domingo, 26 de junho de 2011

Cenário Econômico Semanal - 20 a 24/Junho/2011

Agência Enfoque










Cenário Econômico Semanal - 20 a 24/Junho/2011
Bolsas fecham praticamente estáveis em semana de cautela; Dow é exceção e acumula -0,60%




Os principais índices da economia do Brasil e dos EUA fecharam a semana com variação praticamente nula, apesar da queda do pregão desta sexta-feira, em semana bastante tranqüila para o mercado acionário global, que caminhou de lado em função principalmente da escassa quantidade de indicadores financeiros.

Nesta jornada, investidores ainda operam cautelosos, à espera de novidades da Europa. A expectativa de aprovação pelo Parlamento grego de novas medidas de austeridade fiscal cresceu, à medida que o governo do país e seus credores se reuniram e definiram os detalhes do plano.





Cenário Externo


Dentre os destaques do período, vale ressaltar dados do setor imobiliário norte-americano. Entre eles, as vendas de casas existentes no país recuaram em maio, para total de 4,81 milhões. O resultado veio acima do esperado, de 4,75 milhões.

Já o índice de preços de imóveis avançou 0,8%, pela primeira vez desde maio de 2010, segundo informações da Agência Federal de Financiamento de Imóveis.

Além disso, as vendas de casas novas caíram 2,1% em maio, para 319 mil, de acordo com o Departamento de Comércio. Apesar disso, o resultado veio acima dos 305 mil esperados pelo mercado, e 13,5% acima do resultado de maio de 2010.

Outro importante destaque, o Federal Reserve decidiu manter estável a taxa de juros dos EUA, atualmente entre 0% e 0,25%. A informação foi do Comitê de Política Monetária da Instituição (FOMC). O resultado já era aguardado pelo mercado.

No mesmo dia do anúncio, o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, em uma entrevista coletiva, destacou a desaceleração da economia, o déficit público e a situação da Grécia, que se encontra fragilizada e tem atraído os olhares do mundo todo. Para ele, o eventual fracasso na ajuda ao país, pode gerar um novo colapso no sistema financeiro internacional.

Atenção ainda para os indicadores anunciados na sessão de sexta-feira. Entre eles, o PIB do país cresceu 1,9% no 1° trimestre do ano, em linha com o esperado. De acordo com o Departamento de Comércio do país, o resultado veio acima da projeção anterior, de alta de 1,8%.

Ainda segundo o Departamento de comércio, os pedidos de bens duráveis avançaram 1,9% em maio, acima da expectativa, de alta de 1%.

Por último, os novos pedidos de auxílio-desemprego avançaram em 9 mil na semana passada, e atingiram total de 429 mil solicitações, de acordo com o Departamento de Trabalho do país. No período anterior, o resultado foi revisado, para 420 mil, contra estimativa preliminar de 414 mil.

Assim, o Dow Jones acumulou -0,60%, e terminou aos 11935 pontos, ao passo que o S&P teve perdas de 0,30%, aos 1268 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:










Cenário Interno


A semana foi curta, em função do feriado de quinta-feira, mas já começou agitada para o mercado brasileiro. Na segunda-feira, a Agência de Classificação de Riscos Moody's elevou o rating do Brasil, de Baa3 para Baa2, com perspectiva positiva.

Além disso, o superávit da balança comercial da terceira semana de junho, com cinco dias úteis (13 a 19), foi de US$ 656 milhões, com média diária de US$ 131,2 milhões. A corrente de comércio foi de US$ 10,412 bilhões (média diária de US$ 2,082 bilhões). As exportações totalizaram US$ 5,534 bilhões (média diária de US$ 1,106 bilhão) e as importações foram de US$ 4,878 bilhões (média diária de US$ 975,6 milhões).

A semana trouxe ainda a divulgação de dados da inflação no país. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou -0,21%, no segundo decêndio do mês de junho. No mês anterior, para o mesmo período de coleta, a variação foi de 0,66%. O segundo decêndio do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,23% em junho, bem abaixo da de maio (0,70%). Com esse resultado, o IPCA-E (acumulado do IPCA-15) ficou em 1,71% no segundo trimestre deste ano, acima do segundo trimestre de 2010 (1,30%), e fechou o primeiro semestre de 2011 com 4,10%, resultado superior ao de igual período do ano anterior (3,35%). Considerando os últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 6,55%, pouco acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,51%). Em junho de 2010, a taxa havia sido de 0,19%.

Destaque ainda para a pesquisa mensal de emprego do IBGE, que apontou que a taxa de desocupação em maio foi de 6,4%, considerada a menor para o mês desde o início da série. Em relação ao mesmo período do ano passado, apresentou queda de 1,1%. Já o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado não apresentou variação negativa frente a abril. Na comparação anual houve uma elevação de 6,7%.

Desta forma, a Bovespa terminou a semana com -0,10%, aos 61017 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
ULTRAPAR
UGPA4
27,53
6,50%
REDECARD
RDCD3
23,50
5,09%
TIM PART S/A
TCSL3
8,95
4,68%
CEMIG
CMIG4
31,35
4,50%
BRF FOODS
BRFS3
25,90
4,18%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
EMBRAER
EMBR3
11,98
-4,53%
BMFBOVESPA
BVMF3
10,33
-4,46%
GAFISA
GFSA3
7,43
-3,51%
PDG REALT
PDGR3
8,83
-3,50%
FIBRIA
FIBR3
20,56
-3,29%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 44,10
422.516.626,00
Minerais Metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 22,87
367.269.019,00
Exploração e/ou Refino
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 14,47
200.199.197,00
Exploração e/ou Refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 35,00
164.838.648,00
Bancos
PETROBRAS
PETR3
R$ 25,20
129.220.864,00
Exploração e/ou Refino





Dólar:


O dólar comercial fechou em alta na tarde desta sexta-feira, dia de queda instalada nos mercados acionários globais, que voltam a operar pessimistas de olho na situação da Europa.

Após registrar mínima de $ 1,5920, a moeda norte-americana terminou o dia com ganhos de 0,63%, cotada a R$ 1,6040, na máxima do dia. Na semana, a divisa acumula valorização de 0,52%.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar





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