segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Bradesco inicia cobertura de HRT Participações com recomendação outperform

Por: Equipe InfoMoney
10/01/11 - 13h12
InfoMoney


SÃO PAULO -  O Bradesco iniciou a cobertura das ações da HRT Participações (HRTP3) com recomendação outperform, estabelecendo preço-alvo de R$ 1.950,00 para os papéis, o que representa um upside (potencial teórico de valorização) de 23,42% frente ao último fechamento. Segundo os analistas, o case de investimento da HRT é completamente diferente de OGX Petróleo (OGXP3) e Petrobras (PETR3,PETR4). 


A recomendação foi realizada com base na expectativa do potencial de ganhos da empresa, dado que as suas reservas de petróleo, atualmente estimadas em 2,1 bilhões de barris, podem ser ainda maiores uma vez que os estudos realizados são antigos e respondem apenas por uma pequena parcela da área a ser explorada pela HRT, que ao todo soma 75 mil km².


Principais vantagens para investimento
Segundo os analistas Auro Rozenbaum e Bruno Varella, responsáveis pela cobertura, os investidores podem ser beneficiados por um downside reduzido, considerando que há no momento um valuation de US$ 1,40 por barril, considerando dos os 2,1 bilhões de barris, ou de US$ 8,00 por barril considerando somente a região do Solimões e excluindo a Namíbia, as reservas de gás, outros blocos e todo o upside dos estudos sísmicos. 



Ademais, a HRT pode apresentar elevação das projeções de ganhos em breve, pois a companhia espera que ao final de 2011, 60% dos campos localizados na Namíbia já estejam devidamente analisados e certificados, bem como boa parte das áreas do Solimões - onde pelo menos 12 de 21 blocos ainda não tiveram estudos sísmicos realizados. 


Riscos do valuation
Através do método de fluxo de caixa descontado, os analistas creem que o valor presente das ações da HRT atinja R$ 4.610 por ação -no entanto, ao excluir gás, atribuindo o valor de US$ 1 por barril para o óleo extraído na Namíbia e incluindo risco adicional no fluxo de caixa do projeto de Solimões, chega-se aos R$ 1.950 por ação.



Por fim, o relatório ainda lembra de outros possíveis riscos aos quais a companhia está sujeita, como as incertezas jurídicas, ambientais e de logística com os blocos brasileiros, localizados em uma área junto à floresta amazônica, bem como os riscos de implantação da operação de extração em uma área mal desenvolvida como a Namíbia.