Por: Nathália A. Terra Pereira
13/04/10 - 16h00
InfoMoney
13/04/10 - 16h00
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SÃO PAULO – Nos últimos dias, muito se discutiu acerca do novo sistema de reajustes do preço do minério de ferro: seu caráter marcante do ponto de vista histórico, o conseqüente encarecimento do aço, a resistência entre as siderúrgicas. No entanto, para o Deutsche Bank, o ponto mais importante à Vale (VALE5, VALE3) vem sendo esquecido pelo mercado.
Em relatório enviado nesta terça-feira (13), a equipe de analistas do banco alemão destaca o que, na sua visão, é o aspecto mais relevante à mineradora brasileira dentre todos esses levantados e tantos outros: a melhor qualidade de seu minério de ferro quando comparado ao de suas concorrentes.
Expansão de Carajás
Um dos pontos levantados pelo Deutsche Bank são os planos de expansão das explorações em Carajás. A mina hoje mostra uma capacidade de 100 toneladas métricas por ano, cerca de 32% da capacidade total da Vale, que gira em torno de 310 toneladas métricas por ano.
Projetos de expansão, no entanto, devem elevar a capacidade de Carajás para 230 toneladas métricas por ano em 2014, mais que a metade das 450 toneladas métricas por ano da capacidade total da Vale estimada para tal período.
“Tendo em vista que o minério de Carajás possui uma porcentagem de 67% de ferro, ao passo que a média do minério restante explorado pela Vale é de 65%, isto trará custos operacionais menores à companhia em seus próximos resultados anuais”, afirma o Deutsche Bank.
"Value-in-use"
Muito do que se discutiu nas últimas semanas gira em torno de uma maior volatilidade nas cotações do minério de ferro, tendo em vista os reajustes que passam a ser trimestrais. No entanto, tal visão, ainda que certa, é de certa forma um pouco menos válida à Vale.
Os analistas Rodrigo Barros e Jorge Beristain, que assinam o relatório, explicam: “o value-in-use superior é associado a ganhos de produtividade entre as siderúrgicas, como menor consumo de coque. Assim, os preços do minério de ferro da Vale devem mostrar-se menos voláteis do que o observado no segmento spot”. “Value-in-use” é uma expressão usada no mercado para denominar o maior preço pago por produtos de melhor qualidade.
Indo além em suas observações, a equipe cogita até mesmo uma trajetória constante de aumento do “value-in-use” da Vale nos próximos anos. Já no que concerne às suas projeções para o preço do minério de ferro no curto prazo, os analistas estimam outra alta de até 30% na cotação da commodity no terceiro trimestre deste ano.
Compra aos ADRs
Tanto otimismo estende-se também à recomendação às ações da Vale. Ao final de seu relatório, a equipe do Deutsche Bank aproveitou para reiterar o call de compra aos ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora.
Em relatório enviado nesta terça-feira (13), a equipe de analistas do banco alemão destaca o que, na sua visão, é o aspecto mais relevante à mineradora brasileira dentre todos esses levantados e tantos outros: a melhor qualidade de seu minério de ferro quando comparado ao de suas concorrentes.
Expansão de Carajás
Um dos pontos levantados pelo Deutsche Bank são os planos de expansão das explorações em Carajás. A mina hoje mostra uma capacidade de 100 toneladas métricas por ano, cerca de 32% da capacidade total da Vale, que gira em torno de 310 toneladas métricas por ano.
Projetos de expansão, no entanto, devem elevar a capacidade de Carajás para 230 toneladas métricas por ano em 2014, mais que a metade das 450 toneladas métricas por ano da capacidade total da Vale estimada para tal período.
“Tendo em vista que o minério de Carajás possui uma porcentagem de 67% de ferro, ao passo que a média do minério restante explorado pela Vale é de 65%, isto trará custos operacionais menores à companhia em seus próximos resultados anuais”, afirma o Deutsche Bank.
"Value-in-use"
Muito do que se discutiu nas últimas semanas gira em torno de uma maior volatilidade nas cotações do minério de ferro, tendo em vista os reajustes que passam a ser trimestrais. No entanto, tal visão, ainda que certa, é de certa forma um pouco menos válida à Vale.
Os analistas Rodrigo Barros e Jorge Beristain, que assinam o relatório, explicam: “o value-in-use superior é associado a ganhos de produtividade entre as siderúrgicas, como menor consumo de coque. Assim, os preços do minério de ferro da Vale devem mostrar-se menos voláteis do que o observado no segmento spot”. “Value-in-use” é uma expressão usada no mercado para denominar o maior preço pago por produtos de melhor qualidade.
Indo além em suas observações, a equipe cogita até mesmo uma trajetória constante de aumento do “value-in-use” da Vale nos próximos anos. Já no que concerne às suas projeções para o preço do minério de ferro no curto prazo, os analistas estimam outra alta de até 30% na cotação da commodity no terceiro trimestre deste ano.
Compra aos ADRs
Tanto otimismo estende-se também à recomendação às ações da Vale. Ao final de seu relatório, a equipe do Deutsche Bank aproveitou para reiterar o call de compra aos ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora.