Mercado Internacional
O Beige Book do Federal Reserve apresentou uma mudança de viés importante, com termos como “forte crescimento” no setor industrial; gastos com consumidor continuaram “positivos”; atividade de contratações apresentou “melhora”; e o uso de energia continuou a se expandir.
Todo este cenário foi desenhado com um mercado imobiliário ainda deprimido, ausência de pressões de salários e principalmente, de preços. Deste modo, estão mantidos os principais estímulos à economia americana através da política fiscal altamente expansionista e de pacotes pontuais.
A principal conclusão deste movimento é que neste momento passamos por uma mudança importante de paradigmas nos EUA, ao se notar um período de crescimento sólido do setor industrial americano, inclusive antes da recuperação absoluta do emprego, o qual ainda apresenta sinais marginais de reversão das perdas.
Outra situação importante é a falta de reação do mercado imobiliário. Apesar da crise de 2008 ter atingido seu auge com a quebra da Lehman Bros, o principal artífice foi a especulação com os imóveis e as perdas do setor deflagradas em 2006.
Neste sentido, os americanos perderam o apetite pelo setor como investimento e os pedidos mais recentes de hipotecas se dividem entre imóveis residenciais, com primeira compra ou troca e por refinanciamentos, os quais têm crescido de maneira consistente. O problema é que o setor imobiliário foi um dos maiores demandantes de mão de obra entre 2002 e 2006 nos EUA e criou todo um setor voltado a isso. Portanto, uma parcela significativa da força de trabalho americana deverá aprender outra função, ou esperar os 99 dias sem trabalho para se unir a um grupo crescente, o que perderam seus últimos benefícios de desemprego.
Bolsas de Valores Mundiais
Os indicadores econômicos americanos na sessão anterior deram o suporte suficiente para o início do tradicional rally de fim de ano.
A agenda econômica conta com a produção industrial no Brasil, nos EUA se destacam os indicadores de mercado de trabalho e imobiliário e na Europa, dados do PIB da Zona do Euro.
As bolsas na Ásia fecharam com ganhos na melhora dos mercados ocidentais. Os futuros em Nova York se alinham para ganhos consistentes e na Europa, os mercados mantêm a mesma linha de ganhos.
Câmbio
O Euro mantém a alta consistente frente à maioria das divisas no mundo e sobe o dólar americano aos US$ 1,3206.
O Yen tem sessão de forte queda com a elevação do flight to risk e se desvaloriza contra o dólar aos ¥ 84,065. O Yuan sobe 0,05% contra o dólar e sobe 0,01% contra o Yen.
Com alta do Euro, o dólar perde força e se desvaloriza contra. No Brasil, foi mantido o atual ritmo de valorização do Real frente ao dólar.
A nova “banda imaginária” de R$1,71/US$-R$1,77/US$ foi rompida em seu suporte, porém a manutenção deste movimento depende do rumo do mercado nos próximos dias.
Fonte: http://blog.apregoa.com.br/wp-content/uploads/2010/12/apregoapremercado021210.pdf