quarta-feira, 29 de setembro de 2010

BofA lista 5 razões para acreditar que ação da Hypermarcas seguirá em alta

Por: Thiago C. S. Salomão
29/09/10 - 08h05
InfoMoney


SÃO PAULO - De uns tempos pra cá, as ações da Hypermarcas (HYPE3) passaram de um impressionante rali para um movimento de estabilidade: após subirem 200% em 2009 e acumularem de mais alta de 25% nos primeiros 5 meses de 2010, os papéis da companhia passaram a ser negociados dentro das bandas de R$ 22 e R$ 23,50, permanecendo nessa zona desde julho até o começo de setembro.

Contudo, esses ativos têm ganhado força nesse mês: a poucos dias de outubro, a ação HYPE3 acumula alta de 10% em setembro, tendo fechado a última terça-feira (28) em R$ 25,45. Vale mencionar ainda que o papel completou neste último pregão seu quinto dia seguido de valorização.

Diante disso, surge a dúvida na cabeça dos investidores: as ações da Hypermarcas finalmente vão voltar a registrar os sólidos ganhos vistos desde 2009 até meados de maio, ou esse movimento recente é apenas um "fogo de palha" e a tendência é de que o preço dos papéis permaneça dentro dessa banda? Para o Bank of America Merrill Lynch, os ativos deverão voltar a subir e, na falta de um motivo para justificar esse otimismo, a equipe do banco apresenta 5 razões para acreditar nessa retomada.

1. Valuations atraentes: nos últimos meses, a performance de Hypermarcas na bolsa brasileira tem ficado bem atrás de seus principais pares emergentes, o que acabou tornando as ações da companhia "baratas" em relação a outras varejistas. "HYPE3 é atualmente negociada com um desconto estimado de 20% sobre o múltiplo P/L (preço da ação/lucro estimado por ação) em relação aos seus pares asiáticos", afirmam os analistas Robert Ford, Melissa Byun e Marcelo Santos, que assinam o relatório do banco.

2. Custos com publicidade em normalidade: durante o segundo trimestre do ano, os gastos com publicidade e promoções aumentaram consideravelmente na comparação com o mesmo período do ano passado, sobretudo pelos fortes investimentos para promover as marcas Monange e  Neo-Química. "Projetamos uma normalização nos gastos com marketing no segundo semestre de 2010", diz o trio de analistas.

3. Crescimento entre os "teens": para a equipe do BofA, as vendas "mesmas lojas" das marcas focadas em adolescentes devem relatar evolução durante o terceiro trimestre do ano, mesmo com uma redução nas despesas de marketing. Além disso, o cenário atual da economia brasileira, que conta com baixas taxas de desemprego e bons níveis de renda, contribui para o momentum nos próximos trimestres.

4. Inovação: "a Hypermarcas parece pronta para lançar mais de 400 novos produtos nos próximos 12 meses, contra 300 produtos lançados em relação ao ano passado", afirmam Ford, Byun e Santos, que apostam em uma significativa captação desses novos produtos no mercado brasileiro - especialmente na linha farmacêutica e de cuidados pessoais.

5. Retomada das Fusões & Aquisições: por último, mas não menos importante, a equipe do Bank of America aponta para uma provável retomada dos processos de fusões e aquisições, marca registrada da Hypermarcas, que expandiu drasticamente seu portfólio em 2009 através de compra de outras empresas. "Acreditamos que o processo de consolidação deverá ganhar forças no final do ano, à medida que compradores e vendedores procuram garantir transações, tendo em vista os ágios com benefícios fiscais", afirmam.