sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Santander rebaixa recomendação das ações da Marfig para manutenção

Por: Equipe InfoMoney
18/11/10 - 17h03
InfoMoney


SÃO PAULO - Após fraco resultado trimestral, os analistas do Santander, Gabriel Vaz de Lima e Luis Miranda, cortaram a recomendação para os papéis da Marfrig (MRFG3) de compra para manutenção, como também reduziram o preço-alvo.


Para 2011, os analistas fixaram target de R$ 16,00, o que garante um potencial de valorização de 16,4% com base no fechamento de quarta-feira (17). Já para o final deste ano, a projeção da equipe do Santander estava em R$ 25,00.


Segundo os analistas, o rebaixamento deve-se à expectativa negativa com relação ao fluxo de caixa, impactado pelo aumento nos custos dos grãos e por conta do nível alto de alavancagem depois da aquisição da Keystone, anunciada em outubro.


Incorporando os resultados do trimestre
Os resultados da Marfrig no terceiro trimestre ficaram aquém das expectativas dos analistas. 
As vendas representaram R$ 3,8 bilhões, 8% acima do resultado verificado no último trimestre e em linha com as estimativas. Porém, o Ebitda (geração operacional de caixa) atingiu a cifra de R$ 272 milhões, ficando 5% abaixo das estimativas. Em consequência, o Santander rebaixou sua projeção para o Ebitda deste ano de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,1 bilhão.


Além disso, o aumento no preço dos grãos deve afetar os números da companhia nos próximos meses. Por conta da expectativa negativa por parte da equipe, a projeção do Ebitda para 2011 recuou em 17%, agora em R$ 1,7 bilhão.


Outro ponto considerado na análise é a aquisição da Keystone por parte da Marfrig. No cenário proposto, a empresa adquirida deve gerar um fluxo de caixa negativo nos primeiros três anos. Do outro lado, o valor acrescido à Marfrig em decorrência da aquisição dependerá das sinergias, que no presente momento não estão totalmente claras, afirma a equipe.


Por fim, a alavancagem deve permanecer elevada nos próximos três anos, justamente pelos fatores conjuntos do aumento no preço dos grãos e impacto negativo no fluxo de caixa por parte da aquisição recente.