sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Barclays eleva preço-alvo para ADRs da Petrobras, com recomendação overweight

Por: Anderson Figo
10/02/11 - 20h17
InfoMoney



SÃO PAULO - O Barclays Capital elevou nesta quinta-feira (10) os preços-alvo para os ADRs (American Depositary Receipts) representativos das ações preferenciais e ordinárias da Petrobras (PETR3PETR4) para US$ 39 e US$ 40, respectivamente, com projeção para 12 meses. O banco também elevou sua recomendação para estest papées de equal-weight (expectativa de desempenho em linha com o setor, dentro do universo de cobertura do banco, num horizonte de 12 meses) para overweight (expectativa de desempenho acima do setor).


Os analistas Paul Cheng, Christina Cheng e Danielle Diamond destacaram que tanto os ADRs ON quanto os PN são "igualmente importantes". "Embora as ações preferenciais não tenham o direito a voto, nós acreditamos que os eventos do último ano provaram nossa visão antiga de que não há valor no direito ao voto uma vez que a parcela controladora da companhia pertence ao governo brasileiro", destacaram.


Além disso, segundo os analistas, enquanto os ativos ordinários deverão continuar sendo negociados com um prêmio em relação aos PN, aparentemente não há uma boa razão fundamental que justifique o atual gap entre as duas classes de ADRs. Assim, a equipe de research demostrou preferência pelo investimento nos papéis preferenciais.


Valuation atrativo
De acordo com a equipe do Barcalys, o valuation da pretrolífera brasileira está atrativo. Cheng, Christina e Danielle ressaltaram que desde junho de 2009 os ADRs PBR e PBR.A figuram entre as piores performances dentro do setor de commodities energéticas. As duas classes de ações caíram 21% e 12%, nesta ordem, segundo o banco. Em contrapartida, os preços do petróleo subiram 27% no mesmo período.



Assim, o banco destacou que a Petrobras segue sendo negociada com um desconto  de 20% em relação aos seus pares no continente americano. "Como resultado da substancial 'underperformance' - desempenho abaixo do mercado - nos últimos 20 meses, nós acreditamos que a taxa de risco/retorno da companhia mudou favoravelmente em comparação com seus pares, particularmente para as ações preferenciais", disse o Barclays.


Embora ainda estejam preocupados em relação à interferência do governo brasileiro nas decisões de investimentos da estatal no futuro, além da ameaça da pressão inflacionária no País, estes drivers já estão totalmente conhecidos pelo mercado, segundo os analistas, sendo razoavelmente compensados pelo valuation da empresa.


Target de produção
Outro ponto positivo avaliado pelo Barclays à Petrobras foi sua produção neste ano. Segundo os analistas do banco, a Petrobras tem entregado as maiores taxas de crescimento na produção da indústria de petróleo global. Por outro lado, a companhia também é apontada como uma das principais empresas de petróleo que não têm alcançado suas metas de produção nos últimos anos. Mas, para 2011, este cenário deverá ser diferente, na análise do Barclays.



"Nós achamos que isso deve finalmente mudar neste ano. Pela primeira vez em anos, nós acreditamos de verdade que a companhia pode alcançar seu guidance de produção. Atualmente, nós projetamos que a média para a produção de óleo doméstico pela empresa fique em 2,077 milhões de boed (barris de óleo equivalenete)", disseram os analistas do Barclays em relatório.


Confira abaixo as projeções para a produção de petróleo do Barclays para as principais companhias petrolíferas do globo:
 Fonte: Barclays Capital