quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Abertura de Mercado

Mercado Internacional


Na seqüência do relatório de ontem, continuaremos com o cenário prospectivo para 2011. Na questão da Europa, ao analisarmos de maneira mais fria, o grande problema está concentrado na Espanha, sendo o peso relativo dos outros PIIGS muito reduzido. A Espanha é uma das maiores economias da região, com um sistema bancário complexo e empresas de alcance mundial como em telefonia.


A Alemanha e a França estão entre os maiores detentores de títulos públicos e privados espanhóis, principalmente emitidos pelo setor bancário, o artífice dos atuais problemas do país Ibérico. A ‘bomba’ fiscal no velho continente só tende a explodir somente caso a Espanha se torne a ‘bola da vez’ e eleve as mazelas no sistema interbancário, o qual já sofre com a desconfiança atualmente instalada.


Nos EUA, os mais recentes indicadores econômicos demonstram que é concreta a possibilidade de recuperação, ainda dependente de melhoras consistentes do mercado de trabalho e que 2011 possa ser o primeiro ano de resultados mais consistentes desde a crise deflagrada em 2008. O problema começará exatamente caso a questão européia se resolva e os EUA retomem o crescimento.


No atual cenário, as commodities passam por uma série de problemas os quais reduziram fortemente a oferta em 2010 e a demanda crescente de países emergentes faz com que novos recordes sejam registrados diariamente. O retorno das nações industrializadas pode ser mais um elemento de elevação de custos, o que nos faz prever uma inflação consideravelmente mais alta do que a atual. Em todos os casos, 2011 tende a colocar em prática um dito popular que diz: “Tá bom, mas tá ruim!” ou mesmo “Tá ruim, mas tá bom!”.


Bolsas de Valores Mundiais



A volatilidade ainda impera no mercado de renda variável e a sessão de ontem manteve o ritmo de devolução dos ganhos recentes, porém com tendência maior de recuperação. Este movimento deve suscitar hoje a retomada das compras.


A agenda econômica conta com a balança comercial no Brasil e nos EUA, se destacam os indicadores de mercado de trabalho e principalmente, o Beige Book do Federal Reserve.


As bolsas na Ásia fecharam com ganhos na melhora relativa dos mercados ocidentais e com as ações de bancos locais. Os futuros em Nova York se alinham para ganhos consistentes e na Europa, os mercados mantêm a linha de ganhos de fim de ano.


Câmbio



Após diversas sessões de queda, o Euro retoma o ritmo de força frente à maioria das divisas no mundo e sobe sobe o dólar americano aos US$ 1,3097.


O Yen tem sessão de forte queda com a elevação do flight to risk e se desvaloriza contra o dólar aos ¥ 83,775. O Yuan sobe 0,10% contra o dólar e sobe 0,19% contra o Yen.


Com alta do Euro, o dólar perde força e se desvaloriza contra. No Brasil, nem mesmo o cenário mais avesso ao risco evitou a valorização do Real frente ao dólar.


A nova “banda imaginária” de R$1,71/US$-R$1,77/US$ depende dos movimentos internacionais de valorização do dólar para testar seus parâmetros.