quinta-feira, 7 de julho de 2011

Com valuation atrativo, Santander reitera call de compra para Itaú Unibanco

07 de julho de 2011 • 16h43Por: Anderson Figo
SÃO PAULO - Afirmando que a companhia segue com um valuation atrativo, o Santander reiterou sua recomendação de compra para as ações do Itaú Unibanco (ITUB4), estabelecendo um preço-alvo de R$ 44 para o final de 2012, o que configura um potencial de valorização de 21,51% em relação ao último fechamento. O novo target do banco para a companhia substitui aquele de R$ 50 previsto para o final deste ano.
Os analistas Boris Molina, Luis Guzmán e Henrique Navarro destacaram, em relatório, que o banco deverá apresentar em 2011 os resultados dos cortes de custos acumulados em três anos após a fusão entre Itaú e Unibanco. Segundo eles, após a transação, o novo banco se focou em conquistar uma integração operacional rápida e precisa com a intenção de conter as perdas de market share e colocar a nova marca em um sólido ritmo comercial.
"Nós acreditamos que estes objetivos foram alcançados, com o banco tendo demonstrado uma recuperação do market share ao longo da segunda metade de 2010", disseram os analistas. "Devido ao corte de custos, nós esperamos que o banco obtenha melhora de eficiência de aproximadamente 100 pontos-base por ano ao longo dos próximos três a quatro anos, com o impacto inicial destas medidas previsto para a segunda metade deste ano", completaram.
Retomada das taxasNa análise de Molina, Guzmán e Navarro, as taxas de capital do banco devem apresentar melhora gradual. Segundo eles, após a compra do Unibanco pelo Itaú, a CT1 (Core Tier 1 - taxa utilizada para avaliar a adequação de capital dos bancos) da nova instituição financeira tem sido gradualmente recuperada, visto que a fusão a puxou para 6%.
"Nós esperamos que o banco encerre 2012 com uma CT1 em 10,1%, acima da nossa estimativa anterior de 8,7% estipulada no início deste ano", concluiram os analistas do Santander. Além da retomada da CT1, a equipe de análise prevê ainda uma recuperação das cotações das ações do banco, as quais têm sido penalizadas pelas pressões de custos, as quais deverão ser amenizadas ao longo do segundo semestre de 2011, de acordo com o banco espanhol.