sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Citi eleva recomendação da CCR para compra e reduz a da OHL para manutenção

Por: Equipe InfoMoney
17/12/10 - 08h24
InfoMoney


SÃO PAULO – Ao mudarem recomendações e classificações para as duas empresas do setor de concessionárias de rodovias que cobrem – CCR (CCRO3) e OHL Brasil (OHLB3) –, os analistas do Citigroup afirmam que é hora de “mudar de rumo” com relação às perspectivas para 2011.


As ações da CCR tiveram recomendação alterada de manutenção para compra e o preço-alvo para 12 meses passou de R$ 51,00 para R$ 54,00, upside (potencial teórico de valorização) em relação ao último fechamento de 21,29%. Já as ações da OHL Brasil tiveram a recomendação rebaixada de compra para manutenção, enquanto o preço-alvo foi reiterado em R$ 80,00, upside de 34,23%.


Interesse estrangeiro e gastos com infraestruturaOs analistas Stephen Trent e Angela Lieh destacam os potenciais impactos que o interesse estrangeiro e o desejo da presidente eleita Dilma Rousseff de melhorar a infraestrutura brasileira podem ter para as concessionárias rodoviárias em 2011, podendo levar à renegociação dos contratos de concessão existentes.


Segundo eles, companhias sul-coreanas e chinesas mostram interesse em projetos brasileiros, ao mesmo tempo em que Dilma deve preparar o País antes dos grandes eventos que estão por vir, como a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas. Sendo assim, o Brasil pode priorizar alguns projetos em detrimento de outros e pode facilitar a participação estrangeira”, afirma a dupla.


Esses fatos teriam consequências positivas porque, enquanto as empresas locais rejeitaram as baixas taxas internas de retorno, companhias estrangeiras, que contam com menor custo de capital, podem na verdade gostar deles. “Com o tempo correndo, a participação estrangeira pode auxiliar o Brasil cumprir com eficiência suas metas de infraestrutura dentro dos prazos”.


Implicações para OHL Brasil e CCRSegundo os analistas, esses fatos podem levar a OHL Brasil ou a CCR a renegociarem os contratos de concessão existentes, que possuem taxas internas de retorno mais altas.
“Entretanto, a urgência em relação ao tempo pode também levar os reguladores a pressionar a OHL Brasil a atender seus atuais requerimentos de investimentos”, diz a dupla. “Logicamente, se a inflação superar as expectativas, a CCR deve ter melhor desempenho devido à sua maior liquidez”, afirmam.