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São Paulo, 27 - O diretor de Relações com Investidores da Suzano Papel e Celulose, André Dorf, afirmou há pouco em teleconferência com jornalistas que a operação de venda de terras concluída hoje poderá ter impacto nos resultados do primeiro trimestre de 2010. De acordo com o executivo, o tema está sendo analisado neste momento por membros da companhia e auditores. "(A operação) pode entrar como efeito subseqüente no primeiro trimestre", afirmou. A venda dos ativos para os fundos Mata Mineira Investimentos Florestais e Fazenda Turmalina Holdings movimentou R$ 333 milhões, pagos em parcela única.
Dorf informou que a definição do tema deverá ocorrer ainda nesta semana, mas a Suzano divulgará esse detalhamento apenas quando da divulgação dos resultados do trimestre, o que ocorrerá no próximo dia 13 de maio. Caso o resultado seja incorporado aos números do primeiro trimestre, a Suzano poderá registrar lucro e Ebitda inflados pela operação. O efeito caixa da mesma, no entanto, deverá ser incorporado aos resultados da companhia apenas no segundo trimestre, alertou. O executivo explicou que o efeito líquido do negócio é calculado com base no valor de venda menos o custo histórico dos ativos.
Operação
A venda de aproximadamente 50 mil hectares de terras localizadas em Minas Gerais não está associada a qualquer acordo futuro com os fundos, explicou Dorf. "Não existe qualquer contrato de compra de madeira (desses fundos)", afirmou. O executivo ressaltou ainda que a companhia não trabalha com a estratégia de se tornar uma compradora de madeira de fundos semelhantes, prática bastante adotada no hemisfério Norte.
Dorf também informou que a venda dessas terras foi planejada desde o início do ano passado e que a Suzano foi procurada por diversas empresas no período. "Temos visto e recebido fundos de florestas dos Estados Unidos interessados em ampliar participação no Brasil", comentou, sem dar detalhes dos interessados.
Com a conclusão da operação, a Suzano deve incorporar o montante ao caixa, de forma a garantir os recursos necessários para viabilizar o plano de expansão anunciado em meados de 2008. O plano, que teve seu cronograma alterado devido à crise econômica mundial, previa investimentos de US$ 6,6 bilhões na construção de três novas fábricas de celulose, além da expansão da unidade de Mucuri (BA).
(André Magnabosco)
Fonte: AE Broadcast
