sexta-feira, 1 de julho de 2011

Cenário Econômico Semanal - 27/Junho a 01/Julho/2011

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 Agenda Econômica Semanal - 04 a 08/Julho/2011 
   
 
Cenário Econômico Semanal - 27/Junho a 01/Julho/2011
Grécia faz mercados fecharem semana em alta
 
  
 Depois de algumas semanas negativas, os mercados acionários de todo o mundo fecharam o mês de junho com clima de tranqüilidade. Além de indicadores positivos de atividade nos Estados Unidos.
No entanto, a notícia que mais chamou a atenção dos investidores foi a aprovação no parlamento grego do pacote de austeridade fiscal. Com isso, o país deve receber uma nova injeção de capitais para evitar uma bancarrota.
Por aqui, um dos destaques ficou para a queda vertiginosa do dólar comercial. A moeda atingiu durante na sexta-feira o menor valor desde janeiro de 1999, quando o então presidente reeleito Fernando Henrique Cardoso iniciou a desvalorização do Real.
 
   
 Cenário Externo 
 No começo da semana, o Departamento de Comércio informou que os gastos ao consumidor norte-americano ficaram estáveis em maio. Além disso, a renda pessoal avançou 0,3%, levemente abaixo do esperado, de 0,4%. Já o núcleo da inflação ao consumidor teve alta de 0,3%, acima dos 0,1% esperados.
Na terça-feira, logo na abertura dos negócios, foi divulgado que a confiança do consumidor norte-americano recuou em junho, passando de 61,7 para 58,5 pontos. Notícias positivas da Grécia contribuíram para que os mercados ignorassem os dados da agenda econômica. Destaque ainda para o índice de preços de imóveis, que apresentou em abril alta de 0,7%, a primeira em oito meses.
Pouco mais tarde, o índice que mede a atividade manufatureira no distrito de Richmond apresentou em junho alta para 3 pontos, após situar-se em -6 pontos no levantamento de maio.
A notícia mais importante da semana surgiu na quarta-feira. Com uma maioria de 155 deputados no Parlamento, o Partido Socialista grego (no poder) conseguiu aprovar o plano de austeridade necessário para liberar uma nova parcela do auxílio financeiro prestado pelo FMI e pela UE.
O pacote de austeridade inclui cortes de gastos, aumentos de impostos e privatizações e é condição para que o país receba ajuda externa de 78 bilhões de euros até 2015. O objetivo é reduzir o enorme déficit fiscal e tornar sustentável a dívida grega, que supera 355 bilhões de euros.

Paralelamente a isso, a Associação Nacional dos Corretores informou que as vendas pendentes de casas apresentaram alta de 8,2% em maio, depois de registrar queda acentuada em abril.
Na quinta-feira, foi a vez da divulgação dos novos pedidos de auxílio-desemprego, que recuaram em um mil na semana, para 428 mil. Além disso, o Institute for Supply Management informou que o Chicago PMI de junho registrou 61,1 pontos, contra 56,6 pontos na leitura revisada de maio.
Entre eles, a Confiança do consumidor norte-americano recuou em junho para 71,5 pontos, contra 74,3 pontos registrados em maio, informou nesta sexta-feira a Universidade de Michigan. O resultado veio levemente abaixo do esperado, de 71,8 pontos.
Além disso, os gastos com construção recuaram em maio 0,6% para um total de US$ 753,5 bilhões, em uma série com ajuste sazonal. O resultado, divulgado pelo Departamento de Comércio, ficou pior do que a queda de 0,3% esperada pelo mercado. Os números de abril foram revistos para perdas 0,6%.
Já o Institute for Supply Management divulgou que a atividade manufatureira nos subiu para 55,3 pontos em junho, contra 53,5 pontos registrados em maio. O avanço foi considerado uma surpresa para o mercado, que esperava uma queda para 52 pontos, já que no mês anterior havia despencado aproximadamente 6,9%.
Neste cenário favorável, o Dow Jones encerrou a semana com alta de 5,4% aos 12.583 pontos, enquanto o ganhou 5,6% aos 1.339,65 pontos.
 
   
 Confira os gráficos de longo prazo: 
   
 
 
   
 Cenário Interno 
 A semana começou coma divulgação do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas - composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor - subiu 2,3% entre maio e junho de 2011, ao passar de 115,4 para 118,0 pontos.
Destaque ainda para o IPC-S de 22 de junho de 2011 apresentou variação de -0,15%, -0,17 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada na última divulgação. Este foi o menor resultado desde a terceira semana de agosto de 2010, quando o índice registrou variação de -0,17%.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M) registrou, em junho, taxa de variação de 1,43%, abaixo do resultado do mês anterior, de 2,03%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,41%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,45%. No índice referente à Mão de Obra, registrou-se variação de 2,46%. No mês de maio, a taxa foi de 3,70%.
Além disso, a estimativa de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) para a inflação oficial neste ano caiu pela oitava semana consecutiva. A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,18% para 6,16%, segundo o boletim Focus, divulgado todas as segundas-feiras.
No caso do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FIPE, o indicador voltou a registrar deflação na terceira prévia do mês, ao cair 0,05% no período, após baixa de 0,08% na medição anterior. Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou -0,18%, em junho. Em maio, o índice variou 0,43%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
No fim da semana, foi a vez do IPC-S de 30 de junho de 2011 apresentou variação de -0,18%, -0,03 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada na última divulgação. Este foi o menor resultado desde a segunda semana de agosto de 2010, quando o índice registrou variação de -0,19%.
Com isso, os ganhos no Brasil foram mais modestos do que nos EUA, mas o Ibovespa acumulou em cinco dias 3,9% aos 63.394 pontos.
 
   
 Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana: 
   
 Ibovespa
 
 As maiores altas da semana 
 
ATIVOCÓDIGOÚLTIMOVARIAÇÃO
GERDAUUGPA416,698,24%
USIMINASRDCD323,377,70%
USIMINASTCSL313,917,58%
JBSCMIG45,457,07%
GERDAU METBRFS320,306,56%
 
   
 As maiores baixas da semana 
 
ATIVOCÓDIGOÚLTIMOVARIAÇÃO
B2W VAREJOBTOW318,98-3,90%
COPELCPLE641,20-2,51%
TIM PART S/ATCSL38,81-1,56%
TELEMARTNLP424,15-1,07%
FIBRIAFIBR320,35-1,02%
 
   
 Mais negociadas da semana 
 
ATIVOCÓDIGOÚLTIMOVOLUMESEGMENTO
VALEVALE5R$ 46,631.930.205.632,00Minerais Metálicos
PETROBRASPETR4R$ 23,751.422.203.168,00Exploração e/ou Refino
ITAUUNIBANCOITUB4R$ 36,48883.893.216,00Bancos
OGX PETROLEOOGXP3R$ 15,10872.784.752,00Exploração e/ou Refino
VALEVALE3R$ 51,69637.921.440,00Minerais Metálicos
 
   
 Dólar: 
 Nem as incertezas do começo da semana e muito menos as ações do Banco Central conseguiram brecar a queda do dólar. A moeda americana seguiu sua tendência de queda e fechou a semana em sua menor cotação desde janeiro de 1999.
Foi em janeiro de 1999, logo após a eleição para o segundo mandato, que o então presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu desvalorizar o Real ante ao dólar. Com isso, em poucos dias a moeda disparou de R$ 1,30 para quase R$ 2,00 em menos de um mês.
Com isso, a moeda encerrou a semana negociada a R$ 1,5600, o que representa uma desvalorização de 2,7% em cinco dias.
 
 Confira o gráfico de longo prazo: 
 Dólar 
   
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