sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

BTG Pactual rebaixa recomendação e reduz preço-alvo para Magnesita

Por: Equipe InfoMoney
03/12/10 - 13h46
InfoMoney


SÃO PAULO – O BTG Pactual reduziu sua recomendação e preço-alvo para as ações da Magnesita (MAGG3), além de diminuir as previsões de ganhos da empresa. Segundo o relatório do banco, assinado pelos analistas Edmo Chagas, Antonio Heluany e Humberto Meireles, a empresa deve mostrar modesta melhora nos ganhos, e as projeções anteriores de uma virada eram otimistas demais.


A recomendação foi rebaixada de compra para neutra e o preço-alvo das ações foi reduzido de R$ 14,00 para R$ 12,00, o que representa um upside (potencial teórico de valorização) de 13,85% em relação ao último fechamento.


Razões do corteUma das principais razões para o corte é relacionada aos preços de matérias-primas mais elevados por causa das medidas chinesas para reduzir o uso de energia, o que deve continuar a pressionar os custos da companhia nos próximos trimestres, podendo levar a uma piora das margens operacionais. Para os analistas, as mudanças chinesas são estruturais, e devem restringir a oferta de matérias-primas no futuro, impulsionando seus preços. 


A melhora mínima na produção global de aço deve restringir a demanda pelos produtos da companhia, já que o metal equivale a cerca de 70% das vendas da Magnesita.


Além disso, um valuation não atrativo face outras empresas do ramo e o fato da Magnesita ter mostrado desempenho melhor que a média do setor no Brasil recentemente também pesaram na avaliação. "No curto prazo, a ação não tem um catalisador, e a empresa deve sofrer com o cenário pessimista para as siderúrgicas", dizem os analistas. 


Perspectivas positivasEm relação às perspectivas para a empresa, a visão de longo prazo continua sendo positiva, com possibilidades adicionais de consolidação e a Magnesita mantendo potencial de expansão devido ao seu acesso a matérias-primas de alta qualidade.


Os analistas também ressaltam que a integração com a LWB deve continuar a apresentar oportunidades de expansão de participação de mercado nos EUA e na Europa.


Além disso, também é esperado um aumento da demanda globalmente devido às restrições chinesas em exportações de matérias-primas relacionadas à energia e o desenvolvimento da estratégia da Magnesita.