Por: Equipe InfoMoney
16/04/10 - 16h10
InfoMoney
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SÃO PAULO - O Citigroup e a Itaú Corretora revelam posições distintas quanto suas estratégias em relação ao setor bancário: o primeiro mantém perspectiva de um mercado em valorização e reitera recomendação de compra; a segunda mostra-se cautelosa, apontando desafios ao setor como um todo.
Citi: setor em alta
Em seu novo modelo, o Citi exibe elevação no preço-alvo de 12 meses aos papéis do Banco do Brasil, passando de R$ 36,50 para os atuais R$ 38,25. No sentido oposto, o banco rebaixa o preço-alvo do Bradesco, de R$ 40,45 para R$ 38,50.
Quanto às demais instituições do setor sob o universo de cobertura do Citi, Itaú Unibanco e Santander, os preços-alvo são mantido em R$ 54,75 e R$ 29,50, respectivamente. O banco recomenda ainda compra aos ativos de todas as instituições referidas, à exceção do Bradesco.
Segundo os analistas Daniel A. Abut e Ricky Sperber, o otimismo em relação ao setor bancário deriva da forte recuperação pela qual passa a economia doméstica, fazendo com que seja retomado um forte panorama no mercado de crédito.
Além disso, Abut e Sperber enaltecem a “significante melhora na qualidade dos ativos, os quais devem resultar em uma flexibilização nas provisões de perdas com empréstimos”, fato que, de acordo com os dois, deve elevar as expectativas de elevação nos lucros até 2012.
No sentido oposto, a Itaú Corretora, ao reduzir sua exposição aos papéis de bancos, avalia que a combinação de portfólio de empréstimo saudável, declínio na inadimplência e juros em alta “não tem sido suficiente para justificar o desempenho acima da média do setor."
“Simultaneamente”, avaliam os analistas Carlos Constantini, Marcelo Brisac, Cida Souza e Susana Salaru, “o cenário de liquidez e alavancagem tem crescido, aumentando os desafios ao passo que as medidas cíclicas implementadas durantes a crise tem sido gradualmente removidas pelo governo”.
Dentre os desafios, a equipe destaca as mudanças no compulsório, “restringindo o acesso ao financiamento”, “reduzindo o excesso de liquidez” e “elevando o custos dos financiamentos”. Além disso, o fato de o excedente das provisões não serem incluído mais no cálculo de taxas da Basiléia limita “o potencial de alavancagem dos bancos”.
Mais um aspecto destacado pela equipe foi a crescente competição “principalmente de bancos públicos, que têm alterado seus focos a novos mercados específicos, o que pode ter pego alguns negócios de surpresa, impulsionando revisão nos orçamentos”.
Por fim, projetam uma contração nos atuais ROEs (retorno sobre o capital) no longo prazo e recomendam uma redução na exposição ao setor neste ano.
Citi: setor em alta
Em seu novo modelo, o Citi exibe elevação no preço-alvo de 12 meses aos papéis do Banco do Brasil, passando de R$ 36,50 para os atuais R$ 38,25. No sentido oposto, o banco rebaixa o preço-alvo do Bradesco, de R$ 40,45 para R$ 38,50.
Quanto às demais instituições do setor sob o universo de cobertura do Citi, Itaú Unibanco e Santander, os preços-alvo são mantido em R$ 54,75 e R$ 29,50, respectivamente. O banco recomenda ainda compra aos ativos de todas as instituições referidas, à exceção do Bradesco.
Segundo os analistas Daniel A. Abut e Ricky Sperber, o otimismo em relação ao setor bancário deriva da forte recuperação pela qual passa a economia doméstica, fazendo com que seja retomado um forte panorama no mercado de crédito.
Além disso, Abut e Sperber enaltecem a “significante melhora na qualidade dos ativos, os quais devem resultar em uma flexibilização nas provisões de perdas com empréstimos”, fato que, de acordo com os dois, deve elevar as expectativas de elevação nos lucros até 2012.
Citigroup | ||||
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Instituição | Ticker | Preço* | Preço-alvo** | Recomendação |
Itaú Unibanco | ITUB4 | R$ 38,59 | R$ 54,75 | Buy |
Santander | SANB11 | R$ 21,20 | R$ 29,50 | Buy |
Banco do Brasil | BBAS3 | R$ 30,90 | R$ 38,25 | Buy |
Bradesco | BBDC | R$ 32,66 | R$ 38,50 | Hold |
* Valores de fechamento do pregão de 15 de abril
** Para 2010
Itaú: obstáculos pela frente** Para 2010
No sentido oposto, a Itaú Corretora, ao reduzir sua exposição aos papéis de bancos, avalia que a combinação de portfólio de empréstimo saudável, declínio na inadimplência e juros em alta “não tem sido suficiente para justificar o desempenho acima da média do setor."
“Simultaneamente”, avaliam os analistas Carlos Constantini, Marcelo Brisac, Cida Souza e Susana Salaru, “o cenário de liquidez e alavancagem tem crescido, aumentando os desafios ao passo que as medidas cíclicas implementadas durantes a crise tem sido gradualmente removidas pelo governo”.
Dentre os desafios, a equipe destaca as mudanças no compulsório, “restringindo o acesso ao financiamento”, “reduzindo o excesso de liquidez” e “elevando o custos dos financiamentos”. Além disso, o fato de o excedente das provisões não serem incluído mais no cálculo de taxas da Basiléia limita “o potencial de alavancagem dos bancos”.
Mais um aspecto destacado pela equipe foi a crescente competição “principalmente de bancos públicos, que têm alterado seus focos a novos mercados específicos, o que pode ter pego alguns negócios de surpresa, impulsionando revisão nos orçamentos”.
Por fim, projetam uma contração nos atuais ROEs (retorno sobre o capital) no longo prazo e recomendam uma redução na exposição ao setor neste ano.