quarta-feira, 5 de maio de 2010

BB Investimentos inicia cobertura de MMX com recomendação de compra

Por: Equipe InfoMoney
05/05/10 - 17h35
InfoMoney


SÃO PAULO – Os analistas do BB Investimentos iniciaram a cobertura dos papéis da MMX (MMXM3) com recomendação de compra, antevendo preço alvo para dezembro de 2010 de R$ 17,90, o que corresponde a um potencial de valorização de 46,61% frente ao fechamento de terça-feira (4).

A recomendação baseia-se, segundo o analista Antonio Emilio Bittencourt, no cenário de rápida recuperação do mercado interno e do mercado externo. “O setor de minério de ferro atravessa um momento histórico”, ressalta o analista, fazendo referência ao reajuste na ordem de 100% realizado este ano.

Pontos positivos
As projeções otimistas para a economia doméstica nos próximos anos, a formação de parcerias estratégicas e o foco da empresa em melhorar sua estrutura financeira devem proporcionar um bom desempenho no longo prazo a MMX, tanto em tamanho, quanto em importância.


Com relação à estrutura financeira, o analista comenta que a empresa, apesar de gerar pouco caixa, está conseguindo resolver o seu problema de baixa liquidez no curto prazo através da emissão de novas ações por subscrição. “A intenção da MMX é amortizar parte de suas dívidas do circulante pretendendo com isso melhorar a sua estrutura de capital”, finaliza.

Outro fator importante foi a associação realizada recentemente com a WISCO (Wuhan Iron and Steel Company), que comprou 21,5% da MMX, o que facilita o acesso da empresa ao mercado chinês. “Tal associação deve fazer com que a MMX exporte 16 milhões de toneladas de minério proveniente do sistema sudeste no melhor cenário”, comenta o analista.

Para Bittencourt, a empresa tem um grande potencial no longo prazo e pretende atingir a capacidade de 45 milhões de toneladas de produção de minério de ferro em 2015, fato que reflete a expectativa positiva da equipe em relação à empresa.

Pontos negativos
Com relação aos riscos, o analista destaca os baixos volumes de produção, que devem ter impacto importante sobre as despesas operacionais. Além disso, a dependência da construção do porto sudeste (Itajaí - RJ), que será construído pela LLX e está previsto para o segundo semestre de 2011, fará com que a empresa tenha dificuldade de exportar no curto prazo.