quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Planner corta preço-alvo de Hypermarcas, mas mantém recomendação de compra

15 de agosto de 2011 • 12h17Por: Equipe InfoMoney
SÃO PAULO - A corretora Planner reduziu nesta segunda-feira (15) para R$ 16,50 o preço-alvo das ações da Hypermarcas (HYPE3) previsto para 2011. O novo valor representa potencial de ganhos de 46,4% em relação ao fechamento de sexta-feira.
O anúncio segue a divulgação do resultado do segundo trimestre nesta manhã e o corte da projeção da empresa para o Ebitda em 2011  anunciado na noite de domingo.
Segundo o analista Fernando Ferrazi Kops, a revisão deve-se a fraca performance da empresa, que continua com ROE (retorno do patrimônio líquido) abaixo de outras varejistas, aliada a menores projeções de crescimento, devido a piora do cenário interno e externo.
Por outro lado, Kops manteve a recomendação de "compra" para os papéis, citando que as ações ainda registram um alto potencial de valorização.
Avaliação do resultado
Mesmo com a captura de sinergias sendo visível no resultado da Hypermarcas, o analista afirma que esperava mais do resultado. Na visão de Kops, o maior problema da companhia no momento está na linha superior, com fracas vendas, o que acaba impactando as demais linhas de resultado da companhia.
O lucro líquido da empresa somou R$ 53,3 milhões no segundo trimestre de 2011, 60% menor do que o previsto pela Planner. A receita líquida de R$ 936,6 milhões, também frustou a corretora, vindo 11% abaixo do esperado. O Ebitda alcançou R$ 220,5 bilhões e ficou 20,5% inferior as expectativas.
A empresa obteve um lucro bruto de R$ 566,5 milhões no trimestre, quase 14% abaixo da projeção. Com isso, a margem bruta fechou o trimestre em 60,5%, 4,7 pontos percentuais a mais do que no ano anterior, "mostrando aqui algum resultado das sinergias relacionadas as recentes aquisições, embora projetássemos um maior aumento da margem bruta neste estágio", afirma o analista, em relatório.
Por outro lado, Kops destaca como aspecto positivo deste trimestre a boa geração de caixa operacional, que chegou a R$ 139,4 milhões, reflexo da redução do ciclo operacional, com a empresa diminuindo os dias de estoques e principalmente o prazo de pagamento de seus clientes.