Por: Rafael de Souza Ribeiro
02/12/10 - 18h49
InfoMoney
02/12/10 - 18h49
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Cenário favorávelA forte demanda da China, a retomada dos estoques das empresas e possíveis distorções de preços decorrentes do La Niña (fenômeno que causa o resfriamento anormal das águas do oceano) fundamentam a perspectiva do banco de elevação do preço dos grãos em 2011, com seu ápice já no início do ano.
Com relação ao fenômeno climático, Ferreira e Bobovnikova destacam a vantagem comparativa da SLC Agrícola frente seus pares domésticos. Segundo os analistas, o La Niña tende a afetar as fazendas localizadas no Sul do Brasil e Argentina, enquanto a companhia concentra sua produção no Centro e Nordeste. Vale lembrar que este resfriamento das águas do oceano reduz o volume de grãos colhidos.
Para completar o case de investimento favorável, a equipe do banco destaca a “invejável combinação” de baixos custos e preços altos na qual a SLC estará inserida em 2011, totalmente ao contrário do visto este ano.
Impacto nos resultadosEm meio ao cenário proposto, os analistas do JP Morgan projetam um crescimento de 66% para o Ebitda (geração operacional de caixa) em 2011, com a margem Ebitda (relação entre Ebitda e receita líquida) saltando para 32%, frente aos 23% esperados em 2010. Com relação à média do mercado, o Ebitda projetado do banco está 25% acima do consenso, destacam Ferreira e Bobovnikova.
Além disso, há expectativa de queda do nível de alavancagem da companhia no próximo ano, desonerando o Ebitda e contribuindo para a projeção de bons resultados trimestrais em 2011.
Com relação à demora das negociações com a LandCo, oficialmente em “manutenção” pela SLC Agrícola, a equipe não vê como um fator ruim para os fundamentos da empresa, uma vez que este tipo de operação adiciona potenciais riscos à análise.
Desempenho das açõesRecuperando-se das recentes perdas, as ações ordinárias da SLC dispararam 8,48% nesta quinta-feira, encerrando o dia a R$ 20,34. Enquanto isso, o Ibovespa marcou alta de 0,26%, fechando próximo de 69.500 pontos.