domingo, 17 de julho de 2011

Cenário (11 a 15/Julho)

Agência Enfoque










Cenário Econômico Semanal - 11 a 15/Julho/2011
Itália e EUA entram no foco e bolsas acumulam perdas




A segunda semana de julho foi marcada por quedas expressivas nos mercados acionários de todo o mundo. Os investidores centram as atenções na semana para o noticiário econômico, com destaque para a situação da dívida da Itália, que poderia agravar ainda mais a questão da União Europeia.

Além disso, a tensão é crescente nos Estados Unidos. O presidente americano Barack Obama pressiona o Congresso para aprovar o aumento do limite de endividamento do país. Caso não seja aprovado até o dia 2 de agosto, o país pode iniciar um grave período de recessão. Este cenário faz com as agências de classificação de risco ameassem cortar o rating americano.





Cenário Externo


A semana começou sem a divulgação de indicadores econômico, com os primeiros sendo divulgados apenas na terça-feira. Foi o caso da balança comercial americana, que teve déficit 15,1% maior em maio, ao atingir US$ 50,2 bilhões negativos no período, o maior nível em quase três anos, informou Departamento de Comércio do país.

Na parte da tarde, o Federal Reserve divulgou a ata da reunião do Fomc. No texto, o banco central americano destacou que seu papel é definir o caminho para a recuperação, mas que não tem como dizer quando os problemas estarão solucionados.

Os delegados do Fed destacam a inflação o crescimento do temor com os rumos da economia americana. Com isso, a política de estímulo econômico se torna necessária para buscar a redução do desemprego. Outros membros acreditam que a inflação pode acelerar acima das expectativas do mercado.

A quarta-feira foi mais um dia com agenda praticamente vazia. O custo do produto importado pelos EUA recuou 0,5% em junho, puxado pela forte queda dos preços dos combustíveis, de 1,6% no período, informou o Departamento de Trabalho do país. 
Na parte da tarde, o governo americano informou que o déficit em seu orçamento em junho foi de US$ 43 bilhões. Os dados são do Departamento do Tesouro americano. O mercado estimava US$ 60 bilhões de saldo negativo. Durante o mês, os gastos do governo ficaram em US$ 293 bilhões, contra arrecadação de US$ 250 bilhões. Com isso, o déficit acumulado no ano superou a casa de US$ 1 trilhão.

A quinta-feira foi o dia mais movimentado da semana, com a divulgação de dados como o as vendas no varejo, que EUA cresceram 0,1% em junho, informou nesta quinta-feira o Departamento de Comércio do país. O resultado veio acima do esperado, de queda de 0,2%. Além disso, os novos pedidos de auxílio desemprego caíram em 22 mil na semana para uma série ajustada de 405 mil. Os são do Departamento de Trabalho do país.
O principal destaque, porém, foram os dados da inflação ao produtor. Os preços no atacado apresentaram em junho queda de 0,4%, contra estimativa de recuo de 0,3%. Os números divulgados pelo Departamento de Trabalho refletem a queda expressiva dos custos com energia. Com isso, o núcleo do PPI avançou 0,3%.

Finalmente, na sexta-feira, o destaque ficou para destaque para quatro indicadores da economia norte-americana. Entre eles estão CPI, Empire State Manufacturing Index, Produção Industrial e Confiança do Consumidor.

O primeiro recuou 0,2% em junho, enquanto o núcleo do CPI registrou ganho de 0,3% no mesmo mês, informou o Departamento de Trabalho dos EUA. O Empire State Manufacturing Index caiu para -3,76 pontos em julho, pelo segundo mês consecutivo, revelou o New York Federal Reserve Bank.

 Já a Produção Industrial subiu 0,2% em junho, pela primeira vez desde maio. O dado foi divulgado pelo Federal Reserve. Apesar da alta, o resultado ainda ficou abaixo do mercado. A Confiança do Consumidor despencou para 63,8 pontos em julho, atingindo o menos nível desde março de 2009, informou a Universidade de Michigan.

Com isso, o Dow Jones acumulou na semana queda de 1,4% aos 12.480 pontos, enquanto o S&P 500 somou perdas de 2,1% aos 1.316,15 pontos.





Confira os gráficos de longo prazo:










Cenário Interno


No Brasil, como de costume, os dados da inflação foram merecem destaque na semana. Além disso, foram divulgados dados da balança comercial e também das vendas no varejo do país.

Nos seis primeiros dias úteis de julho, o Brasil registrou US$ 6,905 bilhões com as exportações, média diária 43,3% superior a de julho de 2010 (US$ 803,3 milhões). Em relação à média diária de junho deste ano (US$ 1,128 bilhão), houve aumento de 2% nas exportações.

O comércio varejista apresentou, em maio, variação de 0,6% para o volume de vendas e 0,8% para a receita nominal, na comparação com abril (série com ajuste sazonal). Para o volume de vendas, este resultado reverte o sinal negativo do mês anterior, enquanto a receita nominal continua apresentando números positivos neste tipo de comparação. Em relação a maio de 2010, as variações foram de 6,2% para o volume de vendas e de 10,7% na receita nominal.

 Entre os índices de inflação, destaque para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que variou -0,21%, no primeiro decêndio do mês de julho. Para o mesmo período de apuração do mês anterior, a variação foi de -0,09%. Já o IPC-S de 07 de julho de 2011 registrou variação de -0,11%, 0,07 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Todas as capitais pesquisadas registraram acréscimos em suas taxas de variação.
Na sexta, o único índice registrou perdas. O IGP-10 recuou em 0,12% no mês de julho. Apesar da queda, o resultado foi superior ao registrado em junho, quando a queda foi de 0,22%. No ano, foi acumulado alta de 3,16% e no período de 12 meses 8,59%. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Neste contexto, o Ibovespa encerrou a semana acumulando perdas de 3,3% aos 59.466 pontos.





Confira o gráfico de longo prazo, além das maiores altas, baixas e as ações mais negociadas da semana:





Ibovespa



As maiores altas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
BRF FOODS
BRFS3
29,50
17,20%
JBS
JBSS3
5,54
4,14%
BRASKEM
BRKM5
21,00
2,94%
CESP
CESP6
32,87
2,88%
PORTX
PRTX3
3,39
2,73%





As maiores baixas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VARIAÇÃO
GOL
GOLL4
17,47
-11,63%
USIMINAS
USIM5
11,96
-11,01%
GERDAU
GGBR4
14,62
-10,53%
B2W VAREJO
BTOW3
15,06
-9,71%
SID NACIONAL
CSNA3
17,28
-9,05%





Mais negociadas da semana


ATIVO
CÓDIGO
ÚLTIMO
VOLUME
SEGMENTO
VALE
VALE5
R$ 45,88
2.737.103.520,00
Minerais Metálicos
ITAUUNIBANCO
ITUB4
R$ 31,69
1.668.241.440,00
Bancos
PETROBRAS
PETR4
R$ 22,99
1.411.967.840,00
Exploração e/ou Refino
BRADESCO
BBDC4
R$ 28,74
1.094.689.024,00
Bancos
OGX PETROLEO
OGXP3
R$ 13,90
921.056.336,00
Exploração e/ou Refino





Dólar:


Em uma semana negativa para todo o mercado acionário, o mercado cambial também foi afetado, com uma maior procura pela moeda americana. Com a moeda em tendência de alta, o Banco Central diminuiu suas as ações para a compra da moeda por meio de leilão.

Com isso, a divisa somou em cinco dias avanço de 0,7% e encerrou a semana negociada a R$ 1,5740.


Confira o gráfico de longo prazo:


Dólar





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