Por: Equipe InfoMoney
03/06/10 - 11h24
InfoMoney
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Ainda sobre maio, a Ativa mostrou que seu portfólio sugerido para o mês teve uma variação negativa de 6,4%, 1,3 ponto percentual melhor do que o índice paulista. Contribuiu para a queda menor que a do benchmark a alta acumulada pelas ações da BR Malls no período (+6,6%). No outro extremo, Gerdau, Petrobras e NET registraram desvalorizações de 12,6%, 11,2% e 10%, respectivamente.
Empresa | Código | Peso |
BR Malls | BRML3 | 6,9% |
Bradesco | BBDC4 | 7,4% |
Itaúsa | ITSA4 | 6,2% |
Petrobras | PETR4 | 11,7% |
MPX Energia | MPXE3 | 5,0% |
Vale | VALE5 | 15,3% |
Gerdau | GGBR4 | 7,7% |
CCR | CCRO3 | 6,5% |
NET | NETC4 | 6,7% |
Brookfield | BISA3 | 5,4% |
WEG | WEG3 | 5,7% |
AmBev | AMBV4 | 5,5% |
Tractebel | TBLE3 | 5,0% |
PDG Realty | PDGR3 | 5,0% |
Segundo os analistas, a boa performance da companhia no mês passado pode ser explicada em partes por dois fatores: os resultados do primeiro trimestre de 2010, que mostraram a continuidade da boa gestão da empresa e reajustes reais de dois dígitos nos contratos de aluguel, e a aquisição da participação no shopping Via Brasil. "Nossa visão é de que a BR Malls está bem posicionada no atual cenário macroeconômico, com caixa elevado para aquisições", disse a corretora, que mantém-se otimista em relação ao setor de shopping centers.
Bradesco
A expectativa de expansão em sua carteira de crédito e da manutenção de sua rentabilidade em patamares "saudáveis", além de sua extensa capilaridade proporcionam ao banco um bom posicionamento para se aproveitar do cenário de expansão do setor financeiro, que é esperado pela corretora por conta da combinação da queda da inadimplência com a alta na taxa de juros.
Itaúsa
Os papéis da Itaúsa são vistos pela Ativa como um veículo de compra das ações do Itaú Unibanco, "uma vez que o desconto atualmente praticado da primeira em relação à segunda é de 21%". Com boas perspectivas em relação ao setor e, principalmente, sobre a manutenção dos bons níveis de rentabilidade do banco, os analistas esperam ver mais ganhos de sinergia decorrentes da união das duas instituições em 2008.
Petrobras
O declínio de suas ações no mês de maio refletiu a aversão dos investidores (principalmente os estrangeiros) ao risco, aliada com a queda no preço do petróleo no mercado internacional e as indefinições acerca de seu processo de capitalização, diz a Ativa. Acreditando que essas incertezas permaneçam em junho e as ações continuem pressionadas, a corretora mantém recomendação neutra para os papéis da estatal.
MPX
A corretora acredita que a empresa tem sofrido de "descrédito por parte do mercado", desde que ela anunciou a revisão das reservas de carvão das minas da MPX Colômbia. Apesar de acreditar que o fluxo de notícias futuras sobre a companhia tende a ser mais positivo, a Ativa optou por reduzir em 1 p.p. a participação dos ativos MPXE3 de seu portfólio, "considerando que no curto prazo os ousados planos de crescimento da geradora deverão continuar refletindo em volatilidade do papel".
Vale
Apostando em mais volatilidade no mercado em junho, a corretora diminuiu a participação da mineradora em 0,8 p.p. de sua carteira. No entanto, ela mantém seu viés positivo para o horizonte de médio prazo, acreditando que 2010 seja marcado por uma aumento tanto na produção quanto no volume de vendas de commodities metálicas.
Gerdau
Reportando o pior desempenho mensal da carteira da Ativa em maio, a siderúrgica é tida pela corretora como uma das empresas "que mais se beneficia do cenário de expansão do setor imobiliário no Brasil". Investimentos na infraestrutura brasileira e a retomada gradual de suas operações internacionais também garantem o otimismo dos analistas sobre a Gerdau.
CCR
A companhia possui forte exposição à infraestrutura no País, considerado um ponto importante pela corretora. Além disso, seu histórico de resultados positivos e a expectativa de novas aquisições em seu portfólio de concessões também são vistos como bons fatores para manter-se alocado na empresa.
NET
O aguardo do mercado à divulgação mensal dos dados da base de TV por assinatura tem trazido volatilidade às suas ações, diz a Ativa, que não espera ver evolução no nível de adições líquidas de TV na passagem entre março e abril. Contudo, a corretora mantém-se esperançosa em relação ao potencial de crescimento de assinantes em 2010.
Brookfield
A empresa continua sendo, na visão da Ativa, um bom veículo de exposição ao setor imobiliário, principalmente por conta de sua alta participação no segmento de média renda. Contudo, com a entrada da PDG no portfólio, os analistas optaram por diminuir a fatia das ações da incorporadora em sua lista de recomendações.
WEG
A Ativa optou por reduzir em 1,2 p.p. a participação das ações da WEG em sua carteira, um função da boa performance verificada recentemente."A expansão do consumo (...), bem como a necessidade de investimentos em infraestrutura nos próximos anos, deverão levar a uma necessidade da retomada dos investimentos em aumento de capacidade instalada por parte das indústrias, proporcionando uma recuperação das vendas da companhia no ano", completa a corretora.
AmBev
Acreditando que a Copa do Mundo deste ano impulsione o consumo de cerveja no País, a corretora também aposta no caráter defensivo da empresa, esperando que ela sofra menos com uma uma possível desaceleração do consumo no segundo trimestre do ano, por conta da tendência de novas altas na taxa de juros.
Tractebel
"Consideramos o investimento em Tractebel o melhor veículo para aproveitar o cenário positivo de aumento de consumo de energia, inflação em alta e baixa volatilidade de fluxo de caixa", salientam os analistas, justificando sua recomendação de compra aos ativos TBLE3.
PDG
Única novidade no portfólio, a Ativa acredita que a conclusão do "deal" que incorporará a totalidade das ações da Agre por meio de troca de ativos deverá ocorrer em breve. "Com a unificação das duas companhias, a operação assume um novo porte, entrando em patamares comparáveis aos da Cyrela, até então líder absoluta em termos de lançamentos", diz a corretora.