sexta-feira, 11 de março de 2011

Cenário Econômico Semanal – 07 a 11/Março

Agência Enfoque




Cenário Econômico Semanal




A segunda semana de março foi marcada por queda nos mercados internacionais. O grande motivo para o pessimismo é a continuidade dos protestos na Líbia. Para piorar, o forte terremoto no Japão na sexta-feira também teve um peso importante no rumo dos negócios.

O período foi também marcado por uma agenda econômica fraca nos Estados Unidos, com poucos indicadores de destaque. Por aqui, a semana foi mais curta por conta do Carnaval, com os mercados abrindo somente na quarta-feira às 13 horas.





Cenário Externo


A semana começou com o Federal Reserve informando que o volume de crédito disponível ao consumidor americano em janeiro subiu em US$ 5 bilhões, o dobro do estimado pelo mercado, mas abaixo dos US$ 6,1 bilhões de janeiro.

Na quarta-feira foi a vez do Departamento de Comércio confirmar que os estoques do atacado seguem aumentando. Em janeiro a alta foi de 1,1%, após já ter registrado alta de 1% em dezembro do ano passado.

A quinta-feira concentrou os índices mais importantes da semana. O primeiro deles foi a balança comercial de janeiro. De acordo com os números divulgados, o déficit subiu para US$ 46,3 bilhões, superando a estimativa de US$ 41 bilhões e o resultado anterior, de R$ 40,6 bilhões.

No mesmo dia, só que pouco mais tarde, A Secretaria do Tesouro informou que o déficit no orçamento americano é de US$ 222,5 bilhões em fevereiro. O resultado é um pouco melhor dos US$ 225 bilhões estimados, mas ficou bastante acima dos US$ 49,8 bilhões de janeiro.

Por fim, na sexta-feira, o Departamento de Comércio informou um crescimento de 1% nas vendas do varejo em fevereiro, resultado que ficou dentro do esperado pelo mercado. Já as vendas excluindo veículos, registraram avanço de 0,7%.

A Confiança do consumidor norte-americano registrou em março queda em relação ao resultado de fevereiro, ao passar de 77,6 pontos para 68,2 pontos. As informações são da Universidade de Michigan. O resultado veio muito abaixo do esperado, de 76,5 pontos.
Dentro deste cenário, o Dow Jones acumulou queda de 1,1% aos 12.042,8 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 1,2% aos 1.301,21 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:










Cenário Interno


Devido ao carnaval, o mercado brasileiro abriu somente na quarta-feira de tarde. Neste dia, foi divulgado que o mercado financeiro reduziu a estimativa oficial de inflação para 5,78%, depois de doze altas consecutivas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa realizada semanalmente pelo Banco Central, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 5,78% em 2011.

Na quinta-feira, destaque para o IPC-S de 07 de março de 2011, que apresentou variação de 0,59%, 0,10 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação. Quatro das sete classes de despesa componentes do índice registraram acréscimos em suas taxas de variação.

Já a confiança das empresas do setor de serviços na economia brasileira aumentou em fevereiro deste ano, em relação ao mês anterior. O Índice de Confiança de Serviços (ICS), da Fundação Getulio Vargas, cresceu 4,5%, passando de 128,2 pontos em janeiro para 133,9 em fevereiro. A evolução ocorre após uma queda em janeiro.

Finalmente, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) variou 0,48%, no primeiro decêndio do mês de março. Para o mesmo período de apuração do mês anterior, a variação foi de 0,66%. O primeiro decêndio do IGP-M de março compreendeu o intervalo entre os dias 21 e 28 do mês de fevereiro.
Além disso, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no município de São Paulo ficou em 0,44% na primeira medição de março, contra alta de 0,60% do mês passado, informou nesta sexta-feira a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Já o emprego industrial repetiu em janeiro a ligeira variação negativa de 0,1% observada no mês anterior, na série livre de influências sazonais, após apontar variação positiva de 0,1% em outubro e novembro de 2010. Este quadro de estabilidade refletiu o menor dinamismo da produção industrial observado a partir do segundo trimestre do ano passado.
Com isso, o Ibovespa acumulou queda de 2,0% aos 66.684 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
LOJAS AMERIC
LAME4
14,05
5,56%
SOUZA CRUZ
CRUZ3
86,15
5,33%
NATURA
NATU3
45,20
5,26%
CIELO
CIEL3
14,07
5,24%
ROSSI RESID
RSID3
13,60
5,18%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
OGX PETROLEO
OGXP3
18,89
-6,72%
PORTX
PRTX3
3,70
-5,85%
GERDAU
GGBR4
21,04
-5,44%
BRADESPAR
BRAP4
40,95
-5,41%
GERDAU MET
GOAU4
24,89
-5,36%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 46,74
1.890.615.680,00
Minerais Metálicos
PETROBRAS
PETR4
R$ 28,17
1.095.593.248,00
Exploração e/ou Refino
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 35,68
493.148.528,00
Bancos
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 18,89
484.514.488,00
Exploração e/ou Refino
VALE
VALE3
R$ 52,82
448.032.224,00
Minerais Metálicos





Dólar:


A exemplo do mercado acionário, a semana do mercado cambial também foi mais curta. A tensão na Líbia e noticias negativas no cenário econômico fizeram com que os investidores buscassem uma maior segurança na moeda americana.

Com isso, o dólar comercial encerrou a semana com alta de 1,3% a R$ 1,6660.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar





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