Por: Equipe InfoMoney
13/04/10 - 16h10
InfoMoney
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SÃO PAULO - O Grupo Pão de Açúcar (PCAR5) rouba o destaque do noticiário corporativo no pregão desta terça-feira (13). Contudo, toda essa atenção nem de longe tem a ver com o crescimento visto em suas vendas trimestrais, mas sim aos problemas envolvendo sua fusão com a Casas Bahia, já que os boatos levantados na véspera foram confirmados pela empresa nesta sessão.
Em resposta ao anúncio, o mercado tem demonstrado forte apreensão. É o caso da Ativa Corretora, que, apesar do viés positivo dado às vendas da empresa no primeiro quarto do ano, optou por rebaixar a recomendação aos papéis PCAR5, indo de compra para neutra, por conta do cenário de incerteza que foi criado. Além disso, a corretora também anunciou que retirou esses ativos de sua carteira recomendada de abril.
"Uma possível alteração do acordo a favor da família Klein ou o cancelamento da operação seriam negativos para Pão de Açúcar. Em face da incerteza, estamos adotando como cenário base a não efetivação do acordo de associação com a Casas Bahia", explica a analista da Ativa, Juliana Campos.
Juliana também ressalta que, caso a negociação entre as empresas não tenha um final feliz, o preço-alvo esperado em dezembro de 2010 das ações do Pão de Açúcar reduziria de R$ 83,45 para R$ 69,19. A analista da Ativa deixa claro que todas essas modificações terão efeito até que novas informações sejam divulgadas.
O impasse
Na última segunda-feira, o portal de notícias da Revista Exame apurou que as duas gigantes do setor varejista estavam renegociando algumas partes do contrato de associação firmado em dezembro. A iniciativa dessa revisão foi da família Klein (Casas Bahia), cujo objetivo seria tornar um contrato excessivamente favorável ao Pão de Açúcar em um acordo mais equilibrado. O artigo da Exame informava ainda que, caso isso não ocorresse, o entrave poderia ser resolvido no tribunal.
Após os rumores levantados na véspera, o Pão de Açúcar enviou um comunicado nesta manhã confirmando que tem encontrado dificuldades em consolidar a fusão com a Casas Bahia.
Reação das ações
Nesta tarde, os papéis PCAR5 registram queda próxima de 3,7%, sendo o principal destaque de queda do Ibovespa.
Antes do comunicado enviado ao mercado, analistas de Bradesco Corretora e Deutsche Bank informaram que uma confirmação dos boatos por parte do Grupo Pão de Açúcar poderia impactar negativamente suas premissas. "Se essa história atual de renegociação for confirmada e, dependendo se e como os termos do acordo mudarão, ou se a família Klein for para o tribunal, isso poderá ser negativo para o valuation do CBD", diz a dupla de análise do Deutsche, Renata Coutinho e Reinaldo Santana.
Já a equipe de analistas do Bradesco, formada por Ricardo Boiati, Vitor Pini e Rodrigo Geraldes, informa que a fusão com a Casas Bahia resultou numa elevação de R$ 10,30 no preço-alvo das ações, de acordo com os cálculos realizados na época em que o contrato foi firmado. Com isso, os analistas alegam que qualquer mudança no acordo que pudesse ser menos favorável ao Pão de Açúcar poderia afetar sua avaliação.
Em resposta ao anúncio, o mercado tem demonstrado forte apreensão. É o caso da Ativa Corretora, que, apesar do viés positivo dado às vendas da empresa no primeiro quarto do ano, optou por rebaixar a recomendação aos papéis PCAR5, indo de compra para neutra, por conta do cenário de incerteza que foi criado. Além disso, a corretora também anunciou que retirou esses ativos de sua carteira recomendada de abril.
"Uma possível alteração do acordo a favor da família Klein ou o cancelamento da operação seriam negativos para Pão de Açúcar. Em face da incerteza, estamos adotando como cenário base a não efetivação do acordo de associação com a Casas Bahia", explica a analista da Ativa, Juliana Campos.
Juliana também ressalta que, caso a negociação entre as empresas não tenha um final feliz, o preço-alvo esperado em dezembro de 2010 das ações do Pão de Açúcar reduziria de R$ 83,45 para R$ 69,19. A analista da Ativa deixa claro que todas essas modificações terão efeito até que novas informações sejam divulgadas.
O impasse
Na última segunda-feira, o portal de notícias da Revista Exame apurou que as duas gigantes do setor varejista estavam renegociando algumas partes do contrato de associação firmado em dezembro. A iniciativa dessa revisão foi da família Klein (Casas Bahia), cujo objetivo seria tornar um contrato excessivamente favorável ao Pão de Açúcar em um acordo mais equilibrado. O artigo da Exame informava ainda que, caso isso não ocorresse, o entrave poderia ser resolvido no tribunal.
Após os rumores levantados na véspera, o Pão de Açúcar enviou um comunicado nesta manhã confirmando que tem encontrado dificuldades em consolidar a fusão com a Casas Bahia.
Reação das ações
Nesta tarde, os papéis PCAR5 registram queda próxima de 3,7%, sendo o principal destaque de queda do Ibovespa.
Antes do comunicado enviado ao mercado, analistas de Bradesco Corretora e Deutsche Bank informaram que uma confirmação dos boatos por parte do Grupo Pão de Açúcar poderia impactar negativamente suas premissas. "Se essa história atual de renegociação for confirmada e, dependendo se e como os termos do acordo mudarão, ou se a família Klein for para o tribunal, isso poderá ser negativo para o valuation do CBD", diz a dupla de análise do Deutsche, Renata Coutinho e Reinaldo Santana.
Já a equipe de analistas do Bradesco, formada por Ricardo Boiati, Vitor Pini e Rodrigo Geraldes, informa que a fusão com a Casas Bahia resultou numa elevação de R$ 10,30 no preço-alvo das ações, de acordo com os cálculos realizados na época em que o contrato foi firmado. Com isso, os analistas alegam que qualquer mudança no acordo que pudesse ser menos favorável ao Pão de Açúcar poderia afetar sua avaliação.