010 listados pelo Pão de Açúcar (PCAR5) foram bons, em especial o desempenho registrado pelo Ponto Frio – adquirido em junho de 2009 pelo varejista.

No entanto, o banco reitera sua recomendação de manutenção às ações, devido ao entrave nas negociações com a Casas Bahia. É mantida também a projeção de preço-alvo de 12 meses, em R$ 79,00 – potencial teórico de valorização de 31,7% frente ao último fechamento.

Em seu relatório, assinado pelos analistas Carlos Albano e Marcio Kawassaki, o Citi ressalta o forte desempenho do grupo no segmento “mesmas lojas” (lojas abertas há pelo menos um ano) e no Ebitda (geração operacional de caixa), o qual mostrou-se 16% acima das projeções do banco.

Além disso, os dois destacam o avanço de 23% nos ganhos por ação do Pão de Açúcar. Para os analistas, estes números refletem “uma saudável melhoria no Ponto Frio, mas menores margens na rede Assai”.

Grupo Pão de Açúcar
Avaliando o resultado separadamente, Albano e Kawassaki destacam que o Grupo Pão de Açúcar obteve uma ascensão de 23% nas vendas líquidas em relação aos três primeiros meses de 2009, “devido à boa performance de mesmas lojas mas também à abertura de 14 novas lojas Assai”.
Ademais, os analistas avaliam que “embora a margem bruta tenha recuado, a margem Ebitda permaneceu praticamente estável em 6,6% devido a menores despesas gerais e administrativas”.

Ponto Frio: a bola da vez
Os analistas enaltecem o bom desempenho registrado pelo Ponto Frio: “foi o principal destaque positivo do resultado”. Dessa forma, destacam a elevação nas vendas, tanto nas lojas físicas quanto no segmento virtual - e-commerce. Além disso, apontam a melhor performance na margem bruta e na margem Ebitda.

Assai: novas lojas; menor margem
Quanto ao Assai, o banco exalta o avanço na receita bruta – “devido à abertura de 14 novas lojas neste ano” -, mas avalia negativamente a queda na margem Ebitda, que ocorreu, segundo os analistas, “devido ao desproporcional aumento nas despesas operacionais e à sazonalidade desfavorável”.

FIC e guidance
Albano e Kawassaki também destacam a elevação no patrimônio do FIC (braço financeiro do grupo, uma joint venture com o Itaú) e, por fim, o forte guidance da companhia para o restante do ano. Mas ponderam que “a empresa ainda precisa de uma aceleração razoável de abertura da loja, a fim de atender às orientações”.

Bom desempenho, mas temores quanto à fusão
Em conclusão, o relatório avalia que a companhia listou um bom resultado, “onde o principal destaque foi claramente foi a guinada bem sucedida do Ponto Frio, que vem ocorrendo mais rápido do que o esperado”.

No entanto, o otimismo dá lugar a um certo receio quando o tema é Casas Bahia. “Acreditamos que o desempenho das ações ainda é bastante dependente da fusão com a Casas Bahia, que ainda é incerta”.