quarta-feira, 19 de maio de 2010

Após resultados, BTG corta preço-alvo de Magnesita, embora recomende compra

Por: Equipe InfoMoney
19/05/10 - 11h34
InfoMoney


SÃO PAULO – “Estávamos excessivamente otimistas quanto ao aumento dos ganhos”. A frase resume a avaliação do BTG Pactual ante os números do primeiro trimestre registrados pela Magnesita (MAGG3), que fizeram com que o banco rebaixasse seu preço-alvo de R$ 18,00 R$ 14,00 – potencial teórico de valorização de 34,22% frente ao último fechamento -, embora mantenha recomendação de compra para os papéis. 

Edmo Chagas e Antonio Heluany, analistas que assinam o relatório do BTG, apontam o desempenho aquém ao esperado do Ebitda (geração operacional de caixa), que veio 16% abaixo de suas projeções, além de frisarem os valores dos custos dos bens vendidos e das despesas, os quais vieram 3% e 8% acima das estimativas, respectivamente. “A Magnesita reportou um resultado operacional decepcionante”, disparam. 

Corte nas projeções
Os números fizeram com que o BTG cortasse também suas projeções para o Ebitda da companhia. “Nossa estimativa de Ebitda para 2010 declinou para R$ 569 milhões (de R$ 681 milhões anteriores)”. Além disso, diminuíram em 4% e 6% as estimativas para o indicador em 2011 e 2012, respectivamente.

Embora recomende a compra dos ativos da companhia, a dupla prevê que os ganhos devem frear. “Ainda esperamos aumento nos ganhos nos próximos anos, mas em um ritmo mais lento”. Além disso, avaliam que seu “valuation também está menos atrativo em relação aos seus pares do setor siderúrgico”. 

Longo prazo promissor 
No entanto, o pessimismo é deixado de lado quando os analistas abordam o futuro da companhia. “No longo prazo, acreditamos que o outlook da Magnesita continua interessante”, e concluem: “nós vislumbramos potencial de valorização embora haja ausência de gatilhos no curto prazo”.