terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Credit Suisse eleva preço-alvo de Vale Fertilizantes e mantém ação como top pick

Por: Thiago Salomão
18/01/11 - 14h56
InfoMoney


SÃO PAULO - Revisando para cima suas perspectivas para os preços de fertilizantes no mercado global, o Credit Suisse reiterou seu viés otimista para as ações da Vale Fertilizantes (FFTL4), mantendo-a como sua top pick para o setor na América Latina, com recomendação de outperfom (desempenho acima da média do mercado). O preço-alvo também foi elevado, passando de R$ 24 para R$ 27 - upside de 38,96% em relação ao fechamento da última segunda-feira (17).


Para os analistas Luiz Otavio Campos, Natalia Lacava e Taryn Silvestre, as novas projeções para os fertilizantes refletem a expectativa de continuidade do forte crescimento de preço dos grãos, conduzida pela sólida demanda. Aliado a isso, os estoques globais deverão manter os baixos níveis atualmente vistos. "O mercado global de fertilizantes deverá permanecer estreito durante a primeira metade de 2011", acredita o trio.


Nesse cenário, a Vale Fertilizantes continua sendo um veículo bem interessante para se aproveitar das perspectivas favoráveis, principalmente devido à sua exposição ao fosfato, cujo preço projetado foi elevado em 19% frente à estimativa anterior, refletindo o aperto causado pela forte demanda da commodity e pela precoce introdução de tarifas mais altas na China.


Atraso injustificável
Outro ponto que torna a ação ainda mais atrativa está no seu recente desempenho em bolsa, que segue atrasada em relação aos preços das commodities e fertilizantes. Segundo Campos, Lacava e Silvestre, esse atraso deve-se a questões de reestruturação da empresa, o que, aos olhos da equipe do Credit Suisse, é injustificável.



"Reafirmamos nossa visão de que a combinação entre os ativos da Vale (VALE3VALE5) e da Vale Fertilizantes representam uma oportunidade para a companhia fortalecer sua posição no mercado, se tornando a líder global na produção de fosfato e potássio, beneficiando-se dessa forma com ganhos de escala", concluem os três analistas do banco suíço.