terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pão de Açúcar, Itaú, Petro, PDG e Tractebel são as mais sugeridas em seus setores

Por: Thiago C. S. Salomão
16/11/10 - 16h06
InfoMoney


SÃO PAULO - O setor de consumo e varejo foi votado como o favorito pelos analistas em suas carteiras relativas a novembro pelo 12º mês consecutivo, tendo recebido 46 recomendações, uma a mais do que no mês passado. Destaque para os papéis preferenciais classe A do Pão de Açúcar (PCAR5), que apareceram em 10 portfólios diferentes, sendo a varejista mais lembrada pelosanalistas.


Assim como no mês anterior, o setor financeiro aparece na segunda posição, com 32 recomendações - 12 a menos do que no mês passado -, com os ativos preferenciais do Itaú Unibanco (ITUB4) respondendo por 12 dessas indicações. O terceiro lugar, por sua vez, foi ocupado por três setores, cada um com 28 recomendações: petróleo e gás, energia e saneamento e imobiliário. Lideraram as recomendações desses setores as ações PN da Petrobras (PETR4) e os papéis ON de Tractebel (TBLE3) e PDG Realty (PDGR3), com 14, 8 e 7 indicações, respectivamente.


Ao todo, 29 carteiras de bancos e corretoras foram utilizadas para este levantamento. Os portfólios selecionados foram: Ágora (3 carteiras), Ativa, Banif, BB Investimentos, Brascan, BTG Pactual, Citi Corretora, Coin, Fator (2 carteiras), Geração Futuro, HSBC, Itaú, Link Investimentos, Omar Camargo (2 carteiras), PAX Corretora, Planner, Safra, SLW (3 carteiras), Socopa, Souza Barros, Spinelli, TOV e Win. 


Entre todas as carteiras publicadas pela InfoMoney em novembro, nesta compilação apenas não foram considerados os portfólios com sugestões de ações que tenham perspectiva de pagamento de proventos.


Consumo em alta & PCAR5 em destaque
O setor de consumo completou em novembro 12 meses na liderança das carteiras recomendadas, impulsionado pelas perspectivas otimistas para a economia brasileira, que também alimentam as análises favoráveis às companhias do setor financeiro, por conta da expectativa de continuidade na expansão do crédito.



Na última versão do Relatório Focus, do Banco Central, o mercado manteve suas projeções de forte crescimento da economia brasileira neste ano, indicando em sua última publicação que o PIB (Produto Interno Bruto) nacional deve crescer 7,60% em 2010. Aliado a isso, a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta sexta-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrou que as vendas cresceram 0,4% na passagem de agosto para setembro e 11,8% em relação ao nono mês de 2009.


Diante desse cenário, a preferida dos analistas nesse setor é o Pão de Açúcar (PCAR5). Segundo a Brascan Corretora, a companhia tem grande capacidade de tirar proveito da situação confortável do Brasil. Considerando as projeções de que a empresa capture a ampliação do poder de compra das classes C, D e E, e também a associação da Globex (GLOB3) com a Casas Bahia, a rede de supermercados "deverá gerar sinergias positivas e elevar o portfólio de produtos da companhia, já no quarto trimestre”.


Setores  Recomendações  
Consumo e Varejo46
Financeiro32
Imobiliário e Construção28
Energia e Saneamento28
Petróleo e Gás28
Industrial22
Mineração22
Siderúrgico17
Siderúrgico15
Telecomunicações16
Transporte11
Papel e Celulose8
Petroquímico3
Tecnologia e Internet2
O time da Itaú Corretora destaca ainda as cotações atuais dos ativos PCAR5. Segundo relatório assinado pela analista Cida Souza, o preço da ação da empresa apresenta desconto em relação ao setor. "Em nossa visão, [o desconto] vai se estreitar à medida que a divisão Casas Bahia aumentar sua visibilidade", diz a analista, que projeta um preço-alvo de R$ 83,50 para o final de 2011, indicando um upside em torno de 25%, "um dos maiores potenciais do setor".


A equipe de análise do BTG Pactual demonstra o mesmo ponto de vista. Para ela, o Pão de Açúcar apresenta a melhor relação risco/retorno das empresas do setor presente no universo de cobertura do banco. No segmento alimentício, eles destacam que a empresa segue ganhando participação de mercado, além de também avaliarem os impactos das concorrentes Carrefour e Wal-Mart como limitados.


"Nossa visão de longo prazo para o Grupo Pão de Açúcar permanece justificadamente positiva, e nós enxergamos o momento atual como um ótimo ponto de entrada para investidores atentos ao potencial de ganhos de sinergias e ao momentum favorável para o segmento de varejo alimentício", concluem os especialistas do BTG.


Setor financeiro é o segundo mais lembradoMantendo a mesma posição do mês passado, o setor financeiro apareceu como o segundo mais recomendado pelos analistas nas carteiras mensais divulgadas por bancos e corretoras. A quantidade de indicações, no entanto, mostra uma grande diferença. Nesse mês de novembro, as empresas desse setor foram lembradas por 32 vezes, 12 a menos do que o total visto em outubro.


Dessas 32 indicações, o destaque ficou com as ações preferenciais do Itaú Unibanco (ITUB4), que responderam por 12 dessas sugestões. Boa parte dessas sugestões estavam relacionadas ao resultado trimestral do banco, que foi divulgado no dia 3 de novembro. O balanço mostrou que o lucro líquido da instituição somou R$ 3,03 bilhões entre julho e setembro, cifra que, embora tenha sido 33,8% maior do que o número reportado no mesmo período de 2009, ficou abaixo do que esperavam os analistas.


Apesar de não ter empolgado grande parte dos analistas, os números foram considerados sólidos por boa parte dos avaliadores. OUBS, por exemplo, elevou o preço-alvo esperado para as ações ao final de 12 meses, indo de R$ 44,10 para R$ 55, revisando também a recomendação do ativo, que passou de neutra para compra, segundo relatório assinado por Alcir Freitas.


Já o Bank of America Merrill Lynch tem a ação como uma de suas top picks do setor financeiro da América Latina. Vale ressaltar que ambas as instituições não participaram da compilação feita pelo Portal InfoMoney.


Construção, energia e petróleo e gás dividem a terceira posição
Fechando o pódio, aparecem empatados os setores de construção civil, energia e saneamento e petróleo e gás, ambos com 28 recomendações. Lideraram as recomendações nesses respectivos setores as ações de PDG Realty (PDGR3), Tractebel (TBLE3) e Petrobras (PETR4), presentes em 7, 8 e 14 das carteiras recomendadas compiladas pela InfoMoney.



Para a PDG, a expectativa gira em torno da divulgação do resultado do terceiro trimestre da empresa, previsto para esta terça-feira (16) após o fechamento do pregão. É o que explica a equipe do HSBC, que espera ver um desempenho favorável em relação ao número de vendas e de lançamentos da empresa durante o período, assim como também ganhos adicionais de escala. No mesmo sentido, o time de analistas do Banif ressalta também os fortes resultados preliminares reportados pela construtora.


Para a Tractebel, os analistas do Banif usam a mesma justificativa para explicar a recomendação aos ativos da empresa. Segundo a análise do banco, a maior quantidade de eletricidade alocada nesses três meses e a possibilidade de lucros adicionais no mercado spot (à vista) justificam o otimismo. Já a Planner Corretora destaca que a companhia observa um baixo risco regulatório, sendo assim uma boa alternativa de posicionamento no setor elétrico.


Por fim, a volta da aparição dos papéis PN da Petrobras nas carteiras recomendadas deve-se sobretudo à conclusão de seu processo de capitalização, que chegou ao final em outubro. Vale mencionar que, após o término de sua oferta de ações, os ativos da estatal sofreram cortes de recomendação por diversos analistas. Os principais motivos giravam em torno da diluição provocada pela grande quantidade de ativos ofertados ao mercado e do alto prêmio com que estes papéis estavam sendo negociados, além de também o risco político envolvendo as eleições presidenciais.

Itaú e Barclays mantêm recomendações divergentes para Eletrobras após balanço

Por: Equipe InfoMoney
16/11/10 - 15h14
InfoMoney


SÃO PAULO – Analistas da Itaú Corretora e do Barclays receberam de forma positiva os resultados divulgados pela Eletrobras (ELET3ELET6) na última sexta-feira (12). O otimismo com a empresa é mais claro no relatório da Itaú, que mantém a empresa como top pick do setor, enquanto o banco britânico coloca o balanço como neutro, não vendo os números como catalisadores dos papéis.


Com um lucro líquido de R$ 799,8 milhões e um Ebitda (geração operacional de caixa) de R$ 2,08 bilhões, os números foram considerados como “fortes” pelos analistas do Itaú, que destacaram as despesas sob controle e o crescimento das receitas. O Ebitda veio abaixo das projeções tanto da Itaú quanto do Barclays, que ainda classificou as receitas como "em linha com o esperado".


Para o Barclays, desempenho abaixo do mercadoPara Felipe Mattar, Sergio Conti e Bruno Pascon, do Barclays, os ganhos em linha, apesar do Ebitda abaixo do esperado são justificados pelos resultados melhores que o esperado quanto aos “outros ganhos financeiros” e nos ativos de Itaipu. Os analistas apontam que a empresa não explicou ou deu detalhes adicionais sobre o indicador. "Vamos checar essa conta com a administração da companhia para avaliar se esses ganhos devem ocorrer no futuro", explicaram. 


“Como os números vieram apenas levemente acima do consenso, esperamos uma reação neutra das ações para os resultados da companhia”, destacam os analistas em relatório. O trio também lembra que a falta de visibilidade quanto a ganhos futuros também deve limitar a movimentação da ação. A recomendação do banco britânico para os ativos é underweight - desempenho abaixo da média do mercado. 


Além do mais, o relatório aponta que a empresa deverá continuar a registrar desempenho abaixo do mercado no curto para o médio prazo, com expectativas de revisão para baixo do preço-alvo dos papéis, devido à esperada diluição causada pela capitalização da empresa, prevista para o final deste ano ou o começo do próximo e de notícias negativas sobre uma potencial aquisição de uma companhia de distribuição de energia do Amapá.


Top pick do ItaúJá os analistas Marcos Severine, Mariana Coelho e Marcel Shiomi, do Itaú, destacaram o desempenho das subsidiárias Chesf, Eletronorte e CGTEE, que tiveram forte crescimento de geração operacional de caixa e lucro na comparação com o mesmo período de 2009. 


Quanto ao resultado financeiro negativo, os analistas justificam o fato pela apreciação do real frente ao dólar, pressionando os ativos atrelados à moeda norte-americana.


Os analistas permanecem otimistas quanto ao cenário futuro, mantendo a empresa como top pick no setor, com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado). “Apesar das incertezas sobre quem estará no comando das mudanças da Eletrobras, nós nos mantemos positivos”, afirmam os analistas em relatório. “A necessidade por investimento em infraestrutura para geração e transmissão não pode ser adiada, e nós acreditamos que a Eletrobras terá um papel central no novo Governo”, continuam.

Concórdia revela três opções de carteiras para semana de 16 de novembro

Por: Equipe InfoMoney
16/11/10 - 15h23
InfoMoney


SÃO PAULO - A Concórdia Corretora divulgou sua carteira recomendada para a semana de 16 a 19 de novembro. A equipe apresentou três opções de carteiras recomendadas, cada uma com estratégias distintas e compostas por cinco papéis.


Enquanto a carteira "Dividendos" lista ativos de companhias com boas perspectivas de distribuição de proventos, o portfólio "Valor" traz sugestões de papéis de baixo risco e bons fundamentos de longo prazo. Já a terceira carteira, denominada "Ibovespa", é composta por cinco sugestões focadas nos ativos que compõem o índice Ibovespa, escolhidos pela liquidez e timing.


Desempenho
Não houve alterações nas carteiras com relação à semana anterior. Apesar de na última semana todos os portfólios apresentarem desempenho negativo, a rentabilidade das carteiras sugeridas ficou acima do índice Ibovespa.  "Dividendos", "Valor" e  "Ibovespa" registraram desvalorização de 0,38%, 1,87% e 2,85%, respectivamente. O benchmark marcou perdas de 3,08%.



Carteira Dividendos:
Empresa  Código    Preço-alvo   Upside**    Dividend Yield ***  
CPFLCPFE3R$ 47,5618,4%8,5%
Trans. PaulistaTRPL4R$ 65,2225,1%11%
CopasaCSMG3R$ 41,0447,6%5,2%
Tele Norte LesteTNLP3R$ 55,4264%9,5%
CemigCMIG4R$ 39,5937,2%6%


Carteira Valor:
Empresa  Código     Preço-alvo*     Upside**  
CieloCIEL3R$ 21,8548,2%
Suzano PapelSUZB5R$ 24,0654,2%
ALLALLL3R$ 20,0626,2%
CSNCSNA3R$ 38,3032,3%
Lojas AmericanasLAME4R$ 20,1113,9%


Carteira Ibovespa:
Empresa  Código    Preço-alvo   Upside**  
PetrobrasPETR4em revisão----
BradescoBBDC4R$ 43,6423,1%
UsiminasUSIM5R$ 31,0540,1%
Itaú UnibancoITUB4R$ 50,4820,2%
ValeVALE3R$ 72,0731%

Santander recomenda compra de JBS e introduz preço-alvo para 2011 em R$ 9,60

Por: Equipe InfoMoney
16/11/10 - 13h44
InfoMoney


SÃO PAULO - O Santander reiterou a recomendação de comprapara os papéis da JBS (JBSS3), estabelecendo preço-alvo de R$ 9,60 para o final de 2011, o que representa potencial teórico devalorização de 50,47%. O novo target substitui o anterior, de R$ 13,50 para o final deste ano.


Segundo o relatório assinado pelos analistas Luis Miranda e Gabriel Vaz de Lima, as ações do frigorífico acumulam 31% de queda em 2010 após um ano conturbado para a companhia, que teve de enfrentar problemas como a depreciação do dólar, elevação dos custos da ração e margens negativas na Argentina.


No entanto, os analistas enfatizam que os gastos foram pontuais e que não devem se repetir no próximo ano, viabilizando assim uma geração de caixa mais favorável. "Nós achamos que o mercado exagerou na reação a estas preocupações acima mencionadas, e nós vemos isto como uma oportunidade de 'compra na fraqueza'".


IPO nos EUA pode reduzir preço-alvoAdemais, foi analisado também um cenário envolvendo despesas consideráveis com o projeto de abertura de capital da JBS USA, o que reduziria o preço-alvo das ações para R$ 8,70, porém mantendo um potencial teórico de valorização em patamar atrativo, 36,36%.


Por fim, o relatório ainda aponta que os preços com rações devem continuar subindo no próximo ano e também deve haver elevação na cotação do boi gordo, porém em níveis não-preocupantes.

Abertura de Mercado

Por: Equipe InfoMoney
16/11/10 - 06h25
InfoMoney


SÃO PAULO - A expectativa para a volta do feriado no Ibovespa não é de um dia tranquilo. Além da repercussão do comportamento dos mercados, que tiveram uma sessão sem tendência na segunda-feira (15) enquanto a bolsa paulista permaneceu fechada, a expectativa é que o vencimento de opções traga um pregão volátil ao benchmark.


Apesar de ver espaço para uma recuperação dos mercados após as quedas da última semana, João Pedro Malaquias, operador da Corval, aponta um mercado "parado" até o vencimento de opções. Da mesma forma, a equipe da Ágora também vê o Ibovespa enfrentando uma maior volatilidade devido ao vencimento - entretanto, a expectativa da corretora é de uma semana tensa, na esteira de uma agenda econômica carregada. 


Assim, além do vencimento de opções, a agenda do dia também pode adicionar tensão aos índices. Nos EUA, serão divulgados números relativos à produção industrial, como Industrial Production e Capacity Utilization, além de dados de inflação. Por aqui, os semanais Relatório Focus e Balança Comercial dividem espaço com IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal). 


A temporada de resultados local também deve servir de referência para o Ibovespa: dois dos resultados considerados mais importantes por Malaquias para a semana, Banco do Brasil (BBAS3) e Gafisa (GFSA3), sairão nesta sessão.


Segunda-feira
Vale lembrar ainda que, na véspera, o Retail Sales, que mede o volume das vendas ao mercado varejista dos EUA, registrou alta de 1,2% durante o mês de outubro, enquanto os analistas de mercado projetavam uma alta de 0,7% no período. Já o indicador da atividade industrial na região de Nova York ficou muito abaixo do projetado pelo mercado. O NY Empire State Índex apontou queda de 11,14 pontos, enquanto os analistas aguardavam alta de 11,7 pontos.



Ainda no front internacional, o déficit orçamentário da Grécia foi revisado para 15,4% do PIB (Produto Interno Bruto) do país, sendo que antes da revisão o percentual era de 13,6%.
Já na Irlanda, a relação entre o déficit fiscal e o PIB ficou em 14,4% de acordo com os dados da Eurostat. No último domingo, o ministro de comércio irlandês, Batt O'Keeffe, negou que a nação precise de auxílio do EFSF (Fundo para estabilidade financeira da Europa), muito menos do FMI (Fundo Monetário Internacional). Entretanto, o Departamento de Finanças irlandês afirmou em comunicado oficial que está estabelecendo "contatos em âmbito oficial" com autoridades da União Europeia, mas negou novamente que esteja necessitando de ajuda emergencial.