quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Itaú eleva preço-alvo da Kroton, acreditando em mais altas mesmo depois de rali

Por: Equipe InfoMoney
18/01/11 - 18h08
InfoMoney


SÃO PAULO – O Itaú BBA elevou o preço-alvo para os ativos da Kroton (KROT11) para R$ 26,60 – valor que indica um upside de 19,82% em relação ao último fechamento. A corretora acredita que a companhia, que recebe recomendação outperform (performance acima do mercado), está pronta para se mover para um patamar superior, não apenas em seus lucros mas também nas aquisições.


A equipe de analistas, composta por Juliana Rozembaum e Marcio Osako, acredita que mesmo com os fortes ganhos dos units nas últimas semanas ainda há espaço para maiores valorizações dos ativos. Cabe lembrar que os papéis subiram 13,45% nos últimos 30 dias. 


Cinco pontosSegundo os analistas, há cinco vertentes que sustentam essa avaliação: um valuation atrativo, um momentum positivo de ganhos com o avanço em suas margens, uma retomada das aquisições, evolução na demanda (o FIES, por exemplo, pode dar um forte impulso ao setor) e, por fim, a possível entrada do grupo no lucrativo negócio de ensino a distância.


Além disso, a IUNI, adquirida em 2010 pela Kroton, tem um bom recorde histórico de aquisições, com rápidas integrações das adquiridas. Ademais, seus processos rigorosos diminuem o risco de novas operações nesse sentido. “A plataforma eficiente da IUNI e sua expertise se mostraram vitais para a Kroton”, diz a dupla.


Também da Kroton, o Pitágoras deve mostrar melhoras em suas margens brutas em breve, com o fim de cursos não-lucrativos, término de aluguéis, aceleração de novos campi, um controle de custos mais rígidos e também com a expansão do FIES. Vale lembrar que as margens brutas do Pitágoras (27%) estão abaixo das de seus pares, como a própria IUNI (42%) e Estácio (ESTC3) (36%).


Novo CEOAinda como ponto positivo, a corretora lembra que o novo CEO (Chief Executive Officer) da empresa, Rodrigo Galindo, que substituiu Luiz Kaufmann em 1º de janeiro, tem fortes credenciais no setor de educação, já estando no setor há mais de 20 anos e tendo sido presidente da IUNI antes de sua aquisição pela Kroton.


RiscosOs principais riscos, de acordo com os analistas, são relacionados a execução da expansão da margem bruta (o ponto-chave seria a recuperação do Pitágoras) e de novas aquisições.
Uma falha em aumentar o número de matrículas em meio a sua reestruturação, manutenção de preços de mensalidade em termos reais, volatilidade relacionada ao cenário macro e riscos regulatórios específicos para esse setor completam a lista do Itaú BBA de potenciais riscos à empresa.