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O Pão de Açúcar deverá registrar um lucro líquido consolidado, que inclui os resultados do Ponto Frio, de R$ 136,6 milhões nos três primeiros meses de 2010, segundo a média projetada por sete casas consultadas pela Agência Estado: Ativa, Barclays, Bradesco, Credit Suisse, Fator, Goldman Sachs e Raymond James. Confirmada a projeção, o lucro da varejista apresentará uma elevação de 43,9% sobre igual período de 2009, que exclui o Ponto Frio. O Pão de Açúcar divulga balanço hoje após o fechamento do mercado.
De acordo com a média dos analistas, a geração de caixa medida pelo Ebitda deverá atingir no primeiro trimestre deste ano R$ 408,01 milhões, o que representa uma alta de 30,6% em comparação ao mesmo período de 2009. Segundo dados preliminares já divulgados ao mercado, a receita líquida da companhia no primeiro trimestre, incluindo Ponto Frio, atingiu R$ 6,973 bilhões, o que representou uma alta de 50,2% sobre igual intervalo de 2009. Sem o Ponto Frio, a receita líquida teria avançado 23,2%.
Em relatório a clientes, assinado por Renato Prado e Ronaldo Kasinsky, a Fator Corretora ressalta que os resultados preliminares de vendas do primeiro trimestre demonstraram uma "forte capacidade de crescimento de receita". O documento destaca a contribuição das operações do Ponto Frio no desempenho das vendas de não alimentos. A Fator estima, porém, uma retração da margem Ebitda - de 6,7% para 6,3% entre os primeiros trimestres de 2009 e 2010 - em razão da maior contribuição da bandeira Assai e Ponto Frio nos resultados consolidados.
A companhia já informou que as vendas brutas no conceito mesmas lojas, que excluem as operações do Ponto Frio, avançaram 15% no primeiro trimestre sobre igual período do ano passado. Em termos reais, deflacionadas pelo IPCA, as vendas reais aumentaram 9,6%. Segundo o Pão de Açúcar, cerca de 1,8 ponto porcentual deste crescimento foi influenciado pelo efeito sazonal da Páscoa - que este ano aconteceu na primeira semana de abril, enquanto que há um ano caiu na segunda semana de abril - gerando uma antecipação de compras no período final de março.
Ainda no conceito mesmas lojas, os produtos alimentícios apresentaram crescimento em vendas brutas de 13,5% no período, com destaque para as categorias de bebidas e produtos de mercearia. Já as vendas de não alimentos subiram 19,5%, com ênfase para as categorias de bazar, drogarias e eletroeletrônicos, que registraram crescimentos superiores à média dos não alimentícios.
Fonte: Broadcast
