SÃO PAULO - Com um cenário ainda negativo para junho com o desenrolar da crise na Zona do Euro e em meio às expectativas de permanência do sentimento de aversão ao risco para compor o potfólio, os analistas seguem apostando nas ações PN da Vale (VALE5) e da Petrobras (PETR4) para compor as suas carteiras. A ação preferencial da Vale foi indicada em 14 carteiras - mantendo a primeira posição do ranking -, enquanto os papéis PN da Petrobras ocuparam a segunda posição, somando 11 votos.
A grande mudança no período se deu na terceira posição, com a Cemig (CMIG4) somando 10 recomendações no período e, com isso, ocupando a colocação da OGX (OGXP3), que sofreu uma forte baixa no número de recomendações. O braço de petróleo e gás da holding de Eike Batista, passou de 10 recomendações em maio para apenas 4 nesse mês, passando para a sexta posição do ranking.
De acordo com a equipe de análise da Ativa Corretora, a manutenção do cenário de incerteza política, além da recente queda nos preços do petróleo são vetores negativos para a companhia nos resultados da empresa no curto prazo. Vale lembrar que, em maio, a queda dos ativos OGXP3 foi de 22,15%.
VALE5 e PETR4 seguem no topo do ranking
A Vale ocupa novamente a primeira posição do ranking das mais recomendadas pelas corretoras. De acordo com os analistas Hugo Rosa e Fernando Siqueira, da Citi Corretora, as ações da companhia estão sendo negociadas a múltiplos baixos.
A Vale ocupa novamente a primeira posição do ranking das mais recomendadas pelas corretoras. De acordo com os analistas Hugo Rosa e Fernando Siqueira, da Citi Corretora, as ações da companhia estão sendo negociadas a múltiplos baixos.
Além disso, há a expectativa de recuperação na produção de aço e demanda por minério na China ainda no primeiro trimestre, ajudando a impulsionar os resultados da empresa. Outros vetores positivos são o pagamento de dividendos elevados e alta do preço do minério, que deve se manter em 2012 um pouco abaixo dos preços médios de 2011.
Ação | Recomendações Junho/2012 | Recomendações Maio/2012 |
Vale PNA | 14 | 15 |
Petrobras PN | 11 | 13 |
Cemig PN | 10 | 8 |
Ambev PN | 7 | 3 |
BR Malls | 7 | 5 |
CCR ON | 6 | 5 |
Itaú Unibanco | 6 | 7 |
M. Dias Branco | 5 | 5 |
Brasil Foods | 5 | 6 |
OdontoPrev | 5 | 6 |
OHL Brasil | 5 | 2 |
Raia Drogasil | 5 | 5 |
Valid | 5 | 2 |
Cielo | 4 | 4 |
Copel PNB | 4 | 4 |
Natura ON | 4 | 4 |
OGX Petróleo | 4 | 10 |
EzTec | 4 | 4 |
Pão de Açúcar | 4 | 4 |
Tractebel | 4 | 3 |
A equipe de análise da Planner Corretora destaca ainda que, além da reversão nos preços e do aumento da produção, a desvalorização do real deve permitir um aumento de receitas e melhores margens para a empresa no segundo trimestre de 2012.
A Petrobras também é vista de forma positiva pela UM Investimentos, reiterando o desconto dos papéis da maior companhia de exploração e produção de petróleo do Brasil, apesar da expressiva desvalorização do ativo no mês de maio.
Já a equipe de análise da SLW Corretora reitera que mesmo mantendo as ações da companhia no portfólio, o cenário ainda incerto da politica de reajuste de preços dos combustíveis e ao agravamento do cenário econômico externo inspira cautela.
Entretanto, "para o longo prazo, ainda acreditamos que as ações da empresa são uma boa opção de investimento", afirma a equipe de análise, ressaltando que a empresa tem metas ambiciosas de crescimento e pode dobrar sua produção até 2020.
Cemig
Em meio a um cenário de maior aversão ao risco, a Cemig subiu uma posição no ranking das carteiras recomendadas, com indicação de nova carteiras.
Em meio a um cenário de maior aversão ao risco, a Cemig subiu uma posição no ranking das carteiras recomendadas, com indicação de nova carteiras.
De acordo com a Rico Corretora, os papéis CMIG4 apresentam uma boa tendência de alta, destacando a divulgação do guidance da companhia para os próximos anos, com expectativa de redução do custo médio de R$ 100 milhões entre 2013 e 2015, chegando a R$ 300 milhões no último ano.
A equipe de análise da Geral Investimentos também avalia positivamente a Cemig, ao possuir uma boa estratégia de curto prazo e de agregação de valor ao acionista ao misturar crescimento orgânico e via aquisições.
A corretora avalia ainda que a empresa apresenta uma boa exposição em três vertentes de crescimento do setor elétrico nos próximos anos - de geração, gás natural e energia eólica, destacando também o IPO (Initial Public Oferring) da Taesa (TRNA11) como catalisadores positivos da ação.
Metodologia InfoMoneyAo todo, 25 carteiras de bancos e corretoras foram utilizadas para este levantamento. Os portfólios selecionados foram: Ativa, BB Investimentos, Bradesco, BTG Pactual, Citi Corretora, Coin, Geração Futuro, Geral, Gradual, HSBC, Omar Camargo (2 carteiras), PAX, Planner, Rico, SLW (3 carteiras), Socopa, Souza Barros, TOV, Um, XP (2 carteiras) e WinTrade.
Entre todas as carteiras publicadas pela InfoMoney em junho, nesta compilação apenas não foram considerados os portfólios com sugestões de ações que tenham perspectiva de pagamento de proventos.