quarta-feira, 20 de julho de 2011

BofA reduz preço-alvo para Gafisa, mas mantém recomendação de compra

20 de julho de 2011 • 14h43Por: Anderson Figo
SÃO PAULO - O Bank of America Merrill Lynch cortou nesta quarta-feira (20) seu valor teórico para as açõesda Gafisa (GFSA3) de R$ 12,00 para R$ 10,00 ao final deste ano, o que mesmo assim ainda configura um expressivo potencial de valorização, de 47,7%, em relação ao último fechamento (R$ 6,77). A recomendação do banco para os papéis foi mantida em compra.
Em relatório, os analistas Carlos Peyrelongue e Fanny Oreng destacaram que, apesar da redução no target para a empresa, seguem otimistas em relação ao seu futuro.
Tal perspectiva é baseada em três fatores positivos, segundo eles, que são: forte retomada da margem operacional a partir do 3T11, melhora na relação entre dívida líquida e geração operacional de caixa, assim como valuation em linha com as outras empresas do setor.
"Nós estimamos que a margem Ebitda (relação percentual entre receita líquida e geração operacional de caixa) e o lucro líquido da Gafisa em 2012 devem atingir os níveis de 2010 de 19,9% e 11,4%, respectivamente, uma grande retomada dos níveis apresentados no 1T11, de 12,9% e 1,7%, nesta ordem", afirmaram os analistas.
Estimativas para resultados também sofrem corteApesar das perspectivas bastante otimistas do BofA para a Gafisa no próximo ano, os analistas do banco revelam que o corte no preço-alvo para a empresa em 2011 reflete seu fraco desempenho na primeira metade deste ano. Assim, além do objetivo de preço, a equipe do banco norte-americano também ajustou para baixo suas projeções para os resultados da companhia em 2011.
"Estamos reduzindo nossas estimativas de receita para 2011 e 2012 em 9% em ambos os anos, e nós também cortamos nossa projeção para margem de lucro líquido no mesmo período em 330 pontos-base e 110 pontos-base, respectivamente. Em consequência, nossa estimativa de lucro líquido para a Gafisa em 2012 passou de R$ 686 milhões para R$ 568 milhões, uma redução de 17%", concluíram os analistas do BofA.