segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ativa inicia cobertura de Gafisa com recomendação de compra

Por: Equipe InfoMoney
17/01/11 - 08h41
InfoMoney


SÃO PAULO – A Ativa Corretora iniciou a cobertura da Gafisa (GFSA3) com uma perspectiva positiva para a empresa, com o fim dos problemas decorrentes da aquisição da Tenda e expectativa de melhor rentabilidade operacional.


O analista Armando Halfeld concedeu recomendação de compra para as ações da empresa, com preço-alvo para dezembro deste ano de R$ 17,47, upside (potencial teórico de valorização) de 54,73% em relação ao último fechamento.


DestaquesSegundo o analista da Ativa, os resultados que a Gafisa vem obtendo, com rentabilidade inferior a de empresas concorrentes, são explicados principalmente pelos problemas que a companhia herdou com a aquisição da Tenda. Entretanto, a expectativa é de melhora gradual das margens com a entrega de projetos desta última ao longo desse ano.


Ademais, ainda sobre a Tenda, o analista afirma que a Gafisa pretende aumentar a participação da empresa adquirida no seu VGV (Valor Geral de Vendas) dos atuais 36% para um patamar de 40% a 45% já em 2011. Outra expectativa é a melhora da rentabilidade nos novos projetos da Tenda em comparação a projetos anteriores.


Outro destaque da empresa fica por conta de sua rentabilidade, com o analista projetando uma expressiva melhora no próximo ano. Para este ano, no entanto, a expectativa é de queda da margem líquida (relação entre lucro líquido e receita líquida) na comparação com 2010. “Esperamos que a Gafisa atinja margem líquida de 10,4%, enquanto para 2011 a margem líquida deve cair, em função de uma maior despesa financeira, para 9,4%”, afirma.


Múltiplos atrativos e riscosPara o analista, a Gafisa apresenta múltiplos atrativos, com significativos descontos em relação ao registrado por outras empresas do setor. A expectativa, porém, é que esse diferencial seja reduzido com a entrega de melhores resultados.


Já entre os riscos associados ao investimento na Gafisa, Halfeld cita a capacidade de execução dos empreendimentos, acima da expectativa na taxa de juros, dificuldades de execução por parte da Caixa Econômica Federal do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, falta de mão de obra especializada no setor e uma possível demora no repasse de projetos herdados da Tenda.